terça-feira, 28 de junho de 2011

Lencinhos umedecidos para adultos

  Há uns 2 anos conheci umas pessoas inovadoras que usavam lencinhos umedecidos, desses de limpar bunda de bebê, para limpar... - bem, não tem como falar isso de forma muito elegante - as próprias bundas, hehehe. :-) Os lencinhos ficavam lá, no banheiro, perto do papel higiênico. Bem mais prático do que usar aquelas duchas, mais moderno que bidê (como escreve isso?), mais rápido que tomar banho.
  Até estranhei um pouco no começo, embora parecesse mesmo uma boa ideia. Até que de repente, não mais que de repente, ganhei um cupom para levar pra casa lenços umedecidos totalmente grátis! Mas não são lenços de bebê, são para uso geral, mesmo. Não tem nenhuma referência a bebês na embalagem nem na caixinha, acho que de propósito pra ninguém ficar com preconceito. Mesmo assim, provavelmente eu não teria comprado, mas já que era grátis... A embalagem ainda vem com um trequinho pra grudar na parede. Agora é só comprar o refil, ou refis. Refil acaba em "L", então o plural é refis, certo? E olha que mágico, acabei de me tocar que essa palavra vem do inglês refill, que podemos traduzir como "re-encher".
  Enfim, coloquei no lavabo e tirei uma foto do trequinho, pra vocês verem como fica prático:

  Outra coisa boa é que eles podem ser jogados na privada. Aqui o papel higiênico se desfaz facilmente na água, é próprio pra ir pro vaso. É bom, menos lixo pra recolher e o banheiro não fica fedido.

  E com o post de hoje completo 7 dias seguidos escrevendo no blog, êêêêêê. :-) Estou quase acabando minha lista de assuntos atrasados. Vamos ver se até o fim da semana coloco tudo em dia. E vamos ver se amanhã coloco uma foto mais bonitinha que a de hoje, hehehe.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Novas palavras, novas manias

  Semana passada, estávamos eu e o Nathan escovando os dentes, quando ele começou a apontar insistentemente para o soro fisiológico que estava do meu lado da pia. Dei pra ele, aí o que foi que ele disse? "Bigada" (ou algo parecido). Ohhh, que bonitinho! Olha como está ficando educadinho esse meu filho.
  Mas... alegria de mãe brasileira no Canadá dura pouco e, no dia seguinte, quando alcancei pra ele um carrinho que estava em cima da estante, ele respondeu: "Thank you". E agora ele se animou com a coisa e fala o tempo todo. Thank youuuuu. Ainda estou procurando erros, mas acho que a pronúncia está perfeita. Com th e tudo. Que bonitinho. Daqui a pouco vai estar falando sorry, igual um canadense, hehehe.
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  Ele também está começando a conjugar verbos. :-) Quando a gente está esperando o elevador, ele fica falando "abe, abe, abe". Aí, quando o elevador abre, "abiuuuu".
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O Nathan adora brincar com duas colheres de pau. Ele sempre fica batendo uma na outra como se fossem baquetas de bateria e acompanha falando pá-pá-pá-pá. Aí esses dias ele pegou uma colher e bateu com ela no Alessandro, que disse "Não, não pode bater com a colher no papai". Aí o Nathan veio na minha direção com a colher em punho, pronto pra bater em mim, quando eu disse "Não, na mamãe também não pode". Ele parou, olhou em volta e... foi na direção da tia Cintya! Mas aí ela também disse: "Não, em mim também não pode". Hehe, muito engraçado. Ele fica testando pra saber o que pode fazer e o que não pode.
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  Já faz algum tempo que, quando vou trocar a fralda do Nathan, pergunto pra ele: o que é que o Nathan fez? No começo ele sempre respondia: cocô. Mas aí começou a falar xixi também. Eu ainda estava em dúvida se ele já sabia qual era um e qual era outro, até que hoje, pela 1a. vez, ele avisou que fez xixi, sem eu perguntar nada! Estávamos no restaurante, almoçando, aí do nada ele apontou pra fralda e falou: xixi! Ontem também, ele estava no carro, na cadeirinha e, de repente, falou: xixi! Beleza, 1a. passo rumo ao desfralde. Mas isso ainda tá longe...
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Mês passado, no dia que fomos no festival de circo em Toronto, o Nathan pegou uma camiseta do Alessandro que tava no chão e não largava por nada. Mexia, mexia, virava, desvirava, colocava na cabeça, tirava... Percebi que ele tava tentando colocar e fui ajudá-lo. Ahh, ele ficou felicíssimo de usar a camiseta do papai. Andava pra lá e pra cá com ela. Tava na hora de sair e ele não queria tirar de jeito nenhum. Acabou saindo com ela, mesmo. Agora entendo por que de vez em quando a gente vê crianças por aí vestidas de homem aranha...
Algumas fotos:



  "Anda, pessoal! Já tô pronto e já tô aqui na porta".
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Sempre que vamos sair de casa, eu falo pro Nathan  "Vamos passear?" e aí chamo ele pra colocar o tênis ou sandália. Ele vem, senta na minha frente e fica falando "Pas, pas, pas". Mas acho que eu devo ter colocado muito ênfase no passear e pouca no colocar o tênis, porque agora qualquer calçado que ele vê ele chama de "pas", hehehe. Bom, mas faz sentido. Ele sempre fica descalço em casa. Então calçado, passear é tudo a mesma coisa. :-)
Ele também está naquela fase divertida de ficar tentando usar os meus sapatos. Mais algumas fotos:

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O Nathan adora um biscoitinho no formato de pinguim. Eu deixo sempre na mochilinha dele, mas só dou em emergências. :-) Tipo quando eu preciso muito ir em algum lugar, falar com alguém e ele não para quieto no carrinho. Aí esses dias, não sei voltando de onde, estávamos no carro e compramos lanche pra levar, incluindo batata frita. Peguei o potinho de pinguim, que estava pela metade e joguei algumas batatas por cima. Dei pro Nathan e ele começou a tirar todas as batatas, uma por uma e ia jogando no colo ou na cadeirinha, do ladinho dele.
  Achei que ele não tava a fim da batata e estava querendo chegar nos pinguins. Mas aí, quando ele acabou de tirar todas as batatas do pote, ele começou a comê-las. Aí me lembrei que ele não gosta de comida "contaminada". Por mais que ele adore pinguins, se ele está comendo batata, então só pode ter batata no pote! Engraçado que ele moveu as batatas e não os pinguins. Vai entender...
  Pra facilitar, movi os pinguins pra outro lugar, coloquei só batatas no pote e... ah, aí sim. Aí ele começou a comer as batatas do pote mesmo, sem ter que passar pelo colo. Tsc tsc tsc. Nathan e suas manias.
  Quando está almoçando ou jantando também é assim. Só pode ter no prato o que ele está comendo no momento. O resto cai fora! Não importa que ele goste da comida. E nada de deixar no cantinho, tem que cair fora! Hoje no almoço ele comeu arroz com cenoura e brócolis. Depois que ele já tinha comido bastante, eu trouxe a carne. Aí ele comeu duas colheradas do arroz com carne e já ficou rebelde: só queria carne pura. Fica pescando os pedacinhos de carne no prato. Eu ofereço colherada completa e ele vira a cara. Se eu insisto, ele tenta esconder a colher, pra eu não conseguir mais oferecer arroz pra ele. Ou então ele vira o pratinho de arroz dele em cima do meu, hehehe.

  Acho que já tá bom de notícias do Nathan por hoje, né? Amanhã tem mais. Tchau!

domingo, 26 de junho de 2011

Primeiro corte de cabelo

  O Nathan continua não tendo muito cabelo, mas mesmo assim eu já dei algumas tesouradas acima da orelha e o Alessandro passou a maquininha 2 vezes. Mas como nenhum de nós dois tem dotes cabeleirísticos, os resultados não ficaram assim uma Brastemp... Então, como agora ele já estava com uma quantidade de cabelo um pouco mais respeitável, resolvi levá-lo em um salão.
  Como seria o primeiro corte e ele, como a maioria dos menininhos, não gosta de ficar quieto, achei melhor procurar um lugar especializado em crianças. Achei um que até que foi bem legal. Eles têm lá o "Pacote 1o. corte". Inclui foto de antes e depois, um certificado e um saquinho com mechinhas do cabelo. Já estava preparada para pagar uma fortuna, então até que fiquei surpresa. Foi $26.50. E os cortes normais custam $20.
  Primeiro ele ficou entretido com os botõezinhos do carro, que serviam pra buzinar, fazer barulho de motor, etc. Depois enjoou, começou a ficar inquieto, aí a moça deu um carrinho pra ele brincar.






  Quando o carrinho parou de fazer efeito, aí o jeito foi apelar e colocar o vídeo do desenho favorito dele: Toopy and Binoo. Aí sim ele ficou quietinho e até sorriu. :-) A moça disse que ele se comportou super bem, que tem muitas crianças muito MUITO mais terríveis do que ele, hehehe. Fiquei até feliz. Na hora de ir embora ele ainda ganhou uma bexiga, que quase saiu voando lá fora mas eu peguei a tempo.
  Só faltou a foto do antes e depois. Não achei que ficou tão legal assim... Sei lá, talvez fosse mais legal se o cabelo estivesse realmente enorme. Enfim, aqui vai a foto da foto mais o certificado e a mechinha.

  E mais algumas fotos dele com o "cabelo novo". Essas ficaram meio estranhas, porque foram tiradas depois do cochilo, então o cabelo tava todo em pé, hehehe.



  Para um corte tão rápido, até que ficou bonzinho, né? Acho que as moças lá estão acostumadas com crianças problemáticas, então são super rápidas! Acho que o corte deve ter durado uns 5 minutos. No final ela tentou passar secador pra tirar a sujeira de fios de cabelo na roupa, mas aí o Nathan achou que já era demais, hehehe. Mais tarde vi que tava cheio de cabelo dentro da fralda, hehehe.
  Mas enfim, gostei do lugar. Vou voltar lá para os próximos cortes. E como cabelo de menino a gente corta com frequência, é bom não traumatizar. :-)

sábado, 25 de junho de 2011

Fim de semana na beira do Kennebec Lake

  Fim de semana passado fomos para um chalé na beira do lago Kennebec, em Arden, Ontario. O lugar ali era uma propriedade particular com uns 15 chalés e uma prainha particular do resort.
  Como ainda não era oficialmente verão e acho que ainda era período escolar, não estava muito cheio. Sábado o dia todo só tinha a gente na praia. Quer dizer, nós e o Jack Daniels, hehehe. O Jack é o cachorro do dono do lugar. Que cachorrinho simpático! A gente jogava pauzinho, ou frisbee e ele ia buscar. O Nathan também fez carinho e ele todo simpático, até deitou pra ganhar carinho na barriga. Quando a gente ia embora da praia, ele ia seguindo a gente até o chalé. E quando ninguém estava brincando com ele, ele ficava na água tentando pegar peixes com a boca. :-)
  O clima estava muito bom. Não estava calorzão (uns 20 e poucos graus), mas pelo menos fez sol o tempo todo. E a água do lago não era gelada! Até estranhei. Mesmo assim, só entrei até o joelho. O Nathan aproveitou bastante. Tinha vários brinquedos disponíveis na praia, nem precisava levar nada. Então ele brincou com pazinha, baldinhos, caminhõezinhos, etc.
  Já tem algumas fotos no facebook, e agora mais algumas aqui. Er, não exatamente "algumas". Acho que hoje eu exagerei. :-)
   Nosso chalé, já com a decoração retocada pelo Nathan.












   Viram os peixinhos?











  Nathan escolhendo brinquedos.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Batendo o carro

  Dias atrás, eu e o Nathan fomos no mercado. Fizemos nossas comprinhas, entramos no carro, comecei a dirigir, parei no sinal vermelho, estava lá tranquila aguardando pra virar à direita e... bum! Yep, alguém bateu atrás de mim. Ô vida...O Nathan se assustou e chorou um pouquinho, eu tinha um café no porta-copos que tombou e sujou minha calça, mas fora isso nada de mais aconteceu.
  Como o lugar era bem movimentado e os carros pareciam estar pouco danificados, entrei no estacionamento de uma loja qualquer que tinha ali do lado e o cara me seguiu. Como bom canadense, foi super educado. Ele perguntou correndo se tava tudo bem, se alguém tinha se machucado e também ouvi muitos e muitos sorrys. Não sei se ele tava mexendo no celular ou em alguma coisa no carro, mas enfim se distraiu e bateu.
  Como aqui no Canadá seguro é obrigatório, não me irritei muito, sabia que ia estar tudo coberto. Na minha escala de irritamento, se antes da batida, de 0 a 10 eu estava nível 1 (não sou lá muito fã de dirigir), depois da batida estava talvez nível 2. :-) 
 Bom, o procedimento agora era trocar informações de seguro. Aqui, quando a gente faz seguro a gente recebe várias cópias de um papelzinho rosa que tem as informações do carro, da apólice, do dono do veículo, etc. Eu sabia exatamente onde estava o meu papelzinho: em casa, na sala, em cima da mesa. O cara estava com o dele. Então dirigi até em casa pra buscar e o cara me seguiu.
  Chegando aqui ele ligou pra polícia, que veio fazer o BO. Enquanto a polícia não chegava, fui buscar meu papelzinho rosa. Subi, desci, dei bolacha pro Nathan, tirei foto dos carros e continuei no estacionamento do meu prédio esperando o policial.
   Olhando de fora, só dava pra ver que tinha desencaixado o pára-choques.

  Esse é o carro do moço, um Prius. Bem bonito, por sinal. O carro, não o moço. :-P

  Algumas bolachas e vários sorrys depois, a polícia chegou. Pediu desculpas pela demora, perguntou se alguém tinha se machucado e depois o que tinha acontecido. O cara explicou. O policial pediu habilitação, documento do veículo e papéis de seguro pra nós dois. Enquanto ele pegava, o policial perguntou pra mim o que tinha acontecido. Expliquei. Fui procurar o documento do carro, aí ouvi ele perguntando novamente pro cara o que aconteceu. Aí ele olhou os estragos e foi lá fazer o BO. Aí ele ficou um tempo no carro, enquanto o Nathan corria, brincava nas poças ou comia mais bolacha e eu corria atrás dele. O policial ainda me chamou de novo pra perguntar o nome e idade do Nathan, perguntar se a gente tinha se machucado e, pra não perder o costume, perguntar o que tinha acontecido.
  BO feito, ele entregou uma cópia pra mim, outra pro cara, disse pra cada um de nós ligar pra sua própria seguradora e... caso alguém estivesse sentindo falta, quis novamente se certificar que tinha entendido o que aconteceu. "Ok, então vocês na rua... ah, rua tal, esperando pra virar na rua... Brant, ok. O sinal estava vermelho, você estava parada, blablabla". Suponho que esse monte de repetição é técnica policial pra ver se a gente cai em contradição. Finalmente ele se desculpou novamente por ter demorado pra chegar, a demora pra fazer o BO e me liberou.
  Mais alguns sorrys de despedida e, enquanto eu tentava pegar as compras no carro com o Nathan protestando pois queria continuar pisando nas poças, ainda vi o policial cochichando com o outro cara. Não sei se ele levou só uma bronca ou uma multa, eu só ouvi uma parte em que o policial dizia que consultou a ficha dele e viu que... ahhh, a parte mais interessante eu não ouvi. :-)
  Mas sei que fiquei até com dó do moço. O carro dele era novinho, novinho. Acho que ele tinha comprado há menos de 1 semana. E segundo o papelzinho rosa do seguro dele, o seguro só começava a valer 2 dias depois. Xiii, o que será que aconteceu?

  Do meu lado, aconteceu o seguinte. Liguei pra seguradora e expliquei o que aconteceu. A atendente também perguntou se estavam todos bem, se ninguém tinha se machucado e tal. Ela pareceu extremamente feliz que estávamos todos bem (Uau, que bom que estão todos bem. Isso é maravilhoso!) e em seguida já prosseguiu com os trâmites. Pediu número do BO, dados do seguro do moço e perguntou se eu tinha algum local preferencial para o conserto. Como eu disse que não, ela me passou o endereço de uma "oficina" perto da minha casa. Disse também que já ia mandar email pra eles avisando que eu ia levar o carro.
  No dia seguinte, antes que saíssemos de casa, ligaram da oficina dizendo que tinham recebido o email do seguro e perguntaram quando eu ia levar o carro. Eu disse que já estava indo. Aí fui. Lugar limpinho, atendentes uniformizados, tudo bonitinho. Já me atenderam na hora, deram uma olhadinha no carro, estimaram o conserto em 2 dias e combinamos a data para eu levar para o conserto. Mais tarde nesse mesmo dia, a seguradora ligou novamente pra avisar que eu fui declarada oficialmente como "não culpada" e portanto isso não contaria negativamente na hora de renovar o seguro.
  Levei só na 2a.feira, porque fim de semana passado a gente viajou e eu preferia viajar com meu próprio carro. Quando então fui levar o carro, também foi rapidíssimo. A oficina já tinha "conversado" com a seguradora e o carro reserva já estava lá me esperando. Só tive o trabalho de fazer o "click" da cadeirinha do Nathan. O moço tirou do meu carro, colocou no carro reserva (um Kia Soul), me mostrou como fazia pra instalar, mas disse que não podia fazer pessoalmente. É que se acontece alguma coisa, ele podia se tornar responsável.
  Fazer o que, né? Canadá é vizinho dos Estados Unidos e por aqui também se processa bastante, muitas vezes por besteira. Na tv sempre vejo propagandas de advogados com coisas do o tipo "Você escorregou e se machucou? Você pode ter direito a dinheiro de reparação. Nos procure!". Acho que também por isso que tanta gente perguntou tantas vezes se a gente tinha se machucado. Aliás, pra não dizer que não aconteceu nada, no dia seguinte eu tava com uma baita dor no pescoço. Acho que retesei na hora da batida, sei lá.
  Enfim, 2 dias depois me ligaram pra avisar que o carro tava pronto. Fui buscar, assinei uns papeizinhos, mudei a cadeirinha de volta e... pronto! Só isso! O carro ainda voltou bem mais limpo do que antes, hehehe. :-)
  Nem sei quem pagou o conserto. Teoricamente o seguro do cara que bateu no meu carro, mas não sei se o seguro dele já tava valendo. De qualquer forma, é a minha seguradora que faz a cobrança (do cara ou do seguro dele), então eu nem fico sabendo, mesmo.
  All in all, fiquei bastante satisfeita com o atendimento. Uma batida é sempre chato, é um transtorno, mas podia ter sido muito pior. Só fiquei me perguntando se todos teriam sido tão bonzinhos se eu tivesse sido a culpada pelo acidente. Bom, espero nunca descobrir!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mensagens Subliminares

  Vou reproduzir aqui um texto interessante que vi neste site.
  Antes de mais nada, é claro que eu não acho que toda criança desmamada vai virar alcoólatra, hehehe. Só achei interessante alguns pontos, que servem pra gente refletir. Como é que a gente toma as decisões sobre criar nossos filhos? Pensando em quem? Em agradar a criança? Ou a nós mesmos, pensando na nossa comodidade? Ou pra agradar aos nossos amigos? Ou o pediatra? Ou a sociedade? Ou uma mistura de tudo isso?
  Também fiquei pensando que algumas coisas que a gente diz ou faz correndo, sem pensar muito, podem ter um impacto profundo nas crianças. E podem ser interpretadas de forma muito diferente do que a gente imagina. É, meu caro leitor, criar filhos é uma delícia, mas fácil... nem tanto. :-)


Recém-nascido Nós dizemos: "Você pode chorar o quanto quiser, não vou pegá-lo novamente!"
Nós pensamos: "Isso é de cortar o coração, mas não pode ser que os especialistas estejam errados."
A criança pensa: "Eles não me amam. Eles não se importam com meu sofrimento. Mamãe é perfeita, então deve haver algo errado comigo. Eu é que não mereço o amor de ninguém."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Mas o quê foi que você viu no João? Como você deixa ele tratá-la desse jeito? Você não sabe que merece mais do que isso?"

BebêNós dizemos: "Não vai mais mamar no peito - você já está muito grande para isso!"
Nós pensamos: "Eu gostaria de continuar, mas não agüento mais as críticas dos parentes"
A criança pensa: "Acabo de perder a coisa mais importante da minha vida: aquele aconchego e o alimento com que eu me sentia melhor. Devo ter feito alguma coisa ruim. Devo ser uma pessoa horrível."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Porquê você bebe tanto?"

Aos 2 anosNós dizemos: "Você não pode mais dormir na nossa cama. Você não vai ficar sozinho. Veja, o ursinho fará companhia para você!"
Nós pensamos: "A vovó acha que não está certo você dormir na nossa cama. Eu não tenho certeza, mas é mais importante para nós agradá-la do que agradar você. De qualquer modo, o ursinho deixará você feliz."
A criança pensa: "Não é justo! Eles se aconchegam com uma pessoa de verdade. Eles não me conhecem direito. Eles não se importam com meus sentimentos. Bom, pelo menos eles me deram esse ursinho."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Eu sei que você está chateada porque o João terminou com você, mas isso não é motivo para você se encher de dívidas com o cartão de crédito. Será que tudo isso que você compra vai fazer você se sentir melhor por ter sido abandonada? Quando foi que você se tornou tão materialista?"

Aos 4 anosNós dizemos: "Você já sabe que não devia bater em seu irmão! Vou lhe dar uma surra que jamais esquecerá!"
Nós pensamos: "Deve haver outro modo de resolver isso, mas era assim que meu pai fazia, então deve estar certo"
A criança pensa: "Eu estava tão bravo com meu irmão que bati nele. Meu pai ficou tão bravo de eu bater nele, que está batendo em mim. Acho que adulto pode bater, mas criança não. O quê eu posso fazer quando ficar bravo novamente? Bom, pelo menos vai chegar o dia em que eu também serei adulto."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Briga de bar? Uma pessoa adulta não agride os outros só porquê está brava! Com quem você aprendeu a apelar para a violência?"

Aos 6 anosNós dizemos: "Bom, hoje é um grande dia para você. Não tenha medo, apenas faça tudo o que a professora mandar."
Nós pensamos: "Por favor não me faça ficar com vergonha de seu comportamento na escola!"
A criança pensa: "Mas estou com medo! Não estou preparada para passar tantas horas longe deles! Eles devem estar cansados de mim. Talvez se eu fizer tudo o que a professora mandar, eles gostem mais de mim e me deixem ficar em casa."
Vinte anos depois, nós dizemos: "O quê? Seus amigos a convenceram a experimentar drogas? Você não tem opinião própria?"

Aos 8 anosNós dizemos: "Sua professora disse que você não presta atenção às aulas. Como você vai aprender alguma coisa na vida?"
Nós pensamos: "Se meu filho não for nada na vida, vou me sentir um fracasso."
A criança pensa: "Não estou interessado no que a professora está dizendo, mas acho que é ela quem sabe. As coisas que me interessam não devem ser importantes."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Você já está com 28 anos e ainda não sabe o quê quer fazer da vida? Você não se interessa por nada?"

Aos 10 anosNós dizemos: "Quebrou mais um prato? Ah, não faz mal, eu mesma lavo."
Nós pensamos: "Eu sei que eu deveria ter mais paciência, mas pelo menos assim os pratos ficam limpos."
A criança pensa: "Puxa, como sou desastrada. É melhor eu nunca mais tentar ajudar."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Você quer o emprego mas não vai nem se candidatar? Você deveria ter mais fé em si mesma!"

Aos 12 anosNós dizemos: "Saia e vá brincar com seus amigos - você vai se divertir mais com eles do que passando o dia zanzando dentro de casa."
Nós pensamos: "Eu sei que eu deveria passar mais tempo com você, mas tenho tanto o que fazer. Ainda bem que há tantas crianças aqui por perto."
A criança pensa: "Gostaria de fazer alguma coisa com mamãe e papai, mas eles estão sempre muito ocupados. Acho que meus amigos gostam mais de mim do que eles."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Você nunca liga para nós e não vem nos visitar. Você não se importa com nossos sentimentos?"

Aos 14 anosNós dizemos: "Por favor saia da sala, querido. Seu pai e eu temos que conversar uma coisa em particular. "
Nós pensamos: "Temos alguns segredos que preferimos que você não saiba."
A criança pensa: "Eu realmente não faço parte dessa família."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Você está preso? Por quê não nos disse que estava tendo problemas? Você não sabe que não existem segredos dentro de uma família? Nós nos esforçamos tanto. Onde será que nós erramos?"

por Jan Hunt, Psicóloga diretora do "The Natural Child Project"

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sound of Music Festival

  Aqui no Canadá o dia dos pais é no 3o. domingo de junho. E nesse mesmo fim de semana, todo ano acontece aqui em Burlington o Sound of Music Festival. Mais exatamente... adivinham onde? Sim, no parque em frente ao lago, a 2 quadras aqui de casa, ebaaaa. :-)
  Na verdade, no começo não me animei muito. Eu sabia que ia ter várias bandas tocando, vários palcos, inclusive no fim de semana tinha palcos até no centro da cidade, no meio da rua. Aí achei que fosse ser basicamente música. Ou seja, não exatamente um programa para criancinhas de 1 ano e meio. Mas felizmente eu estava enganada!
  Era um típico festival de verão. Pra quem mora em Maringá, eu compararia com uma Expoingá, talvez. Mas melhor, com muito mais diversão. Tinha parquinho, barraquinhas vendendo comida, barraquinhas vendendo tranqueira, artesanato, etc. E claro, música. Muita música. O festival começava na 5a.feira e terminava domingo. Como coincidiu de ser o fim de semana que fomos para um chalé na beira de outro lago, só fomos no primeiro dia de festival, 5a.feira. As programações infantis só aconteceriam no fim de semana, então essas nós perdemos. Mas ainda assim estava bem legal.
  Logo que chegamos reparamos na banda que estava tocando. Era uma banda local que eu não conheço, tocando uma música idem. Um rock/pop básico bem legal. Na hora falei pro Alessandro: "Se fosse no Brasil ia estar tocando um pagode", hehehe. Vai dizer que não? Se não fosse pagode, seria sertanejo, axé, sei lá. Não que eu tenha ódio mortal desses estilos, mas prefiro bem mais a música daqui.
  Mas... antes de mais blábláblá, vamos a algumas fotos!
  Bom, esse é o nosso famoso parquinho. Lá ao fundo montaram um parque de diversões e nessa foto também dá pra ver algumas barraquinhas.

  Pra comer, as coisas típicas daqui. Cupcakes, hotdogs, batata frita, funnel cake, hamburgers, etc.  A comida acabava atraindo algumas gaivotas e o Nathan se divertiu bastante correndo atrás delas.




   O Alessandro comprou numa das barraquinhas essa maquininha que faz bolhas de sabão. Você só precisa apertar o botão. O legal é que ela faz umas bolhonhas! Por serem maiores, o Nathan conseguia pegá-las mais facilmente. Ele se divertiu um montão correndo atrás das bolhas. Primeiro ele tentava estourar com a mão. Depois começou a tentar manobras mais radicais. Tentava pegar com a boca, nariz, dava cabeçada, hehehe. Muito engraçado.
  Interessante que bolhas de sabão agradam todo mundo. Quase todo mundo que passava tentava estourar algumas bolhas. Adultos, velhos, crianças, enfim, unanimidade!

  Teve um desfile, também. Na 5a.feira só passou rapidinho essa banda tocando. Mas no fim de semana ia ter um desfile bem grandão, com mais de 50 "entidades" desfilando. Esse deu pena de perder. :-(

  Estávamos lá, brincando, quando do nada passaram umas moças distribuindo esses colares, totalmente grátis! Eu ainda não entendo muito bem por que ficam dando coisas pra gente nos festivais, mas enfim, pegamos! E mais uma vez o Nathan achou super legal ficar brincando com eles. Colocava, tirava, jogava, fazia voltas no pescoço, na mão... Como criança é criativa, né? Ele encontrou muitas formas de brincar com eles.

  Outra coisa que distribuíram foram uns sacos de lixo... hmmm, como é a palavra mesmo? Sabe, quando a coisa se decompõe rapidamente? Ah, sei lá, enfim, uns sacos de lixo ecológicos verdes. :-) Quase que levamos uma coleção, já que o Nathan fez amizade com a mocinha que distribuía os saquinhos. Os dois ficaram dançando um tempão.
  Aliás, o Nathan continua super político. Ele vai andando, acenando e falando oi pra todo mundo. Quer dizer, ele fala "ai". Acho que é uma mistura de oi com hi. :-) Se a pessoa não responde de cara, ele insiste e fica falando "Ai. ai" até ela responder. Bom, volta e meia ele encontra alguém mais mal humorado que não responde ou que não reparou, aí ele fica meio decepcionado... Mas aí já muda o foco e vai falar oi pra outra pessoa. Ele também sempre se despede falando bye, é muito educado!

  Ah, repararam em uma das fotos lá em cima que tem uma barraca escrita "Imposters"? Então, essa barraca vende óculos, relógios, etc similares aos de grifes famosas. Mas não são falsificações propriamente ditas. Por exemplo, tem um óculos igualzinho a um modelo da Gucci. Aí eles colocam uma plaquinha escrito algo do tipo "Compare o preço deste a um óculos Gucci". Claro que a palavra Gucci está escrito grandona, enquanto todo o resto está em letras miúdas, hehehe. Ah, sim, e o óculos não tem nenhum logo, nada escrito Gucci. Afinal, são imitações, mas não falsificações. Bem melhor assim.
  Ainda me lembro quando morei em Recife, de ter visto no centro da cidade umas carrocinhas vendendo cds piratas. Os piratas andavam tranquilamente pelo centro, passando ao lado de policiais, numa boa, como se não estivessem fazendo nada ilegal. Que horror...
  Antes que me acusem de hipocrisia, o meu windows e o meu office são originais, viu? :-) Hehehe. Ok ok, nem sempre foram. Mas estou correndo atrás do prejuízo e há muitos anos só compro software original. Também compro minhas músicas em vez de fazer download. Pago pelos meus filmes. Compro seriados. Tenho que dar o bom exemplo para o meu filho, né?

  Mas voltando para o festival, também deu pena de perder o Family Zone no fim de semana. Teve pintura de rosto, bichinhos de bixiga, cama elástica, atividades de colorir, shows com músicas infantis, marionetes e sei lá o que mais. Tudo grátis, que ótimo!

  Como são legais esses festivais! Aí de cara a gente se pergunta: puxa, mas como tem tanta coisa legal no Canadá? Por que no Brasil não tem essas coisas? Well, uma parte do motivo eu sei. Trabalharam nesse festival 600 voluntários! Todos muito bem organizados, divididos em comitês de comunicação, captação de doações, logística, programação, patrocínio, etc. Além disso, no festival passavam umas moças pedindo doações, para que eles consigam manter o festival gratuito todos os anos. E muitas pessoas doam. Aí está o segredo da coisa. Será que no Brasil seria fácil de achar tanta gente pra trabalhar de graça? Não sei. Talvez sim e apenas falte tentar. Afinal, no Brasil tem tanta gente boa! Vai saber...
  Enquanto isso, seguimos nos divertindo e aproveitando, já que o verão começou ontem e ainda temos pelo menos mais 3 meses de muitos festivais por aí.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Open Doors Burlington e outras fotos

  Fim de semana passado teve o "Open Doors Burlington". É um fim de semana em que museus e outros lugares não cobram entrada e lugares normalmente fechados abrem suas portas. Tempos atrás também teve um Open Doors Toronto, mas acho que a gente foi num aniversário aquele fim de semana. Enfim, um desses lugares que só abre na época do Open Doors é o corpo de bombeiros. Aí, como ele fica super pertinho de casa, fomos lá. Algumas fotos:

  Essa mostra o Nathan apontando pra mim, hehehe. Ele queria subir no caminhão de bombeiros, mas não com o bombeiro. :-)
  Uma coisa interessante que eu fiquei sabendo é que 70% dos bombeiros são voluntários. Eles treinam uma vez por semana e, fora isso, só são chamados pra ajudar em casos graves. Nesses dias, recebem uma gratificação, mas nem sei quanto é. Ainda assim, pretty amazing! Esse na foto é um dos voluntários.






  Outro lugar que fomos é numa casa onde morou uma família bem tradicional de Burlington. Vieram pra cá em 18xx e alguém morou lá até 1987. Não tava esperando grande coisa, mas até que foi bem legal. A família gostava de guardar velharia, então toda a mobília velha estava lá, louça, etc. Depois que virou museu deram uma modificada. Tiraram as coisas mais modernas e deixaram do jeito que estava na 1a. ou 2a. geração de moradores. Foi interessante ver a cozinha. Não tinha geladeira, não tinha microondas, fogão a lenha e... nem pia tinha!! Mal dava pra reconhecer que era uma cozinha. Depois acabei vendo que no canto da cozinha tinha um poço. Isso mesmo, um poço bem no meio da casa! Hoje estava com grade e um vidro, mas não sei como era na época antiga, não ouvi a história do guia, o Nathan não deixou. :-) Mas enfim, com isso eles conseguiam ter água na cozinha sem ter que ir lá fora. Quando se mora num lugar de frio intenso, acho que isso é bastante importante.
  Outra coisa interessante era um quarto que só era acessível a partir de outro quarto. A especulação é que era o quarto das adolescentes. Como elas só podiam sair do quarto passando pelo quarto dos pais, isso evitaria fugas noturnas ou visitas indesejadas. :-)
  Mas o mais interessante foi conhecer o banheiro. Olha o progresso!, também não precisava ir lá fora pra ir no banheiro. Novamente, com as temperaturas que faz por aqui... Mas fica no cantinho do fundo da casa. Lugar pra tomar banho não vi, era só um lugar pra necessidades, mesmo. A privada já era das  "modernas", de sentar, não um buraco no chão. Mas era de madeira, quadradona. A parte interessante é que... tinha 3 privadas, uma do ladinho da outra, hehehe. Sendo que a terceira era uma pequenininha, pra crianças. Well, família que caga unida...
  Acabamos não tirando fotos lá dentro. Pena... Mas tava na hora do almoço, todo mundo pensando em comida, não fotos. Só temos algumas no gramado da casa.


  Ah sim, tem mais algumas fotos do Nathan nos jatos de água. Conheci um casal de brasileiros no parquinho e o moço tirou umas fotos bem legais pra gente. Aí vão algumas.