terça-feira, 27 de março de 2012

Ensaio de 1 ano - Nathan (últimas!)




  Ufa, finalmente acabei de postar todas as fotos. Queria fazer isso logo, pra poder postar as fotos do ensaio de 2 anos. :-)
  Esses aqui embaixo são as que eu menos gosto. Não das fotos propriamente ditas, que o Nathan está bem gracinha, mas das montagens que fiz. Acho que no final vai acabando a criatividade e a paciência, hehehe.
  Mas e aí, de todas as páginas, qual vocês gostaram mais?











Ensaio de 1 ano - Nathan (páginas 10 e 11)



Ensaio de 1 ano - Nathan (páginas 8 e 9)



Ensaio de 1 ano - Nathan (páginas 6 e 7)



Ensaio de 1 ano - Nathan (páginas 4 e 5)







  Tô achando muito chato ter que ficar entrando aqui toda hora pra ficar colocando as fotos aos poucos. Acho que vou colocar tudo de uma vez e pronto, hehehe.

Ensaio de 1 ano - Nathan (página 3)

  Mais uma das minhas preferidas.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Feliz com as pequenas coisas

  Eu provavelmente estou chovendo no molhado ao dizer isso mas, hoje, por algum motivo, estava pensando em como a gente é muito mais feliz se consegue se alegrar com pequenas coisas.
  Meu marido não é muito apegado a tradições. Já eu adoooro tradições e comemorações. E sempre tento fazê-lo entender a importância disso na minha vida e o motivo disso trazer mais felicidade. Até porque quero passar isso pros meus filhos também, afinal quero que eles sejam felizes assim como eu sou.

  Acho que é uma coisa familiar, que começou na minha infância. Sempre que alguém da minha família fazia aniversário, os outros 4 integrantes se reuniam de manhã e iam acordar o aniversariante na cama, levando presentes e cantando parabéns. Lembro de em algum aniversário ter acordado primeiro, mas aí fiquei quietinha na cama, de olhos fechados, esperando a comitiva chegar com os meus presentes. :-) Tem jeito mais gostoso de começar o dia do seu aniversário?

  A troca de presentes também é uma coisa simbólica com muito significado pra mim. Por exemplo, faz mais de 10 anos que a minha irmã mora na Alemanha. Mesmo assim, durante todo esse tempo, em todas as datas importantes (Natal, páscoa, aniversário) nós trocamos presentes. Tem gente que não entende, diz que a gente deveria economizar com correio e deixar os presentes pra quando nos encontrássemos. Com isso, a economia com o envio poderia ser utilizada para investir em presentes melhores.
  Ahhhh, essas pessoas não são felizes como a gente é feliz. Eu sou feliz muito mais vezes! Sou feliz ao escolher os presentes, sou feliz ao preparar a caixa, sou feliz na expectativa de saber quando vai chegar e sou feliz ao imaginar que eles vão ficar felizes ao receber o pacote. Assim como também fico super feliz quando recebo a minha caixa com presentes. Isso é muito mais importante que um presente caro. Nossos presentes nunca chegam na data certinha, mas acho até emocionante ficar tentando adivinhar quando eles chegarão, hehehe.
  Tempos atrás estava morreeeeeendo de vontade de comer uma bolacha que só tem no Brasil e minha mãe me mandou pelo correio. Nem sei o que me deixou mais feliz: comer a bolacha ou pensar no carinho e trabalho que meus pais tiveram de comprar e me mandar. Mãe é mãe, né?

  Um outro ótimo exemplo é o Natal. Tem gente que fica feliz só no dia 24 ou 25. Já a minha felicidade começa muito antes. Eu já começo a ficar feliz em novembro, vendo as decorações começarem a aparecer. Também fico feliz ao planejar e comprar minhas próprias decorações. Aí fico feliz no dia 1/dezembro, quando monto a árvore. Fico feliz durante os dias seguintes, quando vejo a árvore montada, quando aceso as luzinhas. Antigamente eu ficava feliz conforme ia comprando os presentes e empilhando embaixo da árvore. Nos últimos dois Natais fiquei feliz ao ver meu filho todo animado brincando com a árvore, com as bolinhas e com os lacinhos (os presentes embaixo da árvore estão cancelados por vários anos, hehehe). Fora a felicidade de planejar a ceia de Natal, ir escolhendo receitas, comprando os ingredientes... Ah, eu adoro as tradições natalinas, que me rendem vários e vários dias de alegria.

  Agora tá mais fácil ainda ser feliz. Fico feliz ao ganhar um abraço e um beijo do meu filho. Ao chegar em casa e vê-lo correndo todo feliz na minha direção. Fico feliz quando o vejo dormindo. Quando ele dá aquele sorriso enorme ao ver um presente embrulhado (aliás, presente embrulhado também é muito mais legal, hehehe). Fico feliz ao planejar sua festinha de aniversário... Ah, ter filho é uma fonte de felicidade inesgotável!!

  E aí, não concordam que quem é feliz com as pequenas coisas é muito mais feliz? Não dá pra esperar os grandes eventos da vida. Não dá pra ser feliz só quando passar no vestibular, quando se formar, quando comprar "aquele" carro ou quando comprar uma casa. Essas coisas acontecem muito poucas vezes na nossa vida. Eu acho que dei sorte e minha família contribuiu muito para que eu hoje seja assim. Mas se você não teve a mesma sorte, não tem problema. Comece já suas próprias tradições e garanta muito mais momentos felizes pra você e pra sua família.

domingo, 25 de março de 2012

Ensaio de 1 ano - Nathan (página 1)

  Acabei sendo interrompida ontem e não coloquei todas as fotos. Mas já que vai tudo separado, acho que vou colocar uma foto por dia, pra ficar mais emocionante. :-) Ou talvez uma por post... Bom, sei lá. Por enquanto, aproveitem esta página.

  Essa é a página 1. Sempre considero essa a 1a. página de scrapbooking digital que eu fiz. É que foi a primeira que eu fiz totalmente do zero, sem me inspirar em nada. Peguei a foto, escolhi as cores gerais, fui adicionando, montando, experimentei diferentes backgrounds e, mudança vai, mudança vem, taí o resultado. Mesmo tendo sido a primeira, ainda é uma das minhas preferidas. Por algum motivo, gostei da combinação de verde com marrom.

sábado, 24 de março de 2012

Video - Nathan tocando bateria

  Video do Nathan tocando bateria. A gente filmou porque achou interessante que ele bate as palhetas antes de começar. Não sei onde ele viu isso. :-)



Ensaio de 1 ano - Nathan (página 2)



  Eu não gosto muito de fotos com chupeta. Bom, fora que eu também não gosto muito de chupeta at all. :-) Mas nesse caso, tive que abrir uma exceção. Justo no dia do ensaio, o Nathan tava meio doentinho, com uma febrinha. E não dava pra marcar pra outro dia, porque já era 17/dezembro. O fotógrafo tava entrando de férias, a gente quase indo pro Canadá... Enfim, tinha que ser aquele dia. Olha a carinha dele de acabadinho.
  A gente tirava umas fotos, fazia pausa, ele mamava, dava uma passeada... A chupeta também ajudava.
Mas enfim, decidi manter a foto, pra registrar a história.

Ensaio de 1 ano - Nathan (capa)

  Calma, tá tudo certo, não é um engano. Eu sei que o Nathan já tem 2 anos e 4 meses. Mas acho que nunca cheguei a divulgar completamente as fotos do ensaio fotográfico que fizemos quando ele tinha um aninho.
  Os motivos são vários. Primeiro, porque o fotógrafo meio que perdeu as fotos, se fingiu de morto, se escondeu, ignorou emails, telefonemas e nisso váááários meses se passaram até que, com ajuda da minha mãe, finalmente consegui as fotos. Nisso eu já tava aqui no Canadá e, nessa época, estava bem começando a descobrir que esse negócio de scrapbook digital é bem legal. :-) Aí decidi que em vez de simplesmente fazer um álbum com as fotos, iria fazer em formato de scrapbooking.
  Mas... a vida atarefada de uma mãe, a gravidez, o perfeccionismo, juntando com a imprevisibilidade do processo criativo, fizeram com que até agora eu não tivesse acabado. Até ontem! E nem foi graças à minha imensa força de vontade. O que aconteceu é que um tempo atrás comprei um super desconto pra imprimir um photobook e ele venceria hoje, sábado. Então, com a areia escorrendo pela ampulheta, tive que agilizar o negócio e declarar o fim do álbum.
  Então pronto, acabei e estou pronta pra divulgar as fotos. Se alguma vovó quiser uma cópia do álbum, avise até 30/março ou cale-se para sempre.

  Essa é a capa. E aí, gostaram do estilo? Levo jeito? Falem que siiiiiim, por favoooooooor, não façam uma grávida chorar. :-)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Admirador declarado

  Tem um cara que tá apaixonado por mim. Ele faz de tudo pra ir em todos os lugares que eu vou. Adora conversar comigo. Me dá muitos abraços, me conta os seus problemas, me traz presentes, me dá comida...
  Só que às vezes ele é meio inconveniente. Vive me chamando pra ir pra cama. Já tentou me beijar na boca à força, segurando a minha cabeça com as duas mãos. Inclusive já me flagrou sem roupa várias vezes.
  Mas devo confessar que essa paixão é totalmente correspondida. É que além de ele ser lindo, não dá pra resistir quando ele me dá aquele abraço apertado, sorri e fala "Minha mamãe!".

quinta-feira, 15 de março de 2012

Atendimento ao consumidor - parte 2

  Já escrevi aqui uma vez sobre atendimento ao consumidor, elogiando que no Canadá ele funciona. Mas resolvi escrever novamente, porque tive mais algumas experiências positivas.

1. Cancelando voucher
  Ano passado comprei, num desses sites de compras coletivas (tipo groupon), um voucher para passar 5dias em um resort na República Dominicana. O voucher era emitido por um agência de turismo. Aí, no começo deste ano, liguei na tal agência para agendar a viagem. Bom, "liguei" é modo de dizer. Eu disquei vááárias vezes, ouvi várias mensagens automáticas, apertei muitos botões, mas nunca consegui falar com ninguém. Era só "aperte o botão 5 para isso", "aperte o botão 9" para aquilo, musiquinha, musiquinha, musiquinha, nossos atendentes estão ocupados e por aí vai. Apertei a tecla 8 para deixar recado, mas não me deram retorno. Mandei email, não responderam.
  Aí, só me restou ir no site do voucher (dealticker ou dealfinder, não lembro) e reclamar. No dia seguinte já me mandaram email falando que a compra do voucher seria cancelada, mas que como tinha passado muito tempo, não dava mais pra desfazer a compra no cartão de crédito. Mas sem problemas, me mandaram um cheque pelo correio e pronto! Nossa, se soubesse que ia ser tão fácil, nem tinha insistido tanto telefonando pra aquela agência feia, chata, boba, careca.
  Aliás, essa agência estragou tudo. Até então, todas as minhas experiências com compras e atendimento ao consumidor tinham sido excelentes. Mas tudo bem, o saldo final ainda é super positivo.

2. Consertando produto
   Aí um belo dia nosso tablet parou de funcionar. Liguei no customer service da Asus e em menos de minutos consegui falar com alguém. Uau! A mulher não era a mais simpática do mundo, mas fez o seu papel. Abriu uma ordem de serviço e me passou as informações . Tive que mandar pra eles pelo correio, mas esse foi o único transtorno. Em menos de uma semana o tablet voltou pelo correio, consertado, funcionando como se nada tivesse acontecido. Que fácil!

3. Devoluções
 Nem precisa falar muito, né? Aqui, se você não gostou, é só devolver e pronto. Mês passado fiz umas compras na Gap online. A blusa que comprei pra mim não ficou legal (também, com essa barriga em crescimento as coisas estão ficando complicadas), então fui em uma das lojas da Gap no shopping, falei que queria devolver e... pronto! Crédito retornado no cartão de crédito. Sequer me perguntaram se eu não gostei, se não serviu... Não, nada.


4. Recuperando produto
  Essa foi a mais impressionante, eu acho... Um dia fui no Canadian Tire (uma loja que vende tudo, até pneus) e comprei algumas coisas. Entre elas, uns preguinhos pra pendurar quadro na parede. Aí à noite, quando fui dormir, pensei: "Hmmm, estranho. Eu guardei as compras mas não me lembro de ter guardado os preguinhos. Será que ficaram no carro?". Me parecia meio improvável. Pensei bem e não me lembrava de ter colocado de volta no carrinho, após pagar as compras. Fiquei achando que o item ficou na loja.
  Por acaso, 2 dias depois fui lá de novo pra comprar outra coisa e já tinha esquecido essa história. Mas quando estava passando pelo caixa, vi os preguinhos pra vender e lembrei! Aí, como perguntar não ofende, perguntei pra moça:
- Ei, se por acaso alguém paga por um item e esquece na esteira, vocês guardam? Tem como eu recuperar?
- Ah, sim. A gente anota num caderninho a data e hora aproximada. Você tá com a notinha?
- Hmmm, não sei! Lembrei disso de repente... Deixa eu ver... Ah, tá aqui.
  Por sorte ainda estava na minha bolsa. Aí ela viu o código do produto, data da compra e foi lá checar o caderninho.
- É, pra esse dia não foi anotado nenhum esquecimento.
- Tudo bem, não tem problema. Eu devo ter esquecido no carrinho, então. Quando faço compras junto com meu filho, faço tudo com pressa, mesmo.
- Ah, mas vem aqui comigo. Vamos ali falar com a gerente.
- Ok.
  E lá fomos falar com a gerente. E eu só imaginando por que é que isso ia adiantar alguma coisa... Ou será que a gerente tinha um outro caderninho-caixa-2? :-P Então a caixa explica a história pra gerente, mostra o tal produto, mostra a minha notinha e enquanto isso eu ali pensando que estávamos incomodando a mulher à toa, já que o caderninho já tinha sido checado. Aí a gerente repete as perguntas:
- Você esqueceu em cima da esteira?
- Então, eu "acho" que sim. Só sei que o produto nunca chegou em casa. Mas talvez eu tenha esquecido no carrinho e alguém pegou. A moça disse que não tá no livro, né? Não tem problema.
- Tudo bem, pode levar.
- Oi?
- Aqui, pega, é seu. Tenha uma boa noite.
- Ah, muito obrigada. Boa noite pra você também!
 
  Depois disso, fiquei com a maior consciência pesada e fui revirar meu carro, com medo de os preguinhos terem caído em algum cantinho e já pensando no que que eu ia falar quando fosse devolver. Ia colocar a culpa no Nathan, lógico, hehehe. Tadinho. :-) Mas não achei os preguinhos!!! Então fui pra casa e todos viveram felizes pra sempre. E eu tenho mais um motivo pra continuar comprando no Canadian Tire.   

terça-feira, 13 de março de 2012

Fazendo compras com o Nathan

  Ir no mercado com seu filho de 2 anos pode ser complicado. Mas eu diria que as coisas vão sempre melhorando. Antigamente íamos no mercado e ele ficava pedindo pra descer do carrinho, queria abrir as embalagens, chorava, fazia escândalo, queria pegar tudo... Já agora ele se comporta bem melhor.
  O mais importante é ter regras e cumpri-las. Regra número 1: no mercado ele só fica no carrinho. Sempre fiz assim, nunca deixei sair e agora ele nem tenta mais. Algum dia ele vai estar crescido o suficiente. Mas por enquanto, só no carrinho.
  Regra número 2: não pode abrir coisas dentro do mercado. A gente abre em casa ou, dependendo do que for, às vezes no carro. 
  Regra número 3: arrumar alguma coisa pra ele fazer. Normalmente eu passo as coisas pra ele ir jogando dentro do carrinho. E às vezes ele se apega a uma delas e fica segurando/brincando até chegar no caixa.
  Regra número 4: não demorar no mercado. Essa é pra mim, hehehe. Por mais que ele se se comporte, obviamente ele enjoa. Então normalmente só o levo junto se for pra coisas rápidas. Compras compridas eu deixo pro fim de semana, quando ele fica em casa com o pai dele.
  Regra número 5: não ir no mercado quando o Nathan está cansado, com sono ou com fome. Nem precisa explicar, né? 

  Hoje fomos no mercado e eu levei uma lista um pouco maior. Mas fui sem muitas expectativas. Se não desse pra comprar tudo, sem problemas. Depois eu iria de novo. E não é que foi super tranquilo? Eu passava as coisas pra ele, que ia jogando pra dentro do carrinho. Lá pelas tantas peguei um pegador de macarrão e ele ficou brincando com o treco o resto do tempo que passamos lá dentro. Esticava apontando pra toda pessoa que passava, só checando pra ver se alguém mais também tinha uma "espada" pra duelar com ele. Ninguém tinha, pena. Mas todos que passavam achavam graça e davam uma risadinha.
  De vez em quando ele apontava para alguma guloseima, tipo batata frita, coelho de chocolate  ou cookies e ficava repetindo o nome: "Cookie! Cookie!!". Como eu não queria levar porcarias, eu simplesmente falava "É, são cookies, Nathan! Legal, né? E olha ali daquele lado, tomate!" e continuava andando. Bom, funcionou. :-) Não teve nenhum ataque de manha e nenhuma compra imprevista.
  Na hora de passar no caixa, ele também gosta de me ajudar a colocar as compras na esteira. Como ele está sentadinho, não alcança. Mas aí eu vou tirando do carrinho, passo pra ele e ele coloca na esteira. Ele fica todo feliz de ajudar. :-)

  Saindo do mercado, ele estava com os dois papezinhos que peguei no caixa: aquele com a descrição das compras e o comprovante do cartão de crédito. A barra do carrinho, onde eu seguro pra empurrar, tem uma parte mais larguinha no meio e foi ali em cima que ele colocou os papeizinhos. Quando estávamos saindo do mercado, eu falei pra ele: "Agora tem que tirar daí, senão vai voar". Ele não quis tirar. Claro que voou. Eu peguei, dei pra ele, avisei que ia voar, então ele colocou ali no apoio mas ficou meio que segurando. Só que aí bateu um ventão e um dos papeizinhos saiu voando. Ainda comecei a tentar correr atrás, mas o vento continuou levando, levando, levando, então desisti.
  Ah, mas o Nathan não se conformava. Ficava apontando naquela direção e falando "Aiá! Aiá! Aiá!". Tradução: "Ele voou pra lá! Voou pra lá! Voou pra lá!". Guardei as compras no carro e coloquei o carrinho de compras no lugar certinho. Ai perguntei:
- Nathan, você quer ir lá procurar o papelzinho?
- Yeah!
  O coloquei no chão e lá foi ele correndo pelo estacionamento. Andamos, andamos, andamos (o estacionamento é enorme), pausa pra olhar os passarinhos, andamos, andamos, andamos, pausa pra correr atrás de alguns passarinhos, andamos mais um pouquinho e... não é que achamos o papelzinho? Hehehe. :-)
  Aí beleza, finalmente pudemos voltar pro carro (com mais algumas pausas, claro) e ir pra casa.

  Viram? É fácil fazer compras com seu filho de 2anos. É só não ter pressa nenhuma.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Violência Obstétrica - Dia Internacional da Mulher - Blogagem Coletiva

  Tô meio atrasada. Esse post era pra ter saído dia 08/março. Mas enfim, aí vai.

  Houve uma época em que eu não sabia nada sobre partos. Aí, um belo dia, cheguei num site que mostrava o vídeo de um nascimento. E logo em seguida o site falava algo do tipo "É um absurdo que ainda existam nascimentos assim! Isso é uma violência!".
  Eu fiquei com a maior cara de ué, assisti de novo e não entendi nada. Não lembro exatamente do vídeo, mas lembro que o bebê nascia, o médico o virava de cabeça pra baixo, dava palmadas, a enfermeira o pegava, esfregava o rosto pra limpar o sangue, colocava pra pesar, media, jogava um treco nos olhos dele, dava uma injeção e... durante esse tempo todo, o bebê berrava.

  Assisti de novo e novamente não achei onde estava o problema. Mas isso faz tempo. Hoje sei onde estava o problema: na minha cabeça. Quer dizer, na verdade o problema está na novela, nos filmes, nos hospitais, nas mídias. O problema é que a gente se acostuma com determinados tipos de violência e passa a achar: 1) que são normais e 2) que não existe outra forma de ser.
  Tipo mulheres africanas que sofrem mutilação dos seus clitóris, acham que "tem que ser assim mesmo" e, quando crescem, submetem suas filhas ao mesmo procedimento. Claro que esse é um exemplo extremo. Mas é só pra demonstrar que às vezes a gente sofre/pratica violência sem nem perceber.

  Voltando ao vídeo... Pra mim aquele era um parto como outro qualquer. Eu nunca tinha parado pra pensar no bebê, no ponto de vista dele e o que ele poderia estar sentindo. Eu nunca nem tinha pensado que bebê também tem sentimentos, também sentem frio, medo, stress.
  Bom, o tempo passou, muita coisa mudou na minha cabeça e, esses tempos, vi novamente um vídeo como aquele.  Hoje eu já penso no ponto de vista do bebê, então me deu vontade de chorar. O bebê passa 9 meses na barriga da mãe dele. É um ambiente escurinho, quentinho, sempre na mesma temperatura, com o barulho constante do coração da mãe. Lá a alimentação é também constante pelo cordão umbilical e ele nunca sente fome ou sede. Ele consegue se mexer, nadar, chupar o dedo.
  Aí de repente ele vai pra fora: puf!!! Luzes fortes machucam seus olhos (dor 1). Palmada no bumbum (dor 2). O centro cirúgico é refrigerado, está muito mais frio do que os 37graus que é a única temperatura que ele conhece (dor 3). O cordão umbilical é cortado imediatamente. De uma hora pra outra não há mais oxigênio vindo pelo cordão e o pulmão ainda tá aprendendo a funcionar. A sensação é semelhante a sufocar (dor 4). Um colírio é jogado em seu olhos e arde (dor 5). Injeção de vitamina K (dor 6). Ele passou 9 meses encolhido e a enfermeira o estica todo pra fazer a medição (dor 7). O bebê não sabe onde está, sente medo. A única pessoa com quem ele esteve contato esse tempo todo, a mãe, está longe. Ainda não o viu, não o pegou. O bebê não sabe o que está acontecendo. Só percebe que, de repente, tudo mudou. E tudo mudou pra pior. Ele estava confortável, agora é uma dor atrás da outra e um desconforto atrás do outro. Ele não consegue nem se mexer, sequer se virar. É ou não é uma violência?
  Ahh, agora muitas de vocês devem estar pensando o mesmo que eu pensei quando assisti aquele vídeo em meados de 2006/2007. "Ué, mas não é assim mesmo? Como que tinha que ser, então?". Bom, primeiro precisamos considerar que às vezes as coisas dão errado no parto. Às vezes existe algum problema e o bebê precisa ser levado às pressas. Ok, a gente quer o melhor pro bebê e às vezes o melhor é assim. Mas de agora diante vamos pensar no cenário feliz, em que dá tudo certo.
  No chamado "parto humanizado", o lugar do parto é especial. Luz fraquinha, temperatura não tão baixa, talvez música suave. O bebê nasce e imediatamente vai pro colo da mãe. Peladinho e sujinho, mesmo. Alguns nem consideram o vérnix sujeira. O calor da mãe ajuda a esquentá-lo. Por cima jogam um lençol ou cobertor. Eles ficam ali se conhecendo, sem pressa. O bebê mama pela 1a. vez. Aos poucos o cordão umbilical para de pulsar, só então ele é cortado. Talvez pelo pai. Muitos bebês nascem e não choram. Por que chorar, se está tudo bem, tudo calmo e tranquilo? Os procedimentos a serem feitos são escolhidos pelos pais. Se for dada uma injeção, é dada no colinho da mãe, mesmo.
  
  E por enquanto falei só do bebê. É que minha experiência com parto foi meio doida. Eu queria que fosse normal, mas precisava ser cesárea, o bebê não sabia disso, foi descendo e pá, virou parto normal. Aí embolou tudo. Tem coisas que não sei dizer se foram violência ou foi só por conta do calor da situação.
   De qualquer forma, muitas mulheres passam por um parto violento e nem se dão conta. Acham que foi tudo normal, simplesmente porque várias outras mulheres passam pelas mesmas coisas. Elas não sabem que pode ser diferente, que pode ser melhor. Não sabem que a maioria das cesáreas são realizadas por causa de desculpas bobinhas dos médicos. Ao contrário, acreditam que foram necessárias e agradecem a eles. Algumas realmente são necessárias, lógico, mas é preciso muita informação (pelo menos no Brasil) para separar o joio do trigo. 
  Mas enfim, não vou falar muito desse assunto, que já tá cheio de blog falando disso por aí. O que vou fazer é divulgar o Teste da Violência Obstétrica. Se o teste te deixar com a pulga atrás da orelha ou se você quiser mais informações sobre parto, o que é normal, o que é não é, quais são os motivos pra cesárea que na verdade são apenas desculpas, etc, sugiro os sites Parto no Brasil e Mamíferas.


quarta-feira, 7 de março de 2012

Bebê 2 - a barriga continua

  Ontem completei 24 semanas. Só 5 meses e mesmo assim a coisa já tá começando a ficar desconfortável. Nessa cadeira de computador onde estou agora parece impossível encontrar uma pose confortável. Já coloquei almofada, tirei, coloquei de novo, virei, mais pra cima, mais pra baixo, mais pro lado... Nope, não achei pose. Achei que a almofada tava muito gorda, então agora tô com uma toalha enrolada. Por enquanto tá sendo a melhor opção. Mas ainda assim as costas estão incomodando.
  A minha barriga parece esticada, muuuuito esticada. Tudo parece apertado lá dentro. É ruim abaixar, é ruim levantar, é horrível pegar o Nathan no colo...

  Aí hoje eu estava acabando de fritar um bife, prestes a almoçar, quando toca o alarme de incêndio. Buááááá. Abandonei a comida, coloquei bota e casaco, peguei a mochila do Nathan (que ainda tava com minha carteira e celular dentro), peguei o Nathan e saímos. Claro, com pausa antes pra checar o olho mágico e ver se a porta não estava quente, como eu aprendi.
  Se toca o alarme de incêndio, também não podemos usar o elevador. Maravilha, são apenas 12 andares! Os 6 primeiros o Nathan desceu andando, achando tudo super legal! Ele detestou o barulho do alarme, ficava tampando as orelhas com as mãozinhas e falando "Mamãe! Mamãe!". Então gostou de sair. Aí também achou legal ver as pessoas passando pela escada. Achou mais legal ainda quando passou um vizinho carregando uma cachorrinha. Mas quando estávamos no 6o. andar todos já tinham ultrapassado a gente, o movimento acabou, aí a escada perdeu totalmente a graça. Ou seja: 6 andares carregando o Nathan no colo escada abaixo.
  Chegando lá embaixo os bombeiros já tinham chegado. O Nathan ficou correndo pra lá e pra cá e acabamos indo no parquinho do prédio. O duro foi convencer esse mocinho a voltar pra casa. Quando voltamos os bombeiros já estavam indo embora e as pessoas já tinham voltado pra casa. Então no fim nem sei se teve algum foguinho ou se foi alarme falso ou alguém que deixou o bife queimar. :-P Eu, pelo menos, não vi fogo nenhum.

  Mas estou desviando do assunto. O que eu ia reclamar, errr, contar é que essa descida de escada carregando peso me deixou com uma dor ciática. Blééé, como se já não tivesse dores suficientes.
  Engraçado como a gente esquece essas coisas, né? Eu tava aqui crente que essa gestação estava sendo bem pior do que a minha 1a. Mas fui rever meu "diário da gravidez" e vi que na verdade está praticamente a mesma coisa. Eu também tinha essa sensação de barriga esticada, sensação de que as coisas não cabiam lá dentro e ia explodir a qualquer momento, muita fome mas me sentindo cheia com qualquer grão de arroz... Enfim, com o tempo acho que a gente só lembra das coisas mais marcantes.
 
  Uma coisa que parece diferente: o bebê se mexe mais do que o Nathan mexia. Bom, pelo menos de acordo com meus registros. Não lembro mais direito. Mas o bb2 se mexe muuuito! Normalmente EU estou me mexendo, correndo pra lá e pra cá, brincando com o Nathan, cozinhando, arrumando, limpando, dirigindo... Aí, quando finalmente paro um pouquinho e sento, ele fala "Minha vez!!" e aí começa a mexeção. Mexe, mexe, pula, chuta, etc. Já dá pra sentir e também já dá pra ver a barriga pulando. É bem engraçado. A hora mais certa de movimentos é 2 minutos depois que eu deito pra dormir. Toda noite é assim, não importa a hora que eu vou dormir. Depois que deito, é só esperar um pouquinho e tá garantido que ele vai mexer.

  Ah, estou engordando mais rápido! Já tô com 5kg a mais. Na gravidez do Nathan, com 24 semanas eu só tinha engordado 3.6kg. Preciso me controlar mais. Tô com uma vontade de comer doces!!! Hoje me deu vontade de comer um chocotone. Nham nham nham. Tenho que ver se por aqui existem as tais colombas de páscoa, que pra mim são praticamente a mesma coisa. Oh não, acabei de lembrar do ovo de páscoa Ferrero Rocher, que é a coisa mais deliciosa desse mundo!!! E o ovo de páscoa sonho de valsa, então? Hmmm, honroso 2o. lugar. E os alfajores? Aiai, melhor mudar de assunto, antes que eu ataque o cheesecake que tá na geladeira.

  Ainda estamos escolhendo nome. Poxa, como é difícil escolher!! O Alessandro passou vários dias chamando o bebê de Carter. Tava quase me acostumando, mas ainda assim não totalmente convencida. Aí um dia desses o Alessandro falou que provavelmente ia ser esse mesmo, já que não tinha outra opção e eu disse: "Também, todos os nomes que eu falo você veta". Aí ele falou pra eu repetir os vetos. Um deles era Tyler. Por algum motivo dessa vez ele gostou e agora só chama o bebê de Tyler. Mas agora... sei lá, agora que ele está chamando de Tyler tô começando a achar que gostava mais de Carter, hehehe.
  Hoje ele tava tentando ensinar o Nathan a falar Tyler:
- Fala Ta.
- Ta
- i
- i
- Ler
- Ieu
- Tyler!
- Ieu!
  As tentativas de ensinar Carter foram um pouco melhores. Algumas vezes saiu certinho, embora às vezes saísse um "Artur". :-)

  Eu continuo devagar com as compras. Acho que só comprei uma caixa de fraldas e dois pares de meia. :-P Mas primeiro eu estava esperando voltar de férias. Segundo, estamos planejando em cruzar a fronteira e comprar tudo de uma vez nos Estados Unidos, que é um pouco mais barato. Ainda teríamos que fazer as contas, pra ver a questão das cotas, ver se compensa e tal. Bom, talvez compense porque a gente aproveita e passeia. Mas sei lá, ainda não acabei de pesquisar.
  Mas gostei da dica de uma amiga e comecei a fazer uma lista de compras no site da Babies R Us. Adoro fazer listas!!! É quase mais divertido que fazer compras. :-) Acho que a ideia do site é você fazer a lista pra chá de bebê ou coisa parecida. Bom, eu tô fazendo mais pra mim mesma, já que provavelmente não terei chá de bebê. Mas se uma alma caridosa quiser me dar um presente, estou aceitando, hehehe.

  Aiai, mas acho que vou ter que aceitar mesmo é que minhas costas não são mais as mesmas e sair desta cadeira.

terça-feira, 6 de março de 2012

Nathan aos 2anos e 3 meses

  Acho que esse post vai ser enooorme e não vai ser muito emocionante para vários leitores. Mas... pra mim é um registro legal de como ele era com essa idade. Com o tempo a gente esquece, né? Eu fico escrevendo e sempre percebo que faltou alguma coisa.

LINGUAGEM
============
  Às vezes fico me perguntando quando é que o Nathan vai falar de verdade... Ele tem uma palavra para quase todas as coisas do seu dia a dia. Mas grande parte delas ainda tá bem longe da palavra real. Exemplos:
- Babá (banana ou batata)
- Dada (torrada)
- Cheeee (cream cheese)
- Ixi ou xixi (leite)
- Fufu (suco)
- Gaguá (água)
- Bibi (carrinho)
- Cau (carro)
- Có (colo)

  Outras ele fala certinho, tipo:
- Pizza
- Papel
- Mão
- Caqui
- Cadê
- Caiu
- Peixe

  Também tem as palavras em inglês. Essas normalmente ele fala certinho, porque são mais fáceis:
- Shu (shoe, sapato)
- Bu (boot, bota)
- Bubble (bolha)
- Stá (star, estrela)
- Bé (bear, urso)
- Apple (maçã)

  Fora que com essa idade a maioria das crianças já junta 2 ou 3 palavras (ou mais) pra formar pequenas frases. Mas o Nathan acho que só fala regularmente2 frases até agora. Quer dizer, uma só, mas em duas línguas. :-)
- Where are you? (Tradução: onde você está. Essa ele pronuncia praticamente perfeita)
- Cadê xxxxx?
  E de vez em quando sai coisas tipo:
- Não rubsrebd passeá! (quando ele não quer passear)
  Ele também gosta muito de cantar, mas a gente só identifica a música pelo ritmo. Por exemplo, dó ré mi fá ele canta assim:
-Ai sá  sá sá. Ai é é é. Ai mi mi mi. Ai sá sá sá.
  Mas que é fofinho é. Acho que vai ser até menos divertido quando ele falar direito, hehehe.

  Eu sei que cada criança tem seu ritmo, que meninos demoram mais, que crianças bilíngues idem, mas ainda assim questiono até quando devo continuar só esperando. A médica de família falou que se eu quiser ela já pode encaminhar para um especialista. Mas ainda acho cedo. Fico com medo que o Nathan perceba que tem gente achando que tem algo errado com ele e isso possa acabar atrapalhando.
  Enfim, antes de dois anos e meio já decidi que não vou fazer nada. Quando chegar nessa idade, analiso de novo e vejo se levo no especialista ou continuo esperando mais um pouco. Alguém tem alguma sugestão ou consideração sobre o assunto?

INDEPENDÊNCIA
================
  Quando tive que fazer aquele ultrassom + consulta no hospital em Hamilton, me falaram que não podia levar crianças. Como o Alessandro precisava ir na consulta comigo, pedi para a Fabiana, minha amiga e vizinha de prédio ficar com o Nathan.
  Não sabíamos como ele se comportaria mas, pra tentar prevenir choros, na semana anterior o levei 3 vezes na casa dela pra brincar. O filho dela, o Caio tem 1aninho, então a casa dela tem muitos brinquedos. Fora que o Nathan adoooora o Caio. Chama ele às vezes de Caio, às vezes de bebê e volta e meia vai lá fazer carinho. Uma gracinha ver os dois juntos.
  Enfim, chegou o dia. Logo que ele acordou, falei que ia levá-lo pra brincar lá na casa do Caio e ele ficou todo animado. Chegando lá, a tia Fabi já começou a ler um livrinho com o Nathan. Aí expliquei pra ele que ia sair, mas voltava depois pra buscá-lo. Pedi um beijo, ele deu e já falou "Bye!" e nem me olhou mais, hehehe. Nem aí pra mim. Demorei quase 4 horas pra voltar e a Fabiana disse que ele não chorou, não me chamou, não nada. Tava em casa. :-) Até pediu "xixi", que felizmente ela lembrava que significa leite, hehehe.

  Dias depois fui no que a gente chama de "encontro das Lulus". Um monte de mulheres brasileiras reunidas em um restaurante pra comer, beber (ou não) e jogar conversa fora. Saí de casa umas 20:00 e deixei meus dois meninos. Apesar de ser o Alessandro que coloca o Nathan pra dormir, eu SEMPRE estou em casa antes pra dar o banho que encerra o dia, então fiquei pensando que talvez ele estranhasse.
  Pfff, que nada. O Alessandro disse que ele tomou banho numa boa, saiu do banho sem fazer manha e depois adormeceu rapidinho. A única diferença é que ele foi pro banho um pouco mais tarde do que o normal, então dormiu já era 22:30. Mas dormiu diretão a noite inteira, só acordou às 07:15.
  Bom, dizem que uma boa mãe vai se tornando cada vez mais desnecessária, né? Então fico feliz. Tudo isso indica que ele se sente seguro e que confia quando eu digo que vou, mas volto. E foi ótimo dar uma saidinha assim, só pra ficar fofocando com a mulherada. Espero que dê pra repetir sempre.

  No 2o. ultrassom que fui fazer no hospital em Hamilton ele também ficou com a Fabiana e, novamente, sem problema nenhum. Quando fui buscá-lo, ele e o Caio estavam rolando no chão, um por cima do outro, dando a maior risada. Uma graça!!
 
COMPORTAMENTO
==================
  Normalmente, quando estamos num lugar onde ele está brincando feliz, é difícil convencê-lo a ir pra casa. Tem dias que pra ir embora do Early Years, tenho que levá-lo no colo berrando. Bom, pelo menos se a gente vai embora mais cedo. Se esperamos o circle time final, aí ele vê que todo mundo tá indo, então vai mais resignado. Se está com fome, aí também conseguimos ir numa boa.
  Aí esses dias fomos na casa de uns amigos que têm uma filha praticamente da mesma idade dele. Foi a 1a. vez que fomos lá, então os brinquedos dela eram todos "novidade", o que sempre o anima. Bom, se bem que ele também brincou muito tempo com uma bola, que também é sempre sucesso absoluto. Os dois também brincaram bastante juntos. Brincavam de pega pega, ficavam rodando e rolando no tapete, hehehe. Enfim, se deram super bem!
  Por tudo isso, achei que na hora de ir embora, ele ia fazer um certo draminha. Que nada! Falei pro Nathan: "Agora a gente vai pra casa, ok?" e na mesma hora ele largou a bola, falou "Bye!", deu tchauzinho e correu pra porta. Vai entender??
...
  O Nathan às vezes dá bronca na gente. É sempre muito engraçado, porque ele fala bravo, com o dedinho em riste, mas a fala propriamente dita sai algo tipo "Nhão!! Rabs rebs tchub darb nhão!!". Lá em Cancun, um dia ele girou quando tava escorregando e acabou batendo a boquinha. Nem machucou nada e segundos depois ele já tava bem mas, ainda assim, passou uns 2 dias sem querer escorregar (só colocava o peixe ou a bola pra escorregar). Aí, o Alessandro queria mostrar pra ele que escorregar era legal, seguro e fez ele escorregar. Quando ele chegou na água, deu uma bronca enorme no Alessandro!! E a gente só se segurando pra não rir (muito) e tentando traduzir o que ele estava falando: "Não! Eu não quero escorregar! Isso não se faz!!". Será? Hehehe.
  Ele também dá bronca se está comendo uma coisa muito gostosa (tipo batata frita, cookies, pipoca) e a gente pega uma unidade.

BRINQUEDOS
============
  Não sei dizer qual é o brinquedo preferido dele... O que ele mais gosta mesmo é de brincar com o papai e a mamãe. Pode ser pega pega pela casa, pular na cama, fazer cócegas, jogar bola, brincar com bexiga... enfim, interação com a gente é o que ele mais gosta.
   Aliás, bolas continuam no Top 10 dos brinquedos preferidos. Mas também brinca com os carrinhos, monta quebra cabeça, faz torres com lego, faz comidinhas na cozinha dele... Hoje ele esquentou "pizza" no "micro-ondas" e veio trazer pra mim. Um fofinho! :-)
  Mesmo com vários brinquedos, sempre tenho a impressão de que o que ele mais gosta é de correr. Simplesmente sair andando por aí. No verão passado a gente ia no parquinho, ele brincava um pouco e, de repente, saía correndo pelo parque. Aí andava, andava, andava e, quando cansava, pedia colo, hehehe. Mesmo quando estávamos em Cancun, volta e meia ele enjoava da piscina e saía correndo pelo resort. Às vezes só andando pelos corredores, às vezes perseguia as iguanas, às vezes perseguia passarinhos.

TECNOLOGIA
==============
  Bom, de tecnologia ele entende faz muito tempo. Desde uns 18 meses que ele brinca com o meu iphone. Sabe ligar, desbloquear, virar páginas, entra e sai dos joguinhos dele e joga certinho. Também entra no youtube, aí vai no More", sabe onde fica o History e vive achando videozinhos novos.
  Ligar a tv é moleza. Ele também sabe colocar os dvds no player e até apertar o play. Mas quando chega no menu principal a coisa morre, porque eu não o deixo brincar com o controle.
  A gente também um tablet e um Sony Dash e o Nathan se vira bem com os dois.

===============
  Ah, chega de escrever. Já estou editando esse post há dias. Enjoei. :-P E pra não ficar só no blábláblá, aí vai um video do Nathan brincando nos escorregadores no resort lá em Cancun.


sexta-feira, 2 de março de 2012

O lado bom e o lado ruim dos ultrassons

  Quando eu estava grávida do Nathan, frequentei um grupo de gestantes que era bem focado em parto natural e parto humanizado. Esse tipo de grupo atrai principalmente 2 tipos de gestantes:
1. Gestantes bem informadas que sabem que o parto normal tem menos riscos
2. Hippies
  Ok, sei que estou generalizando aqui quando as chamo de hippies, mas... ah, tem horas que generalizar é muito mais fácil e mais legal. :-)

  Bom, eu obviamente pertenço ao primeiro grupo. Já no grupo que chamei de hippies tinha de tudo. A maioria queria parto em casa. Várias plantavam a placenta. Algumas comiam a placenta (eca!). E algumas passavam a gestação inteira sem fazer um único ultrassom!
  Essa política do ultrassom elas explicavam dizendo que ele mais gera ansiedade do que tranquilidade. Outras diziam que seguiam a intuição. Bom, agora pelo menos entendo um pouco melhor isso de dizer que os ultrassons podem gerar ansiedade desnecessária. Na minha 1a. gestação eu sempre ficava encanada com a possibilidade de perder o bebê (coisa de quem teve dificuldade pra engravidar). Então nos primeiros meses os ultrassons foram importantíssimos pra me deixar tranquila. Eu via que tava tudo bem, que o bebê era normal e ia ficando cada vez menos ansiosa. Sem eles, teria sido uma gestação bem mais difícil.

  Mas desta vez aconteceu o contrário. Quando fiz o ultrassom morfológico, com umas 18semanas, encontraram 2 coisas:
1. Dois Choroid plexus cysts.
2. Arritmia ocasional
  Acho que já comentei que aqui os resultados dos seus exames e ultrassons vão direto pra parteira/médico, né? Pois é, eu fiz o ultrassom, achava que tava tudo bem e, dias depois, a parteira me liga pra contar desses achados.
  Esses cistos que mencionei ficam numa parte do cérebro e não fazem mal nenhum. Acabam sumindo após algumas semanas e os bebês nascem e se desenvolvem normalmente. Eles são vistos em ultrassons o tempo todo. Mas... (claro que tem um mais), algum tempo atrás um pesquisador qualquer concluiu que eles são vistos com um pouco mais de frequência (tipo 1% a mais) em bebês com trissomia 18 - uma doença genética gravíssima que acontece quando o bebê tem 2 cópias do cromossomo 18. É a chamada Síndrome de Edward.
  Por outro lado, bebês com trissomia 18 têm um moooonte de problemas. Esse tipo de bebês são facilmente identificáveis por ultrassom, porque tem má formação nos pés, nas mãos, fígado, coração, rosto às vezes faltam órgãos... Caí na besteira de ver fotos no google images e são imagens chocantes. Bebês todos deformados.
  Assim, nada realmente indicava que meu bebê tivesse essa trissomia. Ele era todo bonitinho e fofinho. Quer dizer, quase nada, porque tinha essa arritmia. Então a parteira falou pra mim que muito muuuuito provavelmente meu bebê era super normal, mas... por causa da arritmia, se eu quisesse, ela me passaria um novo ultrassom, com um especialista. Claro que eu quis.

  Então, com 20 semanas, fui num hospital especializado em crianças, em Hamilton (cidade vizinha). Lá fizeram um ultrassom que durou uma eternidade. Acho que fiquei quase 1hora deitada lá. Mediram tudo que podia ser medido e analisaram tudo que dava pra ser analisado. Entre outras coisas, mediram fêmur, mediram tórax, mediram osso nasal, mediram a translucência nucal de novo, analisaram cérebro, analisaram coração e ficaram um tempão monitorando batimentos cardíacos.
  Depois do ultrassom, tive consulta lá mesmo com um médico especialista em trissomias em geral. Resultados:
1. Os cistos no cérebro já tinham desaparecido
2. Não encontraram nada de anormal, nenhuma má formação
3. Realmente tinha uma arritmia, mas a médica disse que é do tipo que normalmente some até o fim da gestação. A cada 10 batidas, mais ou menos, o coração pulava em uma.
4. Tinha um pouco de fluido numa parte do coração. Mas a médica também disse que eles veem isso o tempo todo e normalmente some durante a gestação, conforme o feto vai se desenvolvendo.

  Aqui no Canadá o aborto é permitido. Portanto, em caso de suspeita de trissomia eles dão a opção de você fazer a amniocentese, pra ter certeza se o bebê realmente tem alguma síndrome. Algumas gestantes até fazem a amnio só pra ficar sabendo com antecedência e se preparar. Mas o exame tem risco de causar aborto, então na maioria dos casos só faz quem pensa em abortar se o bebê não for normalzinho.
  Como eu não abortaria em caso nenhum, não queria mesmo fazer a amnio. Ainda bem, porque a médica disse que o resultado do meu ultrassom foi ótimo e que eu teria que implorar muuuuito pra ela me deixar fazer uma amnio. Disse que é praticamente impossível um bebê com trissomia 18 apresentar todos os órgãos normais. Mas também disse que, tirando o problema genético de lado, ela recomendaria um novo ultrassom dali 2 semanas, pra acompanhar a arritmia.

  E assim, esta semana, com 23 semanas de gravidez, voltei no hospital pra mais um ultrassom. Dessa vez, tudo absolutamente normal. Nada de cistos em lugar nenhum, nada de fluido no coração e nada de arritmia. Ora ora ora. Foi uma mulher diferente que fez o ultrassom desta vez e ela me perguntou por que eu tinha sido encaminhada para lá (já que no hospital eles só atendem casos especiais, tipo problemas genéticos, suspeita de problemas genéticos ou má formação). Eu falei que tinham achado os cistos e a arritmia. E ela: "Sim, eu vi que acharam isso, mas por que te encaminharam pra cá?". Como quem diz: ãh, mas só por causa disso??? E a minha resposta foi bem essa, que encaminharam só por causa disso. E ela: "Ah, é? Ah, ok então".
  Depois desse ultrassom, também tinha consulta. Mas o médico não ficou nem 2 minutos na sala comigo. Perguntou se eu tinha alguma dúvida, claro, mas disse que tava tudo absolutamente normal, então... realmente não tinha o que se falar.


  Chegando em casa, fui no meu arquivo excel da gravidez do Nathan e vi que naquela época fiz o ultrassom da translucência nucal com 13 semanas e depois só fiz o morfológico com 22semanas e 6dias. Moral da história: se desta vez eu tivesse feito o morfológico também com 22semanas, já estaria tudo normal e eu nem teria ficado sabendo que algum dia teve fluido ou cisto em algum lugar.
  E só então dei um pouquinho de razão pras hippies que não fazem ultrassom. Porque por mais que a parteira e os médicos falassem que não precisava me preocupar, que provavelmente não era nada e tal, lógico que me preocupei. Logo que ficamos sabendo do resultado do 1o. morfológico, ficamos eu e o Alessandro gastando horas pesquisando sobre defeitos genéticos e sobre os tais choroid plexus cysts, dos quais até então eu nunca tinha ouvido falar. E pelo jeito, toda essa preocupação foi à toa. Humpf.

  O que a médica especialista me disse (naquele ultrassom com 20 semanas) é que toda semana ela atende no mínimo 3 gestantes cujos bebês têm esses cistos. Disse que é super normal e que provavelmente hoje eles são vistos com mais frequência porque os equipamentos são melhores. E como os bebês cuja única coisa de diferente são esses cistos acabam nascendo sem problema nenhum, eles volta e meia repensam essa política e pensam que deveriam simplesmente ignorar esse achado. Mas... por precaução, continuam avaliando, até que surja um novo estudo, melhor do que aquele. É, aparentemente foi tudo apenas uma grande perda de tempo.

  Bom, eu tô feliz de deixar esse assunto de lado e feliz que agora parece estar tudo bem com bebê. Mas... pelo sim, pelo não, vou querer uma boa avaliação do coraçãozinho dele depois que nascer. Just in case, né? Afinal, eu não sou do grupo das hippies. E devo ter nascido sem intuição. :-P