quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Primeiro Natal no Canadá

  Confesso que me decepcionei um pouco com o Natal por aqui. Não sei por que, eu achava que aqui tudo ia ser maior e mais grandioso. Mais luzes, mais decoração, mais tudo e não foi nada disso.
  Bom, realmente não sei de onde tirei essa ideia. Afinal, mais ou menos metade da população é composta por imigrantes vindos de várias partes do mundo. Várias delas são lugares onde não se comemora o Natal. Nessa época do ano, os judeus comemoram o Hanukah, os africanos comemoram o Kwanzaa e por aí vai. E aqui o respeito às diferenças culturais é fortíssimo. Tanto que a maioria das pessoas não deseja "Feliz Natal" a não ser que conheça bem a pessoa. Tipo, se você faz uma compra no mercado, o caixa vai te desejar "Boas Festas". Nas lojas também está escrito "Boas Festas". Às vezes até tem um Feliz Natal, mas normalmente acompanhado de uma outra série de felicitações.

  Aliás, a decoração natalina também deixou a desejar. No Brasil, quando você vai ao shopping, é um festival de luzes, bolinhas, árvore de Natal enorme... enfim, aquela coisa linda que vocês conhecem. Aqui, entrei no shopping e... ué, cadê a decoração? Logo que entrei, não tinha absolutamente. Fui andando e vi umas bolinhas aqui, outras ali. Mas achei tão sem graça! Tão pobrinha. Bléééé. Me decepcionei. Bom, mas pelo menos aqui o Papai Noel também chega de helicóptero no shopping. :-)

  A festinha de fim de ano na escolinha do Nathan também foi a coisa mais sem graça do mundo. Deixa eu colocar uma foto.

   Bom, a "apresentação" foi só isso. As crianças sentadinhas ali, aí começou a tocar Jingle Bells e 1 ou 2 crianças cantaram junto, enquanto as outras ficaram lá com cara de assustadas, hehehe. Na hora o Nathan ficou quieto, mas ele adora essa música! Ele canta mais ou menos assim: "Babauel, babauel, babababa ei!!" Hehehe. :-) Ainda teve mais uma música, aí acabou. Mas o Nathan me viu no meio da primeira música e já saiu do palco pra vir ficar comigo. Sem problemas, acho que essas crianças são muito novinhas pra apresentações, mesmo. Depois das músicas teve comes e bebes no saguão de entrada e só. Mais fotinhas:
  Eu ia oferecer melancia, mas ele viu o cookie primeiro, aí já era. :-)


  E essa foi a lembrancinha:

  Bonitinha, ok, mas reparem que não tem nada que lembre Natal. Quer dizer, no máximo as cores. :-) Mas enfim, achei as professoras bem sem criatividade. Fora que eu fiquei esperando que aquelas cortinas no palco fossem abrir e ter alguma coisa lá atrás, mas não, elas ficaram fechadas. Me enganaram! Tá certo que as crianças são muito pequenas, mas ano passado, no Brasil, o Nathan era menor ainda e as professoras da escolinha fizeram um trabalho bem legal com o berçário. Não teve apresentação, mas tinha um mural com fotos dos aluninhos em bolinhas de Natal, mensagens das professoras, lembrancinhas legais... Sei lá, acho que lá também tinha muito mais calor humano, mais amor. Enfim, me decepcionei! Mas outro hora escrevo um post só pra falar da escolinha.
 
  Bom, mas pelo menos UMA coisa legal que tem todo ano aqui é a Santa Claus Parade (desfile do Papai Noel). Quer dizer, imagino que seja legal, porque nós não fomos. Além de eu estar no auge dos enjoos naquele dia, ela começava às 14:00, bem no horário do cochilo do Nathan. Mas ano que vem acho que dá pra gente ir.
  Ah, outra coisa legal é que lá no parque em frente ao lago também tem o que eles chamam de Festival of Lights. O festival é composto basicamente por luzes, mesmo. :-) Em formato de animais, presépio, carruagem, etc. Deixa eu colocar algumas fotos. Tinha beeeeem mais coisas além dessas que vou mostrar, mas não tiramos fotos de todas. Tava muito frio e a vontade era de ficar com a mão no bolso e voltar correndo pra casa.
   Viu? Não disse que o papai noel chega de helicóptero?

  Nessa área da banda de porquinhos estava tocando uma música, mas não lembro qual.

  Nathan tentando montar na girafa.

  Presépio.

  Fiquei um tempo matutando sobre o que fazer pra ceia de Natal. Não queria fazer peru, porque já tínhamos comido isso no Ação de Graças e eu não achei que ficou delicioso. Eu até poderia caçar uma outra receita, mas o chato é que as sobras são interminááááveis. Aí resolvi fazer fondue. É gostoso e pouco comum. Porque para marcar uma data diferente tem que ser algo diferente!!
  Também fiquei pensando se seria melhor esperar o Nathan dormir pra comermos o fondue. Afinal, garfinhos, fogo, queijo quente... tudo o que um toddler precisa pra fazer arte. :-) Mas desisti logo dessa ideia. Natal tem que ser em família! Com toda a família. Ou, se não der, com o máximo de família possível. :-) Essa foi nossa ceia, então: fondue de queijo e, de sobremesa, fondue de chocolate.E um vinho sem álcool horroroso, hehehe. Ninguém gostou.

  O fondue de queijo estava uma delícia, nham nham nham. Mesmo com a barriga cheia, fui dormir já pensando em comprar mais. O Nathan acho que nem experimentou direito. Quando ele viu os pãos cortadinhos, desatou a comer pão, antes mesmo do fondue ficar pronto, aí na hora tava sem fome. Mas ele achou bem divertido ficar mergulhando o pão no queijo e dando pra mim e pro Alessandro. Mas o que ele mais gostou foi de brindar. Adorou pegar a tacinha, brindar e falar Feliz Natal. Acho que repetimos isso mais de 10 vezes. :-)
  O fondue de chocolate ele também nem quis chegar perto. Quer dizer, isso no dia 24. Porque o resto do fondue ficou esquecido lá em cima da mesa e, no dia seguinte, foi encontrado! :-) Aí sim ele comeu com o dedo e se lambuzou todo. Eu acho que estava dormindo essa hora e o papai dele só filmando, hehehe.
  Ah, tem fotos dele com os presentes também.
  É, na verdade não tem muitas fotos, porque na manhã do dia 25 eu filmei ele abrindo os embrulhos. E alguns presentes demos dia 24, à noite. O Alessandro trouxe os meus presentes, aí tivemos que dar alguma coisa pra ele abrir, também. :-) Mas ele foi uma gracinha! O Alessandro entregou um embrulho pra ele e falou "Dá pra mamãe", aí ele me deu. Entreguei outro e falei: "Dá pro papai" e ele levou. Um fofo! Eu tava achando que ele ia querer abrir todos, hehehe.
  Aliás, nossa árvore este ano estava bem pobrinha. Eu tinha o costume de ir comprando os presentes pra família e colocando embaixo da árvore. Mas esse ano não dava, porque o Nathan adora abrir embrulhos, achei que não ia sobrar nada. :-) Fora que os presentes pra família foram todos pro correio, não tinha muita coisa por aqui. Bom, pelo menos os presentes que minha mãe mandou já tinham chegado, ebaaaa. Eu me comportei direitinho e só abri no dia 24, viu? :-D

  Acho que só tirei foto do Nathan brincando com esse presente, que é uma cozinha que eu comprei. Ele adorou! O Alessandro foi montando e ele em volta, todo animado, querendo brincar.

    O que ele mais gosta é de "pegar água" na cozinha dele e servir pra gente. O engraçado é que ele sempre serve assim, em cima de um pratinho, hehehe. Que lindo!!

  Bom, acho que era só isso. Foi um Natal gostoso, com comida gostosa e minha familinha linda. O que estraga são as comparações. Ficar pensando que no Brasil estaria calor, que no Brasil eu comeria chester, que no Brasil eu faria uma sobremesa pra ceia em família... Enfim, tudo aquilo que eu estava acostumada. Quem sabe ano que vem?

domingo, 25 de dezembro de 2011

Nathan e o Papai Noel

  Resolvi levar o Nathan ao shopping pra ver o papai noel e, se tudo corresse bem, tirar foto com ele. Não tinha muitas expectativas, já que ano passado ele não gostou nadinha da experiência. :-) No colo do Papai Noel ele chorava. E mesmo no meu colo, do lado do Papai Noel, ficou todo desconfiado.

  Antes de sair de casa, falei: "Vamos no shopping, ver o Papai Noel?". Ele se animou todo! Não sei se exatamente por causa do Papai Noel. Provavelmente só por sair pra passear, que ele sempre adora.
  Chegando no shopping, falei de novo: "Chegamos!!! Vamos lá ver o Papai Noel!".
  Entramos no shopping e eu falei: "Vamos procurar o Papai Noel, Nathan?".
  Achamos a casinha dele, aí eu falei: "Nathan, vamos lá tirar foto com o Papai Noel?". Ele foi todo animado correndo pelo corredor formado por aquelas cordinhas-forma-fila. Mesmo sendo dia 23/dezembro, o shopping até que tava tranquilo e não tinha fila nenhuma.
  Percorremos o corredorzinho e eu falei: "Olha lá o Papai Noel, Nathan". Adivinhem o que ele falou? Bom, ele arregalou os olhos, deu um sorriso, apontou e falou: "SANTA!!". Hahahaha.

  Difícil, né? A gente tenta ensinar português pro filho, repete 100 vezes, mas... o Santa Claus ganhou. :-) Bom, não dá nem pra me espantar muito. Nessa época do ano, a maioria dos desenhos que passam na tv falam de Natal. Eu falei 100 vezes, a tv falou outras 100 e, no fim, ele escolheu.

  Bom, embora ele tenha ficado todo animado, na hora que eu o coloquei sentado do lado do Papai Noel, a coisa perdeu a graça. Ele não sorriu mais e ficou com aquela cara de "Ok, o que eu tô fazendo aqui? Vai acontecer alguma coisa?". O papai noel o pegou no colo e ele não reclamou nem nada, mas não consegui arrancar um sorrisinho pra foto. Como a fotógrafa era "oficial" lá do shopping, não deu pra ficar muito tempo insistindo. Nem gostei tanto da foto, achei que ele ficou meio que fazendo careta, hehehe. Mas tudo bem, ano que vem a gente tenta de novo. :-) Talvez em 2012 ele até tire foto com o Papai Noel e não com o Santa.



sábado, 24 de dezembro de 2011

Primeira ida ao dentista no Canadá

  Como todo ano, chegou a hora da visita anual ao dentista. Não tínhamos nenhuma indicação muito sólida, então escolhemos por localização e resolvemos ir ao dentista que fica a uma quadra daqui, hehehe. :-) Bom, na verdade o Alessandro escolheu. Eu só fui no embalo, já que ele aparentemente gostou (mas disse que é difícil julgar quando você só faz limpeza).

  A primeira consulta aqui é gigantesca. De cara a recepcionista já falou pra eu agendar 2 horas seguidas, pra dar tempo de fazer tudo de uma vez só. Também avisou que na 1a. visita seriam feitos raios-X (ainda é assim que se escreve raio-X??) completos da boca e mandíbula. Esse ponto eu estranhei bastante. Tirar raio-X assim, sem mais nem menos? Mesmo se eu não estiver sentindo nada e ela não achar nada de errado com meus dentes? Estranhíssimo!! Questionei e me falaram que é a única forma de encontrar infiltrações e blablabla. Estranho ou não, no meu caso não fazia diferença, pois gestantes não podem tirar raio-X.

  Chegando no local, a primeira coisa a ser feita é preencher um questionário médico gigantesco, onde você assinala tudo o que tem ou já teve. É muito, muito completo!! Pergunta desde problemas cardíacos, diabetes, hipertensão, alergias, até herpes, tosse persistente, anemia. Parece até que você está indo a médico e não ao dentista. E após assinar um monte de "Ok, eu aceito isso" e "estou ciente daquilo", finalmente é hora de ir pro consultório começar o exame.

  Gostei da salinha. A cadeira tem uma televisão acoplada lá no pé e, sendo acoplada, sobe e desce conforme a cadeira sobe e desce, pra ficar sempre visível. Gostei. :-)
 
  E agora, finalmente, o exame! A dentista vai olhando e falando, enquanto a assistente vai anotando as coisas no computador. O problema dela tem umas 10abas, cada uma com um moooonte de campos a serem preenchidos. Fico me perguntando o que tanto ela pode ter pra escrever sobre uma boca...

  Passo 1. A primeira coisa que ela examina é a cabeça e o pescoço. Fica apalpando aqui, apalpando lá, pede pra eu engolir, procura nódulos linfáticos, vê se tem alguma inchada, pede pra eu engolir... Aí pede pra eu abrir/fechar a boca, enquanto põe a mão nos lados da cabeça pra ver se tem algo raspando, alguma coisa fazendo "click". Não achou nada de anormal.
 
  Passo 2. Hora de abrir a boca e ela fica vendo se os dentes de cima encaixam certinho com os de baixo e procura mordida cruzada. Ela também mede quantos milímetros tem na frente, entre a arcada de cima e a de baixo quando eu mordo. Ainda pediu pra eu ficar abrindo a boca e mordendo de vários jeitos diferentes. Pelo que entendi, não existem ortodontistas por aqui. Dentista é dentista e todos fazem de tudo.

  Passo 3. Procurar cáries. Primeiro ela me dá um óculos, por causa da luz forte. A luz é igualzinho à das cadeiras de dentista no Brasil, o pessoal aqui é apenas mais fresco, hehehe. Aí ela vai olhando dente por dente. Não encontrou nada. Aí ela me dá um outro tipo de óculos e usa uma luzinha especial, azul, também pra ver se encontra cáries ou algum outro problema. Mas novamente, tudo bem.

  Passo 4. Histórico. Como ela não tem meus registros históricos, vai olhando dente por dente e anotando quais possuem obturações, de qual tipo, de qual tamanho, se elas parecem boas, etc. Em um dente ela recomendou trocar, porque acha que uma borda começou a mudar de cor, então pode ser que tenha uma cárie se formando ali. Mas disse que não tem pressa e que é melhor esperar o bebê nascer.

  Passo 5. Ela olha as gengivas, classifica em Tipo 2 e fica anotando onde eu tenho retração de gengiva.

  Passo 6. Perguntas sobre hábitos de higiene. Ela pergunta (e anota) quantas vezes por dia eu escovo os dentes, se passo fio dental, que escova eu uso, que pasta eu uso, enxaguante bucal, etc.

  Passo 7. Perguntas sobre hábitos alimentícios. Não lembro muito das outras perguntas, só lembro de ela perguntando se eu como muito doce e chocolate. Ela se espantou bastante quando eu disse que chegava a ficar um mês sem comer chocolate, sem sentir falta. :-) Ah sim, também perguntou de refrigerante, mas isso eu tomo ainda menos que como chocolate.

  Passo 8. Não lembro o nome da categoria, mas ela perguntou se eu roo as unhas, se fumo, se ranjo os dentes e outras coisas. Ela disse que encontrou um pouco de desgaste nos dentes, o que sugere que eu posso estar rangendo os dentes. Disse que talvez seja uma boa ideia usar um protetor pra dormir. Também fez outras perguntas não cobertas naquele questionário gigantesco da entrada. Tipo, se eu já tive algum grande trauma na boca ou cabeça, se tirei o siso, como, por que e por aí vai.

  Bom, aí acaba a parte da dentista e eu vou pra outra salinha e quem me atende agora é a assistente. Nessa outra sala também tem televisão, mas ela não é acoplada na cadeira. Que pobreza! :-) De qualquer forma, a distração é ótima para procedimentos demorados e chatos. Gostei.

Passo 9. Limpeza dos dentes. Ela pega aquele ferrinho feio, chato, bobo e careca e vai passando dente por dente, raspando, cutucando, pra retirar qualquer possível acúmulo de placa. Achei essa parte bem chatinha e doída, mas ela jura que é porque estou grávida e os hormônios sempre causam um pouco de "gengivite gestacional" e mais sensibilidade. Sei não, o Alessandro também falou que não gostou nada da limpeza. Ela se ofereceu pra passar um gel pra diminuir a sensibilidade, mas falei que não precisava; não estava tããããão terrível assim. Depois do ferrinho, ela passa fio dental em tudo. Em seguida, passa uma escovinha automática. Como estou grávida, não teve aplicação de flúor.

Passo 10. Ok, esse não faz parte necessariamente da consulta. É que eu estava com uma afta gigantesca no fundo da boca, quase na garganta. Mas não lembrava como falava afta em inglês. Mostrei a afta pra moça, pra perguntar como qual era o nome daquele troço (o nome é canker sore). Aí ela se ofereceu pra passar um laser pra secar. Uau, nem sabia que dava pra fazer isso. :-) Foi só 1 minuto de laser e pronto, tchau afta! Bom, pelo menos eu esqueci completamente da afta depois disso. Só lembrei agora, ao escrever este post.

  Ufa, acho que é tudo. Ela pediu pra eu voltar em 2 semanas, pra acompanhar minha "gengivite gestacional" e só. Achei tudo muito bem feito. A atenção aos detalhes é grande, me parece que o trabalho preventivo ali é bem forte. E tanta a dentista quanto a assistente foram bastante simpáticas (mesmo a assistente tendo aquele velho hábito de te fazer perguntas enquanto você tá com a boca aberta, hehehe). Enfim, por enquanto eu recomendaria esse consultório, sim. E agora vocês já sabem o que esperar quando forem ao dentista no Canadá pela 1a. vez. :-)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Como o Canadá lida com adolescentes violentos

  Semana passada li uma notícia sobre um grupo de meninas de uns 13 anos que se reuniram pra dormir na casa de uma delas. Mas parece que duas delas não eram tão amigas assim, pois uma delas jogou água sanitária na outra e a ameaçou com uma faca.
  A ameaçada prestou queixa e a adolescente foi presa. Não sei se existe algum tipo de febem por aqui.
Dei uma pesquisada rápida no google e, pelo que entendi, dos 12-17anos as sentenças são diferenciadas mas, em caso de condenação, a cadeia é a mesma.
  Mas enfim, a menina foi presa e 1 ou 2 semanas depois liberada após uma fiança de $500. Quer dizer, liberada em termos. Está em prisão domiciliar. Não pode ir à escola nem se aproximar das (ou se comunicar com as) outras meninas que estavam lá na tal festa do pijama.
  Ainda vai demorar mais um mês até ela ser ouvida na corte novamente. Consequências sérias. Agora ela fica com a vida em suspenso, presa em casa. Nem sei o que acontece depois. Fiquei curiosa pra saber mais sobre as leis locais em relação a crimes juvenis. Pode ser que ela fique com a ficha suja pra sempre.
  Mas achei interessante ver como ninguém acha que foi pouca coisa. Pelo contrário, o juiz de paz que cuida do caso disse que as acusações são "very serious, shocking or horrendous". Nossa! Eu nem achei que tinha sido algo tão terrível assim, já que ninguém se feriu. Mas por aqui ameaças são levadas a sério. Tem alguma controvérsia sobre se a prisão não acaba deixando o adolescente mais propenso a voltar a praticar crimes. Bom, eu acho que depende do caso. Mas no caso dessa menina aí, duvido que ela vai voltar a jogar água sanitária em alguém.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A palmada, o tapinha e os pais descontrolados

  Essa semana, umas 3 ou 4 pessoas compartilharam no facebook uma foto de uma criança apanhando do pai e falando algo do tipo "Obrigada pai, por me dar limite" ou então "melhor infringir a lei da palmada do que ter um filho que fere o código penal inteiro".
  Tô aqui espumando de raiva. Preciso desabafar! Logo que vi isso pela primeira vez, achei que era só brincadeira. Mas depois vi que tem pessoas que realmente defendem e acreditam que PRECISAM bater nos filhos para educar e dar limite. Gente do céu, como pode? Hello gente, estamos em 2011, o mundo evoluiu. Sério que vocês vão querer ficar pra trás? Acordem!
 
  A tal foto que fala do código penal é o argumento mais ridículo que alguém poderia apresentar. Vai lá na cadeia e pergunta pros presos quantos deles apanharam dos pais. Quero ver se escapa um!! Eu achei que todos já estivessem carecas de saber que a violência doméstica é ainda maior nas classes mais baixas, de ondem normalmente saem os criminosos. A criminalidade tem muitas causas, a maioria históricas, fruto da desigualdade social. A palmadinha, tapinha ou tapão não têm nada a ver com a história. Parem de falar besteira, ok?

  Mas tudo bem, vamos falar da outra foto, que fala sobre limites. Claro, óbvio ululante que criança precisa de limite e ouvir vários "não" na vida. Tem pai que deixa o filho fazer tudo, compra tudo o que ele quer e o resultado são uns mimados mal criados e, em alguns casos, drogados e, é verdade, até criminosos. Mas quem foi o mentecapto que disse que a única forma de dar limite pra uma criança é com tapa, hein? Hein? Se eu pego esse cara, vou azucriná-lo pro resto dos meus dias!! Fica falando besteira por aí, daí as mentes fracas acreditam.

  Eu frequento uma lista de emails de mães. Lá de vez em quando aparece uma mãe com remorso, dizendo que nunca bate no filho mas, um belo dia, aconteceu sei lá o que, ela se descontrolou e bateu. A história é sempre parecida. A mãe ou o pai nunca batem porque pararam pra pensar e decidiram: "Ah, nesta situação a punição ideal é a chinelada". Claro que não! Batem porque estão com raiva, porque perderam a paciência. Então não me venham com nhénhénhém dizendo que acham que bater é importante pra dar limite. Bom, mas pelo menos essas reconheceram o erro.

  Raiva eu também já tive. Vou mostrar:
  Estão vendo essa tv de plasma 42 polegadas super bonitinha, comprada novinha em abril/2011? Então agora olhem mais perto.

  Essa é uma foto mais perto dessa mesma tv, quebrada em julho/2011 pelo Nathan, que jogou uma bolinha nela. Era uma bolinha bem dura...
  Então acreditem, quando eu vi que a tv parou de funcionar por causa dessa bolinha, eu realmente fiquei com raiva. Mas ele tinha 18 meses. Bater só ia servir pra descontar minha raiva, ele não ia aprender nada e com certeza nem entenderia por que estava apanhando. Ia ficar é confuso, sem entender por que aquela pessoa que mais o protege o estava machucando. Realmente não entendo como alguém pode bater em uma criança tão pequena. Mas sei que existem pessoas que batem até em bebês!! Ai, que covardia!

  Mas ok, voltemos às "crianças maiorzinhas". Eu desafiei no facebook e desafio aqui de novo. Quer ver alguém me dar um exemplo (só UM) de uma situação em que é "necessário" usar uma punição física. Não vão achar. Não existe!! Sempre tem alternativas.  Tem deixar de castigo, colocar pra pensar, cortar a sobremesa, cortar a televisão, cortar o videogame, cortar um passeio que já estava programado... Tem jeitos melhores e piores e alguns eu nem concordo muito, mas qualquer um é melhor do que bater. Alguns têm efeito demorado, alguns só fazem efeito na próxima birra, mas... pelo menos você não apelou.
  Alguém escreveu no facebook este exemplo: "criança berrando, se jogando no chão, xingando e/ou batendo nos pais, enfim uma birra daquelas....". Bléeééé, esse é moleza. Não fosse a parte do "batendo", eu diria apenas pra ignorar ou sair de perto. Eu faço isso quando o Nathan dá xilique e sempre funciona. Em casa às vezes demora até 15 minutos, mas sempre passa. Com o tempo a birra diminui de duração, porque ele percebe que não faz efeito. Fora de casa, é só sair andando que ele vem correndo atrás. Felizmente por aqui essas birras são bem raras. E se a criança tá batendo em você, saia de perto. Se ela vier atrás, segure os braços dela, feche no quarto, feche no banheiro.

  E continuando, um dia a criança e vira adolescente. Essa é, na minha opinião, a fase em que os limites são mais necessários do que nunca. Afinal, é nessa fase que vêm as grandes preocupações, como cigarro, álcool, drogas, gravidez indesejada, preparação pro vestibular, etc. Em adolescente você não vai dar tapinha, vai? Nem palmada. Vai ter que aprender a dar limite de outro jeito, não vai? Então é só começar a praticar mais cedo, simples!
  E aqui eu faço um parênteses para lembrar a minha mãe que a profecia dela já se cumpriu faz tempo. Sabe aquela profecia que mãe sempre faz? "Um dia você vai entender. Um dia você vai me dar razão". Hehehe. :-) É verdade, hoje eu entendo as preocupações e os limites. E lembrando da minha mente adolescente, acho que ela tinha razão, porque eu teria dado sim, muita cabeçada por aí se não fossem por eles. E vejam só, foi uma adolescência livre de chineladas!! E eu não virei marginal, hehehe.

  Comentei sobre esse assunto com o Alessandro há pouco e ele me falou que também deu sermão em alguém no facebook. Hehehe, que legal! Nem eu sabia, nem ele sabia que eu também tava discutindo esse assunto. É bom saber que a gente pensa igual. Dá aquela sensação de: ufa, escolhi a pessoa certa pra ser pai dos meus filhos. :-)

  O que mais me entristece é que mesmo ótimas pessoas, boas mães (no geral) pensem assim. Eu também sou humana, também tenho defeitos e não sei se ganharia o concurso de melhor mãe do mundo. E sendo imperfeita, embora hoje me pareça extremamente improvável, talvez um dia eu também perca a paciência e dê um tapa. Mas se isso acontecer, podem ter a certeza que não vou ficar arrumando desculpas pra tentar me justificar. Vou assumir que errei, que me descontrolei e me esforçar pra que não aconteça mais.

  E se você, que está lendo agora, é uma dessas mães que (ainda) bate nos filhos, não se sinta ofendida pensando que eu acho você uma péssima mãe, unicamente por causa desse quesito. Talvez você seja, talvez não. Sei lá, não te conheço. :-P Nem tô dizendo que sou uma mãe melhor que você. Até porque não conheço nenhuma régua que consiga medir isso. Mas nesse ponto em específico, sinto muito, não é uma opinião, é um fato: você está errada.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Ai, que saudade

  Mesmo felizes com a decisão de mudar de país, as saudades são inevitáveis. E não vou nem falar da família, porque essa eu já tinha saudades mesmo no Brasil.
  Desde que engravidei, o que mais sinto falta é de comida. Principalmente de um disk-marmitex. Quando o Nathan tinha poucos meses de vida, eu estava em licença maternidade e minha mãe já tinha ido embora, muitos dias eu não conseguia cozinhar. O Nathan só queria colo, colo, colo e, se finalmente dormia um pouco no bercinho, eu só conseguia ir dormir também, não tinha forças pra ficar acordada cozinhando. Fora que eu tinha que aproveitar o cochilo dele para comer (coisa que eu demoro muito pra fazer). Essa foi uma época que usei bastante o disk-marmitex.
  Ah, que delícia! Arroz, feijão, bife e um refogado de legumes, tudo prontinho! No restaurante onde eu pedia o cardápio era até variado, podia ser bife normal, bife milanesa, bife parmegiana, peito de frango, frango milanesa, frango parmegiana, carne de panela com batatas, costela... Ih, nem lembro mais. Em outro restaurante, também tinha o marmitex de picanha. Arroz, feijão, 2 fatias de picanha, farofa e batata frita. Nham nham nham, que delícia.
  A marmita era grande, pra mim durava duas refeições. Errr, menos a de picanha, que essa eu devorava a carne toda com muito gosto! :-)
  Aí me lembro de um episódio... Uma vez minha tia não teve tempo de fazer almoço por um motivo qualquer e mandou os filhos irem comprar marmitex. Os dois fizeram um escândalo e não queriam ir de jeito nenhum. Sei lá se achavam coisa de pobre ou o quê. Ahhhh, como são tolinhos. Como eu invejo ter essa possibilidade assim, à mão. Bom, coisa de adolescentes. Isso passa.
  Comentei com o Alessandro da saudade do disk-marmitex e ele não entendeu. Falou: "Ué, mas aqui tem disk de tudo". Sei... Tudo, menos marmitex com arroz, feijão, refogado e bife. Aqui dá pedir massas, pizza, frango, comida tailandesa, japonesa, chinesa... Mas não tem comida brasileira.
  Restaurantes self-service também são raríssimos por aqui. E nunca por quilo, sempre é um preço fixo para comer à vontade. E quando é assim, normalmente a qualidade nunca é tão boa.
  Enfim, como não tem por aí, o jeito é fazer meu próprio arroz com feijão.

  Outra coisa que me deu vontade de comer, assim de repente, é bolacha tortinha. Estou há várias semanas pensando nela. Sabem qual é, né? Essa aqui:

  Essa de chocolate+avelã da marca Isabela, então, nham nham nham, é a melhor que tem. Mas tudo bem, minha mãe disse que vai me mandar, eba!!
  Ainda assim, tem tanta coisa que dá saudade. Rodízio de pizza, churrascaria rodízio, cachorrão de Maringá, capuccino gelado da ex-Bom Livro, pastel na feira, casquinha de siri na praia, sorvete de brigadeiro da Kibon, porção de mandioca frita, restaurante self-service, sonho de valsa, bis, bolinho de bacalhau... A maioria das coisas dá pra improvisar, contornar, fazer em casa... Mas tem outras que são simplesmente insubstituíveis.
  Gente, será que eu tô é com fome? Hehehe. Eu continuo com minha indigestão diária. Nesse exato momento meu estômago doi, como de costume e, ainda assim, não paro de pensar em comida. Mas não tô com vontade de nada que tem na minha geladeira. Bléééé.
  Ah, que saudade de um disk-marmitex...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Diálogo com um toddler de poucas palavras

  O Nathan está melhorando, mas ainda fala pouco. Com isso, temos diálogos como esse:

- Mamãe! Tchitchi!
- Ah, você quer leite?
- Hihihi.
- Ok, vamos lá na cozinha, vou pegar pra você.
  ...
- Pronto, tá aqui seu leite.
- Nããããããããããoooooooo!!!
- O que foi? Você não pediu leite?
- Copo?
- Ah, você quer tomar em outro copo?
- Hihihi.
- Quer o copo verde?
- Não.
- O copo azul?
- Não.
- Hmm, o copo vermelho?
- Nããão!
  (Começa a perder a paciência e bate as mãos nas orelhas)
  Gugu!
- Ah, você quer o copo com a tartaruga?
- Hihihi.
- Pronto, tá aqui o leite no copo da tartaruga.
- Cagu?
- Quer um canudo?
- Hihihi.
- Pronto, tá aqui seu canudo.
- Thank you, mamãe.

  E vai pra sala alegremente, tomar seu leite. :-)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vídeo - Nathan assoprando velinhas

  Pra compensar o post sem graça que acabei de postar, aqui vai o vídeo já divulgado e prometido anteriormente. :-)



Mais reclamaçõezinhas - pode?

  Quando estava grávida do Nathan, eu tinha o que chamava de "diário da gravidez". Basicamente um arquivo do word onde eu escrevia o que estava pensando, sentindo, etc. Agora acho interessante ficar lendo novamente e comparando.
  Logo de cara deu pra perceber que a gestação do Nathan foi muito mais tranquila. Mas algumas coisas são melhores agora, vamos aos fatos.
1. Gravidez 1- Tive pouco enjoo e só 2 vomitozinhos básicos. Até me diverti com eles. :P
    Gravidez 2 - Vários enjoos, vários vômitos. O último há 20 minutos.

2. G1 - Muita azia no 1o. trimestre.
    G2 - Só uns 2 episódios de azia.

3. G1 - Muito enjoo com cheiros, principalmente de alho.
    G2 - Idem! Macarrão alho e óleo, nem pensar! O chato é que agora moro em apartamento e a minha porta é a última do corredor.

4. G1 - Um pouco de indigestão após a janta.
    G2 - Indigestão o dia inteirinho, com muita, muita dor de estômago.

5. G1 - Preocupação o tempo todo, achando que ia perder o bebê
    G2 - Preocupações ocasionais, só pra não perder o costume.

6. G1 - Muito sono. Dormia muuuito!
    G2 - Muito sono. Dormindo pouco. Fazer o quê? Quando se tem um toddler em casa, é assim. Pra piorar, ando tendo insônia.

7. G1 - Sendo bastante mimada pela mamãe e pelo marido.
    G2 - Ninguém me mima, snif...




8. G1 - Gripe com 11 semanas de gestação.
    G2 - Idem. Buááá. Estou gripada, nariz entupido, escorrendo, sinusite, dor de cabeça.

9. G1 - Empregada fazia tudo.
    G2 - Passando mal ou não, tenho que limpar a casa, lavar roupa... Droguinha.

  É, pensando bem, não tem muita coisa melhor, não. Só o fato de eu estar mais tranquila agora. E mesmo assim, nem tanto, porque volta e meia me preocupo por não ter tomado ácido fólico antes de engravidar.
  A notícia boa é que semana que vem tem ultrassom, obaaaa. Finalmenteeeee. E vou estar completando 12 semanas. Se tudo correr bem a gripe terá passado, os enjoos terão passado, vou ver meu bebê e aí sim voltarão os posts mais animados aqui no blog. :-) Fiquem na torcida!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um dezembro com mais graça

  Não se pode nem reclamar um pouquinho da vida. O Alessandro perde o emprego às 11:00, à tarde vai pra uma entrevista e no fim da tarde já tá empregado de novo, hahaha. :-P E o emprego também é em Burlington. As vagas que pagam melhor normalmente são em Toronto. Mas como a gente não quer morar lá, isso implicaria em dirigir Toronto-Burlington em horário de pico. E minha irmã sabe exatamente o que isso significa, certo Taia? :-) Significa demorar umas 2 horas e meia pra chegar em casa no fim do dia. Ninguém gosta e muito menos o Alessandro.
  E pra ninguém dizer que nunca elogio, eu tenho muito orgulho do meu marido. É um profissional competente e deve ser muito bom em entrevistas, não é possível, hehehe.  

  Enfim, a vida continua, ainda não estamos na nossa situação ideal, mas agora com mais ânimo. Embora pra mim esteja continuando com uma dor de cabeça terrível, buáááá. Eu acho que foi um sanduíche que comi ontem que tinha ovo cozido. Eu sou alérgica a ovo cru, mas normalmente posso comer ovo cozido, desde que tenha sido beeeem cozido. Estou desconfiada de que não me deu alergia mas, em compensação, tenha sido o responsável pela dor de cabeça. Desde ontem ela me acompanha.
  Quando estava grávida do Nathan também tive uma crise de dor de cabeça que durou 72horas. Eu comi alguma coisa que me fez mal e depois não conseguia nem dormir de tanta dor. Daquela vez tomei um tylenol (com aquele peeeeso na consciência) e não adiantou absolutamente nada. Então desta vez não tomei nada e estou esperando os 3 dias passarem. Se o padrão se mantiver, amanhã a dor estará mais fraca e domingo terá passado.
 
  Mas, com dor ou sem, ontem era 1/dezembro e, como planejado, montamos a árvore. Eu lembro que ano passado o Nathan ficou brincando com a fita que usei pra fazer laços, além de ficar tirando as bolinhas das árvores. Já esse ano ele realmente me ajudou! Ele ficou com a caixinha de bolinhas e foi me dando uma por uma, para eu ir pendurando na árvore. O problema foi quando acabou a caixinha. Ele achou a atividade tão divertida, que começou a tirar as bolinhas da árvore e guardar de volta na caixa, pra começar tudo de novo. :-) Mas eu tinha uma segunda caixa, há!! Aí ele ficou brincando com as bolinhas da 2a. caixa e por enquanto nem pendurei todas, pra ver se assim ele deixa as da árvore quietas. Ele também pendurou a guirlanda e não gostou muito quando eu ajeitei, "estragando" a decoração dele.
  Achei que as fotos não ficaram muito boas mas, enfim, aí vão:


  O Nathan colocando a guirlanda.

  Ainda não acabei os laços da árvore, mas já tá praticamente pronta.

   Olha a carinha lambuzada, depois de comer uma bolacha coberta com chocolate, tsc tsc tsc. Nessa foto ele tá empurrado o meu advent-calendar pra cima de mim. Eu pendurei perto da porta, aproveitando um preguinho que tinha lá, mas o Alessandro reclamou que ficava na passagem (é, ficava mesmo, hehehe) e tirou pra depois pendurar em outro lugar.
  Mas o Nathan não gostou nem um pouco de ver o papai noel no chão e ficava me dando, pra eu pendurar de novo, falando: "Papai, papai". Ele ainda aprendeu a falar "noel". :-) Agora ele ganhou uma parede só pra ele, olha que bonitinho. Quer dizer, bonitão, que ele é enorme!!


  Ah, esse ano também não vamos poder colocar presentes embaixo da árvore, porque o Nathan adora abrir embrulhos. Não ia sobrar um, hehehe. Mas tudo bem, porque a maioria vai pro correio amanhã, mesmo. Queria ter enviado tudo ainda em novembro, pra chegar a tempo pro Natal, mas minhas dores não deixaram. No problemo, um dia chegam. Quer dizer, assim espero!! Depois dos convites de aniversário extraviados, tô meio com medo...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um dezembro sem graça

  Era um domingo de outubro. 9 ou 16, não lembro. Como todo fim de semana, deixei o Nathan dormindo depois do almoço, o Alessandro ficou tomando conta e saí. Era o meu dia semanal de ir no mercado, correio, farmácia, shopping ou até cinema... Enfim, fazer compras e resolver pendências.
  O Outono estava começando a ficar fortinho. Estava um dia bem feio, chovendo e frio (uns 5 graus). Mas mesmo com esse dia feio, eu estava super feliz! Dirigindo numa boa, ouvindo música e pensando: "Nossa, o dia tá tão feio, mas estou tão contente!". Lembro de ter ficado surpresa comigo mesma, afinal não tinha nenhum motivo especial. E ao mesmo tempo, tinha sim, como não? Eu tinha uma vida boa, morava numa cidade legal, em um apartamento ótimo, tinha um carro grandããããão, com um porta-malããããão, hehehe. Tinha uma família, um filho super-hiper-mega lindo-gracinha-fofinho-carinhoso-etc. Ia estar triste por quê? Só por causa de uma chuvinha?
  Também estava animada com os próximos meses. O Nathan já estava matriculado na escolinha, eu já estava em contato com recrutadores, logo logo eu estaria trabalhando e, quando isso acontecesse, finalmente íamos começar a juntar dinheiro para comprar uma casa.

  Fast forward no filme e, quase 2 meses depois, parece que tudo mudou. Acho que nunca mais tive um dia completamente feliz, como aquele... Agora meus dias são enjoo e ansiedade. Ok, ok, estou exagerando. Antes que alguém se engane, já aviso que não estou com depressão, longe disso. :-)
  Ainda assim, agora é um período de transição, de mudanças e, com elas, sempre há muita ansiedade. Primeiro, tem um bebê a caminho. Segundo, não vou mais voltar a trabalhar. Terceiro, o Nathan não vai mais pra escolinha (avisei ainda em novembro, mas como tem que avisar com um mês de antecedência, ele ainda vai por mais algumas semanas). Quarto, precisamos controlar ainda mais os gastos. E o quinto... bom, essa notícia recebi há poucas horas: o Alessandro perdeu o emprego, como já estávamos prevendo (empresa mal das pernas e demitindo nas últimas semanas).
  Enfim, acho que não vai ser um dezembro muito animado. E esse sempre foi o meu mês preferido do ano. Mas desta vez, vai ser apenas mais um mês. O Natal vai ser de restrições orçamentárias e longe de toda a família. Ok, não toda. Vai ter o Alessandro, o Nathan e o bb2. Que são, no fim das contas, as pessoas mais importantes; aqueles que me aguentam diariamente. Mas vocês sabem o que eu quero dizer. Estou falando da família com quem eu passei os Natais da minha infância, adolescência e... bom, praticamente todos os Natais até hoje. Nem pai, nem mãe, nem irmãos, nem avós, nem tias, nem primos. Ninguém. Ninguém... :-( Nem no dia 24, nem no dia 25, nem uma semana depois nem coisa parecida.
  E de repente, ainda me sinto culpada. O Alessandro já tá fazendo entrevistas, muito mais ansioso que eu, preocupado com o sustento da casa e eu aqui me preocupando com a celebração do Natal. Comparando assim, parece uma grande bobeira. Mas fazer o quê? O problema sempre parece grande pra quem passa por ele. Junte aí os hormônios da gravidez e pronto, temos aqui uma grávida choramingando no blog.

  Se eu pensar friamente, nem tanta coisa mudou. Eu continuo morando na mesma cidade, no mesmo apartamento, dirigindo o mesmo carro, tenho a mesma família e ela ainda vai ficar maior e mais animada. Ok, ainda não tive coragem de comprar a cômoda pro meu quarto (ou tapetes, ou criado-mudo), mas ninguém aqui está passando fome e o bebê não vai ter que viver enrolado em lençol. E vamos ter presentes de Natal, como não?
  De repente já me sinto melhor. Pra isso servem os blogs, né? Auto-terapia. :-P Agora vou lá na escolinha buscar meu ajudantezinho, porque hoje é 1/dezembro, ou seja: dia de montar árvore de Natal, obaaaa! Talvez dezembro não seja apenas mais um mês, no fim das contas. Afinal, não é todo mês que tem árvore de Natal aqui em casa.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Video - Nathan dirigindo seu quadriciclo

  Esse post é só pra mostrar o vídeo do Nathan andando com o carrinho que ganhou de aniversário da tia Cintya. :-) Essa é a filmagem da primeira vez, então ele ainda era bem ruim de volante, hehehe. Agora já tá um pouquinho melhor.
  Bom, também o espaço aqui em casa é limitado. Aí esses dias eu e o Alessandro descemos pra ele andar um pouquinho lá embaixo, no lado do prédio, onde tem mais espaço. Mas quem disse que ele quis subir no carrinho? Não quis nem saber e fazia escândalo se a gente o colocava em cima. Só queria saber de andar, andar, andar e aí foi pro parquinho. Então tá, acho que ele queria era esticar as perninhas. :-) Enquanto isso, ele segue andando de carrinho dentro de casa e trombando com os móveis, hehehe. Ele gostou bastante do presente. Valeu, tia!


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

1a. consulta com a parteira

  Hoje tive a 1a. consulta com a parteira (midwife) que vai me acompanhar a gestação toda. Teoricamente eu iria ficar revezando consultas com a parteira suplente, mas por azar (ou não) ela está em licença maternidade, então só vou conhecê-la quando estiver já com uns 8 meses de gravidez. Então espero que no dia H, na hora P, a minha oficial possa me atender, já que gostei dela. Simpática, parece boazinha e legal.
  Na consulta de hoje ela voltou a me explicar o que uma parteira faz ou deixa de fazer. Na verdade, é tudo bem oficial. Me deram um envelope cheio de panfletos e um dos papeis listava um monte de situações diferentes, dizendo em quais casos o protocolo requer que você a) Se consulte com um médico ou b) Seja transferida e continue seu pré-natal com um médico. Mas ela disse que mesmo nesses casos não é  "Foi um prazer, tchau". Elas continuam dando assistência paralela e dão assistência ao bebê nas primeiras 6 semanas, fazem visitas em casa, etc. Bom, mas eu sou bem saudável e provavelmente não vou precisar de médico.
  Uma coisa que eu adorei é que, muitas das coisas que no Brasil a gente agrupa sob o rótulo de "parto humanizado", aqui são procedimentos padrão. Tanto que nem achei uma tradução para o termo. Tá certo que com médicos a coisa não é tão garantida, pelo que me falaram. Mas com parteiras, a impressão que tenho é que tudo acontece como eu sempre sonhei:

1 - Não é procedimento oficial aspirar o bebê após o nascimento. Só se faz isso se precisar.
  Pra quem nunca pensou no assunto: pô, machuca, né? Imagina um enfermeira toda apressada passando um tubo pelo nariz, boca, garganta de um recém-nascido? Fora a sensação de: "Meu Deus, o que aconteceu comigo? Fui abduzido por alienígenas!".


2 - Não é obrigatório pingar nitrato de prata nos olhos.
  Esse "colírio" serve pra prevenir algumas infecções, principalmente se a mãe estiver com clamídia ou gonorreia. Por outro lado, o próprio nitrato de prata arde e, em muitas casos, gera uma conjuntivite no bebê. Melhor fazer os exames dessas doenças e dispensar o tal colírio, certo?



3 - O corte do cordão umbilical não é feito correndo
  O bebê, até nascer, "respira" pelo cordão. Teoriza-se que cortar o cordão correndo dá uma sensação semelhante a sufocamento. Então o ideal é esperar o cordão parar de pulsar e, enquanto isso, o bebê vai começando a usar seus pulmõezinhos aos poucos.


4 - O bebê nasce e vai direto pro colo da mãe.
  Dispensa explicações, né? :-)


  Tem muito mais coisas que eu ainda quero perguntar sobre parto e cuidados com o recém-nascido, mas a consulta já durou exatos 60 minutos, então vou deixar pra ir perguntando aos poucos.
  Fora isso, ela me falou novamente que tenho a opção de parto em casa, mas posso decidir isso a qualquer momento. Tá certo que eu moro a umas 3 quadras do hospital, mas... anestesia é tão legal, né? :-) E se for pro hospital, se quiser também posso ir pra casa no mesmo dia, umas 3 ou 4 horas depois do parto. Hmmm, mas vamos deixar esse assunto pra depois.
  Aliás, outra coisa que a parteira falou é que ela orienta, dá conselhos, sugere, mas... as decisões finais são todas minhas. Ótimo, é isso mesmo que eu queria.

  Ah, sim, ela também falou pra não comer carne mal passada e sushi (snif). Por outro lado, disse que posso pintar o cabelo. Aparentemente, por aqui ninguém nunca ouviu falar dessa história de não poder pintar cabelo na gravidez. Todas as recomendações aqui são baseadas em evidências científicas e ninguém te recomenda fazer algo "Só pra garantir". Mas lógico, no final você decide.

  Fora isso, só acrescento que o consultório é um lugar super aconchegante, parece um quarto. :-) Todo decorado, a parede não é branca, tem um tapete no chão e uma escrivaninha com três cadeiras. Não tem uma maca, tem uma cama! Com uma colcha bonitinha, travesseiro e tal. E uma caixa de brinquedos no cantinho, caso você leve um filho junto nas consultas. Na "casa" também tem uma biblioteca com vários livros sobre gestação, maternidade, amamentação, alimentação saudável, que podem ser emprestados. E uns caixotinhos onde me disseram que sempre tem amostras grátis, ebaaa! Já peguei uma, de creme para assaduras. Tinha uma amostra de fraldas, mas acabei esquecendo de levar. Gente, que fraldinha pequeniniiiiiinha. Tô acostumada com as do Nathan, me espantei com o tamanho. Parecia de boneca. :-)
  Enfim, acho que tô meio deslumbrada, hehehe. Eu tinha um pouco de receio de ter filho aqui, sem plano de saúde!! Achava que depender da saúde pública significaria não poder decidir nada. Felizmente não é bem assim. Agora é esperar e ver se tudo continua tão cor de rosa.

  Ah, mas não se enganem pelo "cor de rosa", eu continuo me sentindo péssima. Meu estômago doi o dia inteirinho. Meu corpo tá ocupado fazendo bebê e se esqueceu de que tem que digerir comidas também. Ou eu tenho enjoo, ou azia, ou indigestão ou tudo isso junto. Às vezes me acordo me sentindo quaaaase bem. Diferente das outras grávidas, posso acordar e ficar 1 ou 2 horas sem comer que não me dá enjoo. Mas é colocar o primeiro alimento na boca que tudo começa. Mesmo que seja apenas uma inofensiva banana. Snif snif.
  Bom, mas amanhã completo 10 semanas. Talvez o fim do sofrimento esteja próximo. :-)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Aniversário do Nathan - 2 anos

  Domingo o Nathan completou 2 aninhos. Como eu adoro comemorações e datas especiais, não podia deixar passar em branco. Mesmo conhecendo poucas pessoas aqui, deu pra fazer uma festinha.
  Comecei a planejar tudo com mais de 1 mês de antecedência. Decidi o tema (macacos), pesquisei coisas para decoração na internet e fui em algumas lojas de festas locais, para comparar preços. Aí, como eu sou uma pessoa organizada e metódica, fiz um cronograma de atividades, hehehe. Sim, datas e prazos para tudo. 1a. semana fazer convites, 2a. semana preparar lembrancinhas e fazer teste de receitas, 3a.semana blábláblá, tal dia fazer brigadeiro, tal dia fazer coxinhas, etc.
  Tudo ia de vento em papo, eu estava dentro dos prazos, até que... engravidei e comecei a passar mal, muito mal, buáááá. Não tinha ânimo nem forças pra nada e meu cronograma começou a ficar todo atrasado. Até os convites foram colocados no correio em cima da hora. Bom, minha mãe e uma colega canadense disseram que receberam os convites antes da festa. Minha sogra e minha cunhada não se manifestaram e minha sobrinha afirma que não foi convidada. Gente, será que os correios canadenses são tão não confiáveis??
  Bom, pra quem não viu, segue o convite:



  Bom, o convite saiu e o resto fui tendo que adaptar. Não fiz o cartão de agradecimento. As lembrancinhas eu comprei em vez de fazer. Os salgadinhos fui fazendo beeeeem devagarzinho. Às vezes fazia o recheio de manhã, a massa à tarde e montava à noite. Aí congelava tudo. Os brigadeiros e gelbinhos o Alessandro ajudou a enrolar.
  Uns 3 dias antes dei a missão de encher bexigas pro Alessandro, mas ele não estava dando conta do recado sozinho. Eu com a pressão baixa, não conseguia encher nada... Aí no domingo ele acabou alugando um tanque de hélio pra encher. :-)
  Ah, sim, eu também tinha planejado fazer um bolo teste dias antes. Afinal, nunca tinha feito um bolo em forma de macaco. Bom, os planos foram por água abaixo e, no dia anterior à festa, fui direto fazer o bolo final da festa. Ainda bem que a minha receita não estava enfeitiçada, hehehe. Deu trabalho, muuuuito trabalho. Demorei 4 horas só com a parte de decorar o bolo. Fiquei bem cansada e fui dormir tarde bem no dia anterior à festa. Mas enfim, ficou bem bonitinho. E até gostosinho, êêêêêêê. :-)
  No domingo, dia da festa, um casal de amigos ajudou com a decoração e fizeram a árvore de bexigas. A Fabiana também fez mini pizzas e ajudou a arrumar tudo. Nossa, uma mão na roda essa ajuda. Aliás, ela é muito legal e já tinha se oferecido pra ajudar a fazer os docinhos e salgadinhos. Mas sabe quando você tá tão mal que você não quer nem ver nem falar com ninguém? Então, eu tava assim. Só queria ficar em casa, quietinha, de preferência dormindo. Não que o Nathan deixasse, hehehe. Mas pelo menos nos dias de escolinha eu conseguia descansar um pouquinho mais.
  Mas enfim, a comida ficou gostosa, a decoração bonita e a festa animada. E o que é mais importante: o Nathan ficou muito feliz! Adorou abrir os presentes, brincar com os presentes, brincar com a decoração e, principalmente, adorou soprar velinhas! Foram vários parabéns e muitos assopramentos de velinhas. Até filmei. :-) Mas primeiro deixa eu colocar algumas fotos. Acho que quase todo mundo já viu no facebook, mas vão algumas aqui, assim mesmo.
  O bolo! Não dá pra ver, mas ele era de chocolate e o recheio um creme de chocolate com morangos.

  O banner também fui eu que fiz, só mandei imprimir. Mas me arrependi de não ter feito maior. Na hora que coloquei na parede, me pareceu pequeno.

  Quando a gente mora do Brasil, aprende a fazer tudo. Coxinha, pastelzinho, bolinha de queijo...

   O Nathan gostou muito desses macacos infláveis.

  Olha o biquinho dele tentando assoprar a velinha, hehehe.

 Ufa, missão cumprida. Nada como um filho feliz para fazer uma mãe feliz. Ele está até hoje (na verdade, neste exato momento) brincando com as bexigas. :-) Os presentes ele abriu todos, mas depois da festa, quando ele dormiu guardei quase todos. Vou dar de novo aos poucos, aí ele aproveita mais.  
 

Bebê 2 - 1a. consulta e 1o. ultrassom

  Semana passada tive minha 1a. consulta de pré-natal. Desde já aviso que consultas sem ultrassom não têm a menor graça. A médica mais fez perguntas do que outra coisa. Perguntou a data da última menstruação, perguntou várias coisas sobre a gravidez e parto do Nathan, mediu minha pressão (baixíssima, 8x5), me pesou e perguntou se eu tinha alguma dúvida.
  Também pediu vários exames de sangue de rotina (hiv, hepatite, glicose, tireóide, etc). A médica também não acreditou muito na data que eu passei pra ela como sendo a de concepção, porque estava muito longe da data da última menstruação. Oras, como ela acha que acidentes acontecem? :-) Mas nem insisti muito na minha convicção, porque aí ela me pediu um ultrassom pra ajudar a determinar a idade gestacional. Eba!! Normalmente o 1o. ultrassom aqui é só com 12 semanas, aquele da translucência nucal.
  Ela não me falou pra deixar de fazer nem comer nada. Quando perguntei sobre isso, ela me falou das coisas que eu já sabia que devia evitar - carne mal passada, sushi (buáááá), embutidos, café, etc. Me receitou um remédio pra enjoo, específico pra grávidas e também me deu dicas já conhecidas - comer frequentemente, comer uma bolachinha antes de levantar da cama, chá de gengibre, etc.
  Aí finalmente ela me falou das opções de acompanhamento pré-natal e parto:
Opção 1 - Continuar o pré-natal com a médica de família. Mas, como ela não faz parto, no último trimeste eu seria encaminhada para um obstetra, pra finalizar o pré-natal com ele. O motivo eu não sei, já que na hora P quem faz o parto é o obstetra de plantão, não necessariamente aquele obstetra que te acompanhou no finzinho da gestação. Conta final - 1 (médico família) + 1 (obstetra) + 1 (plantonista) = 3 cuidadores diferentes.
Opção 2 - Achar um médico de família que faz partos. Aí teoricamente você faz tanto o pré-natal quanto o parto com o mesmo médico. Mas pelo que a minha própria médica me explicou, mesmo nesses casos são poucos os médicos que garantem que vão estar lá na hora do seu parto. No fim, o parto também acaba sendo com o plantonista. Conta final - 1 (médico família) +1 (plantonista) = 2 cuidadores.
Opção 3 - Parteira. E aqui devo fazer um parênteses pra explicar que as parteiras canadenses são mais qualificadas do que o nome sugere. Elas fazem curso superior de 4 anos em universidade, mais 1 ano de "residência". Não só fazem partos, como também fazem o pré-natal, têm autorização para pedir exames de sangue, analisar os resultados, pedem ultrassom, prescrevem medicação, pedem anestesia... Enfim, praticamente tudo o que um médico faz. Acho que só não fazem cesárea.
  Já estão percebendo pra onde esta conversa está caminhando, né? Com a parteira, você faz todo o pré-natal com ela e mais uma suplente. E no seu parto, ela garante que estara lá. A não ser que coincidam dois partos ao mesmo tempo, caso em que você vai com a suplente. Tudo isso coberto pelo sistema público de saúde. E você também pode escolher parto no hospital ou parto em casa. Tudo bonitinho, regulado e previsto pelo sistema de saúde.
  Ah sim, no caso de parteira ela também acompanha o bebê nas primeiras 6 semanas de vida, dando assistência a amamentação, dicas iniciais sobre cuidados, etc.

  Depois de me contar sobre essas 3 opções, minha médica fala: "Ah, mas infelizmente acho que você não vai mais conseguir uma parteira. Elas são muito concorridas. Se você não liga logo no comecinho da gravidez, dificilmente consegue uma vaga". O que ela não sabia é que eu sou muito esperta, háá!! Logo que fiz o teste de gravidez, corri pra internet e fui procurar opções de parto. No mesmo dia descobri sobre esse lance de parteiras e, por via das dúvidas, já liguei na 2a.feira seguinte e fiz minha inscrição. E consegui uma vaga! Semana que vem é minha primeira consulta com a parteira. Espero que ela seja legal. De qualquer forma, sempre tenho como voltar para a opção 1 ou 2.

PRIMEIRO ULTRASSOM
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  Aí, hoje, fiz meu primeiro ultrassom. De acordo com meus cálculos, hoje eu completo 9 semanas. E o ultrassom deu... 9semanas e 1 dia. :-) Ahá, acho que acertei, hein? O bebê mede 2,5cm e consegui ver uma cabecinha, um toquinho de braço e um toquinho de perna. Também vi o coração batendo, a 173bpm. E o bebê estava agitadinho, se mexendo. É, acho que agora dá pra acreditar que é de verdade. É incrível, mas tem um bebê aqui. Crescendo, parasitando e se mexendo.
  Quase fugindo do assunto, vocês tomam mesmo 4 copos de água 1 hora antes de um ultrassom? Esse era o procedimento que eles queriam que eu fizesse. Hahaha, tá bom. O ultrassom era 08:30. Eles queriam que eu tomasse 4 copos de água até 07:30 e não fosse no banheiro até a hora do ultrassom. Ignorei total, né? Me conheço! Levantei 07:00, banheiro, tomei café da manhã normalmente e tal. 08:00, antes de sair de casa, fui no banheiro de novo e só então tomei 1copo. Às 08:15, no caminho, tomei outro (levei uma garrafinha). Às 08:35, quando começou o ultrassom, estava me perguntando se tinha sido o suficiente, quando a moça comenta: "Ah, sua bexiga está bem cheia!" Será que a capacidade da minha bexiga é de 300ml? E é por isso que vou tanto ao banheiro? Enfim, na hora do ultrassom, quando ela começou a apertar aquela maquininha, argh, já deu vontade de ir de novo!

  Bom, é isso. Infelizmente aqui o relatório vai direto pro consultório da minha médica, então não tenho nem uma fotinha pra postar, snif snif. Só agora pensei que devia ter pedido pra moça pra tirar uma foto da tela com o celular. Mas também não sei se ela ia deixar... De qualquer forma, acho que vou ter que ir lá pedir uma cópia pra levar pra parteira. Aí finalmente vou ter um registro. O bebê 2 merece, né? Afinal, do Nathan tenho tantos ultrassons e fotos!
  O melhor de tudo é que agora está confirmado. Eu não estou louca e não é gravidez psicológica. :-) Portanto preparem-se e comprem as passagens que o bebê 2 vem aí!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fotos recentes

  Olá. Acho que faz tempo que não coloco fotos do Nathan aqui, então esse post é mais pra isso. Não tem muitas recentes, porque ultimamente a falta de forças impera. Mas vou garimpar algumas aqui.






  Novas decorações do quarto do Nathan. Na verdade os macaquinhos não combinam muito com o tema oficial, que é dinossauros. Mas achei tão bonitinhos! E o Nathan adora macacos e, claro, adorou os adesivos. Bom, pelo menos combina com o quadrinho do interruptor, que também tem um macaquinho. :-)
  Já essa parede que vocês estão vendo nem existe mais, hehehe. Os adesivos não eram de muito boa qualidade e volta e meia desgrudava uma pontinha. Aí, claro, o Nathan ficava brincando de arrancar e grudar de novo. Aí, pouco a pouco, foi rasgando uns, perdeu a cola de outros e... só sobraram os dinossauros voadores, hehehe.



  Essa foto não tem nada de especial. Só achei bonitinho ele vendo tv abraçado com o ursinho.

  Brincando na casa do amiguinho Caio. O Nathan adora esse bebê!! Ele e a mãe dele às vezes vão junto com a gente naquele programa pra mães e crianças no Early Years Centre. Aí o Nathan fica todo feliz, vai conversando e brincando com ele o caminho todo. Também sempre faz carinho nele.
  Hoje fomos nós 4 na casa de uma outra amiguinha. Aí no caminho o Nathan começou a falar "Pé! Pé! Bebê. Pé. Bebê", mas eu e a Fabiana estávamos conversando e nem demos muita bola. Eu achei que talvez ele estivesse querendo tirar o tênis, mas estava muito frio pra isso. Até que ela entendeu o que ele estava falando: tinha caído o sapato do pé do Caio, ele estava avisando. :-)


  Essa foto é mais pra mostrar a jaqueta nova. Todo lugar que ele vai, sempre elogiam a jaqueta "de couro" dele. :-) Essa foto foi num festival que a gente foi, mas tava muito muito frio. Quer dizer, eu é que não estava com roupa o suficiente pro frio que estava fazendo. Ele me pegou de surpresa.



  Essas fotos foram no Halloween. Ia ter uma festa lá do Early Years Centre (lá onde sempre levo o Nathan pra brincar). Íamos levar o Nathan e o Caio, mas... justo nesse dia o Nathan não dormiu muito bem à noite e perdemos a hora. Aí, quando chegamos lá, estava lotado e não pudemos entrar, snif. :(
  Aliás, aqui não tem jeitinho com as normas de segurança. No programa normal, mesmo, o limite é 50 pessoas. E as coordenadoras ficam sempre de olho na lista de assinaturas. Deu 50, elas colocam o aviso de "Stop!" na porta e não tem conversa. Não entra mais ninguém, até que alguém saia. De vez em quando chega a formar filinha na porta. Dá uma dó ver aquelas crianças lá fora, só olhando as de dentro brincando...
  Bom, mas voltando ao Halloween, já que a festa não deu certo, fomos em um Burger King, que pelo menos tem esse playground, que o Nathan gostou bastante. Aí, claro, ele comeu batata frita. E aí, acharam que ele ficou bem de super homem? Hehehe.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Bebê 2 - primeiras impressões

  Ainda não escrevi muito sobre a gravidez propriamente dita e, na verdade, ia até esperar um pouco mais. É que tudo ainda parece tão irreal, tão de mentira. Mas o cansaço, o sono, os enjoos e a azia constante me lembram que tem algo diferente acontecendo.

A DESCOBERTA
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  Logo que descobri a gravidez, meu primeiro pensamento foi: "Tadinho do Nathan!". Sim, eu só conseguia pensar no Nathan, que ele ia sofrer, que ele ia ficar com ciúmes, que ele não ia entender e blábláblá. Bom, eu sei e todo mundo sabe que crianças sentem ciúmes com a chegada de um irmãozinho. Normal. Maaaaas... acho que o que pegou pra mim foi que algum tempo atrás eu li um texto de um psicológo falando sobre como crianças pequenininhas reagem a essa novidade.
  Já faz tempo que eu li e não lembro muitos detalhes. Mas lembro certinho de ele dizendo que, para crianças abaixo dos 3 (acho) anos, é como se o seu marido chegasse em casa com uma nova esposa, dizendo pra você: "Olha, querida, a partir de agora eu vou ter 2 esposas. Mas não se preocupe, que eu vou amar vocês duas igualzinho, viu? Você vai continuar sendo o meu amor". E pra piorar, no começo a nova esposa vai demandar mais atenção.
  Terrível essa analogia, não? Pensar que seu filho vai se sentir assim, traído, abandonado, rejeitado... Hoje ele é minha razão de viver, minha vida, meu tudo. E de repente... não vai ser mais. Ele vai sentir a diferença.
  Mas claro, nem tudo está perdido. O autor dizia que isso acontecia mais fortemente com crianças pequenininhas. Eu acho que ele dizia abaixo de 3anos, mas não tenho certeza. Porque depois disso as crianças já entendem melhor o mundo, já sabem o que significa esse negócio de irmãos, têm amiguinhos que têm famílias grandes e assim por diante. Então, mesmo que a criança se sinta muito triste no começo, no fim tudo se ajeita.
  Enfim, esse é o motivo do meu drama. Um artigo escrito por esse feio chato bobo careca!! Esse era uma das razões pelas quais eu planejava uma diferença de 3 ou 4 anos entre os filhos.

MUDANÇA DE PLANOS
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  Não é à toa que o Nathan começou a ir pra escolinha este mês. A ideia era eu dar uma atualizada no meu currículo, uma estudadinha básica e... voltar a trabalhar. Pois é, era, né? Eu estava em contato com um recruiter, estávamos discutindo vagas. Fui honesta e perguntei a opinião dele sobre procurar emprego estando grávida. Ele me disse que era melhor esperar. Que se eu contasse provavelmente ninguém iria me contratar e, se não contasse, ia pegar muito mal depois.
  Então é isso. Pelo menos mais um ano sem trabalhar. Provavelmente mais. Deu uma peninha. Eu estava chateada de ficar menos tempo com o Nathan mas, ainda assim, a ideia de voltar a trabalhar me animava. Eu gosto do ambiente de escritório, de me sentir útil, de ganhar dinheiro... :-)

DÚVIDAS
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  Se eu não vou trabalhar, o Nathan continua na escolinha ou sai da escolinha? Essa dúvida na verdade permanece. Eu e o Alessandro conversamos várias vezes, mas ainda não chegamos a uma conclusão. O principal é que a gente não tem dinheiro pra bancar, o que praticamente encerraria o assunto. A gente gasta mais por mês do que o Alessandro ganha. Não estávamos preocupados porque temos alguma reserva e esperávamos que eu fosse arrumar emprego relativamente fácil e rápido, assim como ele.
  Por outro lado, eu queria manter o plano de dar uma estudada, mesmo grávida, pra não ficar tão desatualizada. Fora que, depois que o bebê nascer, talvez me ajude bastante a descansar.
  Por um 3o. lado (é um triângulo), se ele não for pra escolinha, continuo passando bastante tempo com o Nathan. O que, apesar de cansativo, é muito bom. Ele não vai ser pequenininho e lindinho e gracinha e carinhoso e me dar muitos beijos pra sempre.
  Mas aí voltamos ao problema financeiro inicial. As reservas podem aguentar mais um pouco, mas... com um bebê os gastos também aumentam. Mais um quartinho pra montar, roupinhas, mais fraldas. Bom, acho que vamos pensar mais no assunto.

CULPAS
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  Não tem como ser mãe sem se culpar por um monte de coisa, né? A minha maior, no momento, é por não estar tão contente quanto estava quando engravidei do Nathan. Fico esperando, esperando, mas aquela grande alegria ainda não chegou. Mas tudo bem, não estou assim tããããão culpada. Eu sou uma pessoa legal, sei que a hora vai chegar e vou amar meu bebezinho tanto quanto amo o Nathan. Talvez quando os enjoos passarem. Talvez depois do 1o.ultrassom - que é semana que vem, obaaaaa! :-)

MEDO
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  Claro, não dá pra ter gravidez 100% livre de medos, né? Fico aqui pensando se ele existe mesmo, se está crescendo direitinho, se tem cérebro, se não tem síndrome de down... Já fiquei com paranoias por não ter tomado ácido fólico antes de engravidar. Embora as chances de problemas sejam pequenas, elas existem. E sempre tem uma azarada ou outra pra cair nas estatísticas. Mas problemas no tubo neural estão entre minhas menores preocupações, já que eu como bem direitinho. Podia até não ter boas reservas, mas também não devia estar com deficiência de ácido fólico. Ah, também já tive minha fase de medo de gravidez tubária. Mas se até agora não estou morrendo de dor, não deve estar nas trompas, não. Acho que esse medo já dá pra superar. :-)
  O medo do parto vou deixar mais pra frente, que tá muito cedo pra isso.
 
  Hoje tive minha 1a.consulta, mas não teve nada de emocionante... Tanto que vou deixar pra contar amanhã (ou depois, ou conforme meu estômago deixar).

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Escolinha - Dias 6 e 7

  Um passinho pra frente, um passinho pra trás. Na 3a.feira parecia que ele estava chegando mais feliz, porque não pediu colo na entrada, como na última vez. E quando chegou já foi direto pra mesinha, pra rabiscar com as outras crianças. Nem parecia que eu estava ali. Quer dizer, foi só eu dizer que ia embora, pra ele lembrar que eu estava ali e logo não estaria mais. Começou a chorar.
  Hoje fui buscá-lo uns 15 minutos mais tarde. Só o suficiente pra ele acabar de almoçar, passar pelo ritual de escovar os dentes e deitar na caminha. Bom, a professora disse que ele até "sentou" na caminha numa boa, ficou lá quietinho, mas se ela tentasse deitá-lo, eram gritos, gritos e mais protestos.
  O Alessandro foi junto buscar, mas ficou parado na porta. Logo que o Nathan me viu, veio correndo me abraçar e começou a chorar. Mostrei que o papai tava na porta e ele correu pra ele, pedindo água (estratégia do Nathan pra sair dali. Fora que ele adora brincar com o bebedouro que tem no corredor).
  A professora disse que o Nathan parecia menos à vontade do que na semana passada. Fez mais manha, chorou mais, pediu mais colo. Bom, talvez seja o efeito fim de semana.

DIA 7
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  Hoje o Nathan também chegou normalzinho, mas não queria me largar por nada. Logo chegou a hora da rodinha de música/historinha, aí ele dava uns passinhos até lá, voltava correndo pra mim, ia de novo, voltava, ficava apontando... Ficou bem claro que ele queria ir lá, mas tinha medo que, se fosse, eu iria embora. Aliás, hoje durante todos os... sei lá... 20 minutos que fiquei com ele, parecia que ele tava ansioso, porque sabia que eu iria embora a qualquer momento.
  Enfim, acho que a adaptação poderia ter sido melhor e mais lenta no começo. Mas no ponto que estamos agora, não adiantava eu ficar mais com ele. Enquanto eu ficasse ali, ele não iria se soltar e ia ficar grudado em mim. Então fui pra casa. E realmente a professora disse que ele ficou ótimo, super tranquilo, bem melhor do que na 3a.feira. Hmmm, vai entender.
  Hoje a chupeta dele já tava lá, então falei pra depois do almoço tentarem de novo deitá-lo na caminha, pra ele ir se acostumando com a ideia e eu chegaria um pouquinho depois. Aí cheguei e... ele estava dormindo! Bonitinho, capotadinho. Ohhhh, ti fofinho cuti cuti tchutchutchu. A professora disse que ele passou um dia ótimo, comeu um monte de melancia no lanche, um montão de brócolis no almoço (gostou tanto que nem quis o ravióli) e, na hora do cachilo, ela só fez um pouco de carinho nas costinhas, ele pegou a chupeta, virou pro cantinho e rooooonc.
  Mas... como esperado para o primeiro dia, dormiu pouquinho. Só 45 minutos. Quando acordou, ficou deitadinho na cama, quietinho. Devia estar me esperando...

  Enfim, achei que hoje foi um dia bom! A parte triste é deixá-lo chorando. E saber que, por mais que ele também goste de lá (se é que já gosta e não apenas aceita), preferia ficar comigo. Mas já fiquei feliz porque ele passou um dia bom e até dormiu. Achei que fosse demorar mais pra ele se acostumar com a ideia de dormir na escolinha.
  Acho que logo logo já vou conseguir deixá-lo o dia todo. Aí talvez eu durma o dia todo. Que sooooooooooono.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Gestação conserta tudo - até infertilidade

  Já ouviram falar que gestação faz as mulheres ficarem mais inteligentes? E terem memória melhor (não logo que o bebê nasce, obviamente)? Pois é, tem uns estudos que mostram isso. Também serve pra regular hormônios, pode fazer as mulheres viverem mais, ter menos doenças, menos chance de alguns cânceres se amamentarem... Enfim, sei lá, mágicas da maternidade. :-)
  Entre outras coisas, conserta até fertilidade. Volta e meia tinha alguém me perguntando se/quando eu ia ter outro filho. Para alguns resposta qualquer e para os mais íntimos a verdade: "Olha, até quero mais um. Mas foi tão difícil engravidar do Nathan, não sei se vou conseguir". E pra isso praticamente todo mundo responde a mesma coisa: "Ah, mas minha cunhada/vizinha/sobrinha/amiga/secretária também fez tratamento pra ter o primeiro, depois teve mais um/dois/três/gêmeos naturalmente!".
  Eu já tinha pesquisado sobre isso. Realmente tem alguma mágica na gestação que conserta o corpo feminino. E não, não é só aquela velha lenda de que a mulher relaxou e por isso engravidou. Não senhor. Os hormônios mudam.
  Eu percebi mudanças logo que minha menstruação voltou, poucos meses atrás. Como o Nathan continuou mamando bastante, ela demorou pra voltar, o que só aconteceu quando ele tava com 19 meses, finzinho de junho. E meus ciclos já estavam diferentes.

  Talvez eu deva fazer um parênteses aqui pra explicar como eu sei que tava diferente. E que diferenças são essas. Nem todo mundo vai entender como eu me sentia e como podia ficar tão obcecada com tantos detalhes. Só quem teve dificuldade pra engravidar entende completamente a angústia, a ansiedade, a paranoia... Bom, pra ficar mais ilustrativo vou contar brevemente a historinha pra eu conseguir engravidar do Nathan.

ENGRAVIDANDO DO NATHAN
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  Comecei a tentar engravidar como todo mundo, eu acho. Parei a pílula, prestava atenção pra saber quando era o período fértil e só. Nos primeiros 6 meses tava tranquila, achando que ia dar tudo certo, ia engravidar rapidinho, etc. Aí minha ginecologista pediu exames hormonais e pareciam todos ok.

1. Dicas para engravidar
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 Tentativas continuam, mas aí comecei a fazer pesquisas e coletar dicas, das mais variadas e esquisitas:
- Após a relação:
   1. Não urinar
   2. Não tomar banho
   3. Não levantar
   4. Colocar um travesseiro embaixo do bumbum
   5. Ficar deitada com as pernas pra cima, apoiadas na parede
- Fazer relação dia sim, dia não no período fértil
- Fazer relação todos os dias no período fértil
- Tomar sei lá quais chás
- O homem não pode tomar banho quente antes da relação
- Não consumir álcool
- Não tomar café
- Tomar ácido fólico

2. Dicas para achar o dia da ovulação
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  Também tinha dicas para saber quando a mulher estava no período fértil e quando era a ovulação. Pra quem tem dinheiro sobrando é fácil, é só comprar um testezinho parecido com teste de gravidez. É só fazer xixi no pauzinho e pronto, o teste te diz se tá no dia certo.
  Outro método era o da temperatura. Todo dia ao acordar, antes de levantar da cama, você pega um termômetro, põe na boca e mede. Aí você anota todos os dias e faz um gráfico. A temperatura basal sempre sobe um pouquinho após a ovulação. Então você vai medindo todo dia e, hora que subiu, tá liberada, pode parar de tentar até o mês que vem. :D Com o passar dos meses, se o seu ciclo for regular você descobre quando é o seu dia de ovulação. O gráfico fica mais ou menos assim:


  Outra coisa que você podia observar é o seu muco cervical. Eu nunca tinha reparado nisso antes, mas aquele pequeno corrimento feminino muda ao longo do ciclo. Depois que você menstrua ele é mais cremoso, aí vai ficando aguado e, no período fértil, fica grudento e gosmento igual clara de ovo, eca! Sinal de que um dos seus hormônios está se elevando pra que ocorra a liberação do óvulo. Esqueci o nome do hormônio... E, logo após a ovulação, o muco seca ou volta a ficar cremoso.
 
3. Mais exames
  Bom, com dicas ou sem dicas, a gravidez não vinha. Um ano se passou e fiz um exame horrível chamado histerossalpinografia. Nesse exame, jogam um líquido pelas suas trompas para ver se o caminho está livre e vão tirando alguns raio-x durante o processo.
  Minha ginecologista olhou e disse que o exame tava normal, que o líquido passou direitinho e chegou nos ovários. Também repeti exames hormonais e tudo parecia ok. O Alessandro também fez exames e estava tudo perfeito com ele.

4. Especialista em reprodução
  Os meses foram passando e decidimos consultar um especialista em reprodução. Levei todos os exames que já tinha feito até o momento. Após analisar tudo e eu contar toda minha história, ele me disse o seguinte: "Olha, sua histerossalpingografia mostra que suas trompas são meio enroladinhas. Isso por si só não significa que você vai ter dificuldade pra engravidar. Mas no seu caso todo o resto parece ok, então só pode ser isso". E para tentar resolver, eu podia ou fazer uma cirurgia ou fazer Fertilização in Vitro.

5. FIVs
  Decidimos pela FIV, porque parecia mais rápido. Eu tinha um pouco de pressa, porque queria ter um filho ainda no Brasil, antes de mudar pro Canadá.
  1a. tentativa - não deu certo. Só conseguimos um embrião e ele não vingou. Pra piorar, o médico ainda descobriu um endometrioma (endometriose em um dos ovários). Ou seja, pode ser que eu tivesse uma endometriose não diagnosticada e isso também estivesse me atrapalhando.
  2a. tentativa - aumentou-se a dose dos remédios. Também não deu certo.
  3a. tentativa - nem lembro dos detalhes, só sei que não deu certo.
  Nessa altura meu próprio médico já estava desesperançoso. Me falou pra começar a pensar em doação de óvulos. Não dá nem pra começar a tentar explicar o que eu senti quando ele me falou isso. Ele parecia estar jogando a toalha. Não tinha mais o que fazer pra me ajudar. Acabou. Eu não ia conseguir. Os sonhos de uma vida toda, desde que eu era criancinha e brincava com bonecas, tudo acabado. Minha barriga nunca iria crescer, eu nunca iria sentir um bebê mexer lá dentro.

6. Nova médica, novos exames, novo diagnóstico
  Mas enfim, fui em São Paulo em outra especialista em reprodução. Ela me pediu uns exames mais high-tech. Um deles nem era feito no Brasil, meu sangue foi passar lá nos Estados Unidos. Quando o resultado chegou, um novo diagnóstico: baixa reserva ovariana. Vocês sabem que toda mulher já nasce com seu estoque de óvulos, né? E ao longo da vida, vai gastando a cada ciclo. Pois é, pelos exames a minha quantidade de óvulos já estava baixa, mesmo eu sendo nova. E quando a oferta é pequena, fica mais difícil pro corpo conseguir achar um que preste.
  Resumindo: não era impossível eu engravidar naturalmente, só muito difícil e talvez não acontecesse nunca. Como se eu tivesse mais de 40 anos, sei lá.

7. FIV final
  Levando em consideração tudo, resolvemos tentar de novo, mas seria a última vez. Até porque o dinheiro tava acabando. Com o novo diagnóstico, veio um novo protocolo, novos remédios, tudo diferente. Nisso também aprendi que a espessura do endométrio (que é a camada interna do útero) também influencia na facilidade de implantação do embrião. Essa foi a única FIV que chegamos ao passo de implantar embriões no meu útero. Tudo tinha que estar perfeitinho.
  E felizmente, tudo estava, porque enfim, após 2 anos de tentativas, engravidei e assim nasceu o Nathan, êêêêê. :-)


SINAIS DE FERTILIDADE APÓS A GESTAÇÃO
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1. A primeira diferença foi no meu fluxo. A minha menstruação sempre durou poucos dias e o fluxo era fraquinho. Agora ela começou a durar mais dias e era mais forte. Concluí que isso era um sinal que agora o meu endométrio estava ficando mais espesso e, como já comentei, isso ajuda o embrião a se implantar no útero.
2. Logo de cara parecia que o meu ciclo já tava se regularizando por volta dos 30dias. Ele sempre foi tão doidão, achei até estranho.
3. Lembram do tal muco clara de ovo? Pois é, antes eu procurava pelo dito cujo com todas as minhas forças. Chegava até a... er... procurar lá dentro. Ei, não vale me julgar, mulher desesperada querendo ser mãe faz dessas coisas, hehehe. Bom, mesmo procurando, procurando, era difícil achar. Nem todo mês eu tinha e, quando tinha, normalmente era beeeeem pouquinho, não daria nem um décimo de uma clara de ovo de codorna. :P
  Pois é, mas isso era antes. Depois do Nathan, tinha clara o suficiente pra fazer formas e mais formas de suspiro! E nem precisava mais procurar. Quando eu me limpava após ir ao banheiro já dava pra sentir ao passar o papel higiênico.
  Achei interessante as mudanças e fiquei pensando que, quando eu fosse tentar engravidar de novo, talvez até fosse mais fácil e quem sabe, talvez, eu pudesse até engravidar naturalmente? Bom, melhor não sonhar muito...

A PROVA FINAL DE QUE GRAVIDEZ CONSERTA TUDO
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  Até que, em uma bela 5a.feira de outubro, meu estômago ficou meio esquisito depois de tomar café. Eu sempre tomava uma xicarazinha por dia, após o almoço, logo depois de colocar o Nathan pra dormir. Era minha hora de descansar, ler emails, escrever no blog e... tomar cafezinho!
  No dia seguinte, uma 6a.feira, estômago ruim de novo. Comecei a achar que estava tomando café demais. Aí à noite, meu estômago ruim de novo, eu com frio, com tremedeira, sei lá, tava tudo estranho.
  Sábado de manhã saí pra comprar umas coisinhas que o Nathan ia precisar pra escolinha. Cheguei na loja me arrastando, passando mal, mal, mal. Ah, comentei antes que meu ciclo tava regulado, né? Pois é, esse mês tava atrasado. Mas imagina, né? Nem adianta achar que podia ser gravidez. Afinal, gestação pode até consertar a parte hormonal, mas não vai fazer brotar mais óvulos nos meus ovários. Concluí que, como o Nathan resolveu dar uma reforçada nas mamadas (carência por causa da escolinha, eu acho), isso devia ter bagunçado meus hormônios de novo.
  Mas enfim, nesse sábado eu já estava me sentindo esquisita demais há tempo demais. Então resolvi fazer um testezinho, assim, só pra não ficar com minhocas na cabeça.

    Bom, eu aprendi na minha época de tentativas que uma linha fraquinha é sempre uma linha. O máximo que significa é que a gravidez tá no comecinho, não importa o quão fraca seja a linha. Bom, deixa eu analisar então.
  Um, só tem uma linha vertical. Ok, nada de gravidez então. Epa, mas peraí. A legenda diz que não gravidez é uma linha horizontal, não vertical. Epa epa, tem um trequinho na horizontal ali. Aquilo é uma linha? Não é só... tipo... a marcação onde a linha aparece ou deixa de aparecer? Aiai, por que fui fazer o teste durante o dia, em vez de esperar a 1a. urinha da manhã?
  Bolinhas, não aguento até amanhã. Vou comprar outro.


  E aí está, queridos leitores, a prova de que gravidez conserta tudo. Concepção há mais de 3 semanas. Pelos meus cálculos, estou completando hoje 7 semanas. E toda essa lenga lenga foi só pra falar que estou grávida. :-) Mas eu não podia ser tão breve assim. Tinha que explicar melhor, pra vocês saberem o quanto isso é, no meu caso, especial, inesperado e improvável.
  Tenho muito mais pra falar. Bom, isso não é lá uma novidade. Cada post que escrevo é maior que o outro... Mas agora tô com muito sono, passando muito mal, super enjoada. Mas eu volto. Até breve!