segunda-feira, 23 de abril de 2012

Bebê 2 - preparativos pra o chá

  Agora estamos chamando o bb2 de Tyler. Não adianta me perguntar se é definitivo, porque definitivo só depois que emitir a certidão de nascimento, hehehe. :-) Até lá tudo pode acontecer.
  Amanhã completo 31 semanas. Ou seja, já estou de 7 meses. A barriga me parece enorme e pesada. Bom, eu inteira me sinto enorme e pesada, embora só tenho engordado 7kg. Mas sempre me preocupo achando que esses 7 vão virar 14 da noite pro dia. Ainda mais com essa "vida social agitada" que eu estou levando, hehehe.
  É que eu fui num encontro de gestantes brasileiras e acabei conhecendo uma mulherada super legal! Mas o resultado disso é que surgiram encontros e vários chás de bebês pra ir e, nessas ocasiões, a comilança rola solta. :-) Ontem mesmo tivemos um encontro e comi esse pratinho light abaixo. Waffle com sorvete, chantilly, morangos e calda. Nham nham nham. E esse é um prato normal, não um pratinho. O negócio é gigantesco!

  Aliás, minhas amigas até me convenceram a fazer um chá de bebê. Eu não tinha nem cogitado a hipótese, afinal conhecia pouca gente aqui e, mais uma vez, estou longe da família. :-( Mas no fim acabei gostando da ideia, até porque não tive chá de bebê com o Nathan. Então marquei e vai ser no próximo domingo. Se alguém quiser vir, ainda dá tempo de comprar a passagem, hein? :-)

  Ainda bem que está perto, porque enquanto o dia não chego, eu não paro de inventar moda! Comecei fazendo o convitinho. Aí achei que não ia ter lembrancinha, afinal aqui não existem aquelas lojas que tem no Brasil, que você vai lá, escolhe, encomenda e espera ficar pronto. Mas aí uma amiga me falou que tinha um monte de coisinhas fáceis que eu mesma poderia fazer. Ihh, pra que foi cutucar a onça? Me empolguei, me inspirei e comecei a fazer as lembrancinhas. Achei que ficaram lindinhas, mas deram um bom trabalho e demorei mais de 2 semanas. Depois do chá coloco as fotos aqui. :-)
  Quando acabei as lembrancinhas, percebi que aqui não existem aquelas forminhas lindinhas pra colocar brigadeiro. Resultado: resolvi fazer forminhas! Desenhei um molde, escolhi a cor, imprimi, recortei, colei... Ufa! Acabei hoje de fazê-las. Amanhã começo os brigadeiros.
  Os salgadinhos já estão todos prontos. Semana passada duas amigas vieram aqui em casa e, além de me ensinarem uma massa deliciosa (muito melhor que a que eu sabia fazer), me ajudaram a fazer as coxinhas e pasteizinhos. Resultado: em um dia fizemos 200 salgados. Uau, ter ajuda é tudo!!
  Ah, também fiz aquelas plaquinhas onde a gente coloca o nome dos salgadinhos. Também fui eu que desenhei, imprimi, recortei e colei nos pauzinhos. Achei que ficaram bem lindinhas.

  Enfim, ainda bem que tá chegando o dia, porque senão certeza que eu ia continuar inventando, inventando, inventando, hehehe. E eu preciso me concentrar nas compras. Ainda preciso de carrinho, cadeirinha pro carro, babá eletrônica, kit berço, lençol pro berço... Ih, a lista ainda tá grande!! A única coisa que eu tenho um estoque gigantesca é fralda. Já tenho várias caixas, do tamanho 1 até o 4. Só falta tamanho recém-nascido. Mas cada item a ser comprado envolve uma pesquisa gigantesca da minha parte (por que eu tenho que ser tão analítica), então preciso de tempo pra me dedicar. Assim que passar o chá me concentrarei nisso.

  Enquanto isso sigo fazendo o pilates, que ajuda a controlar a dor nas costas. De vez em quando aparece dor no ciático, de vez em quando tenho cãibras noturnas, de vez em quando tenho azia... Enfim, uma gravidez normal. E de vez em quando, como agora, tenho sono. Então vou dormir. Até mais!


domingo, 22 de abril de 2012

Massagem para gestantes

  Ontem fui fazer uma tal de prenatal massage. Tinha recebido um folder (e um cupom) algum tempo atrás e ontem resolvi ir lá experimentar. Ahhhh, eu devia estar precisando muito, porque achei a melhor massagem do mundo, hehehe. :-)
  Interessante que aqui no Canadá tem formulários e termos de consentimento em tudo que é canto. No médico, no dentista, no quiroprata... Na massagista não é diferente. Você preenche o seu histórico médico, coloca suas queixas (se tiver) e assina o termo que explica que durante o "tratamento" o massagista vai colocar a mão em você, hehehe, mas se você preferir isso pode ser feito por cima do lençol. O papelzinho também diz que você permanece o tempo todo coberto, não vai ficar se sentindo "exposto" e só fica de fora do lençol a parte do corpo sendo trabalhada na hora.
  Realmente a massagista é bem cuidadosa, o tempo todo fica explicando o que vai fazer em seguida, pedindo permissão pra isso e aquilo. Tá certo, né? Ela deve lidar com gente de tantas culturas diferentes. Ela não tem como saber se vai ofender...

  Que diferente do Brasil! Lembro de uma vez que fui fazer uma massagem qualquer em um lugar novo, onde me falaram pra ficar só de calcinha. Aí tinha um toalhinha que ficava em cima do peito. A mulher foi fazendo a massagem no pé, nas pernas, nos braços, na barriga, aí de repente, sem nenhum aviso, arranca a toalhinha de cima do meu peito e começa a jogar uma de minhas mamas de uma mão pra outra, plof plof plof, como se estivesse brincando com uma bolinha. Argh, me senti mega desconfortável, exposta, invadida, detestei e nunca mais voltei lá. E a mulher com aquela cara de paisagem, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.

  Mas enfim, a minha massagem aqui foi ótima. A começar pela mesa, que tem um buraco pra barriga!!

  Sensacional, não? O buraco do peito eu pedi pra tampar, que o meu não tá mais dolorido. Mas matei a saudade de deitar de braços e achei uma delícia! O buraco não é um furo completo. Tem uma faixa que vai no buraco que pode ser colocado mais pra cima ou mais pra baixo, pra dar um pouco de suporte e não gerar desconforto nas costas. Quanto à massagem, o cliente que escolhe se vai ser no corpo todo, só nas costas/ombros, etc. E ela também pergunta se a pressão tá boa, se tá muito forte ou muito fraco. Eu quis a massagem completa, adorei e já tô morrendo de vontade de voltar lá. :-)
  Pena que a massagem aqui é tão cara... (1hora custa $79). Por outro lado, a massagista é registrada (aqui precisa registro pra tudo) e pelo plano de saúde do trabalho do Alessandro a gente pode pedir reembolso, êêêêêê. Claro que o reembolso tem um limite anual, que não é tão alto assim. Mas vai dar pra fazer umas 4 ou 5 massagens sem pegar, obaaaa. :-) Enfim, meninas grávidas, recomendo!

sábado, 21 de abril de 2012

Quer dizer que palmadinha, além de tudo, também traumatiza?

  Já escrevi aqui no blog sobre palmadinhas, tapinhas e como SEMPRE tem uma alternativa para educar e dar limites para uma criança. Incrível como volta e meia alguém aparece novamente no facebook defendendo, dizendo que às vezes é necessário. As pessoas parecem não entender o significado da palavra "necessário". Falam como se fosse o único jeito, a única alternativa. Não é. Nem estou discutindo se traumatiza ou não, se funciona ou não. Apenas afirmo, o tempo todo, que sempre tem outro jeito. Claro que o tal "outro jeito" às vezes demora muito mais pra fazer efeito. Então se me disseram que optaram por educar sim, que foi uma solução desesperada após noites sem dormir ou coisa parecida, beleza. O filho é seu, eu não tenho nada com isso. Mas só não digam que foi "necessário".

  Bom, esse era o meu pensamento até hoje. Eu sempre fui totalmente contra palmadinhas porque, se existe uma alternativa pacífica, óbvio que vou optar por ela. Por mais que me canse, que me estresse, etc. Mas sempre concordei com quem dizia que palmada não traumatiza. Pois é, mas aparentemente, essa história de que bater não traumatiza não é bem assim, não.

  Este site comenta sobre uma pesquisa que o Ministério da Saúde de Ontario fez aqui no Canadá em 1990 com 5000 pessoas. Coletaram vários dados populacionais e, entre outras coisas, perguntavam (sei lá por que) se a pessoa tinha apanhado na infância. Deixando claro aqui que, para a categorização abaixo, só consideraram as palmadas leves. Nada que pudesse ser considerado abuso ou deixasse marcas.
  Enfim, colocaram os dados em uma tabela e viram que no grupo dos que disseram que apanharam de vez em quando ou frequentemente na infância tinham muito mais gente sofrendo de ansiedade, depressão, alcoolismo e vícios. Vou copiar a tabela aqui, que números são legais. :-)

Adult disorder Never spanked Rarely spanked Sometimes/often spanked
Anxiety 16.3% 18.8% 21.3%
Major depression 4.6% 4.8% 6.9%
Alcohol abuse or addiction 5.8% 10.2% 13.2%
More than one disorder * 7.5% 12.6% 16.7%

  Por favor, quem não entende de estatística abstenha-se de comentários. Não me venham com aquele papinho bobo de "ah, eu apanhei e não virei alcoólatra". Nem eu nem a pesquisa está dizendo que todo mundo que apanha vai ter ansiedade, depressão ou virar viciado. Os números só sugerem que a probabilidade aumenta.
  Não dá nem pra dizer que a pesquisa foi tendenciosa, porque o objetivo da pesquisa era outro. Pelo que eu entendi, alguém apenas percebeu a aparente relação e colocou na tabela.

  Fico me perguntando o que está por trás disso... Será que realmente as palmadas vão fazendo um dano no lado emocional da criança? Será que ela vai se sentindo menos amada, menos compreendida?
  Ou será que os pais que batem já têm um perfil diferente? Afinal, se batem têm menos paciência, então talvez se dediquem menos aos filhos em outras áreas também. Talvez não conversem tanto, talvez não deem tanta atenção... Enfim, o problema não seria a palmada propriamente dita, mas ela seria um "sintoma" de pais que não são tão bons quanto poderiam.

  Bom, são muitos "serás" e muitos "sei lás". Mas digo isso: se você bater vai ser julgado e está correndo risco de prejudicar seu filho. Por outro lado, se você não bate e ainda assim dá limites pra seu filho usando outros métodos, ninguém nunca vai te dizer que você tá errado. Sucesso garantido! Então seja forte, respire fundo, conte até 1000, coloque protetor no ouvido e segure pela 800a. vez o seu filho que está se esgoelando e deixe a chinelada pra lá.
 

AMBER alert

  Estava dirigindo pra casa hoje e por um pequeno trecho de poucos minutos peguei uma rodovia. Nas rodovias sempre tem aqueles letreiros com mensagens que mudam conforme a necessidade. Avisam sobre congestionamentos, trechos bloqueados, gelo na pista, etc. Aí hoje tinha um tal de "Amber alert", que eu nunca ouvi falar. Fiquei pensando se seria alguma condição meteorológica esquisita... Pra mim amber era apenas uma cor, meio laranjadinha. Enfim, fui pra casa e esqueci do assunto.

  Aí agora à noite estava passando uma stand up comedy qualquer na tv, quando aparece na parte de baixo da tela uma mensagem falando do AMBER Alert. Aí eu descobri o que é. É um alerta de criança desaparecida que se acredita estar correndo risco. O alerta tinha a descrição da criança, da possível sequestradora, modelo e placa do carro. O alerta é veiculado em rede nacional, nos jornais, rádio, internet, etc.

  Achei interessantíssimo! Devem ocorrer poucos desaparecimentos assim, com motivos para se acreditar que a criança está correndo risco de vida. Senão a gente veria esses alertas o tempo todo, certo? Fui ler mais sobre o assunto na wikipedia e vi que existe esse tal alerta em vários países. Independente do sucesso do alerta, deve ser reconfortante pros pais saber que "algo está sendo feito".

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Como entreter seu toddler por 1 hora sem ter trabalho

Essa dica é muito útil para mães de toddlers! Então aí vai o passo a passo de como entreter seu filho.

1. Dê um grande pedaço de isopor para ele brincar.

2. Finja que ele não está fazendo uma bagunça gigantesca e aproveite para relaxar, ler um livro, etc.

3. Quando ele acabar de destruir o isopor (ou enjoar), coloque um aspirador de pó na mão dele e deixe que ele se divirta limpando sua própria sujeira.

4. Quando a limpeza terminar, guarde o aspirador de pó, cheque o relógio e fique feliz ao perceber que uma hora se passou. :-)

Desfalecendo e outras histórias do Nathan

  Não sei onde ele viu isso, mas o Nathan aprendeu a desmaiar. Dia desses estávamos nós três (Nathan+ papai + mamãe) brincando na cama dele, aí ele apoia as costas da mão na testa, faz um barulho tipo "uôôôu" e cai deitado na cama. E pra não deixar dúvidas do que ele estava fazendo, ele levanta, repete e segue levantando e repetindo o "desmaio" várias vezes seguidas, hehehe.
 
  O Nathan também gosta de brincar de angry birds. Ele tem dois passarinhos de pelúcia "oficiais"  do jogo. Às vezes ele brinca de arremessar o passarinho em mim ou no papai. Se bater em mim, eu tenho que cair. Às vezes eu já enjoei de brincar, não quero mais "ficar caindo" - até porque levantar com esse barrigão é um sofrimento - mas aí ele vem e fica empurrando meus ombros ou minha cabeça até eu brincar direito.
  Quando ele brinca sozinho, arremessa o passarinho e depois o cobre com escombros, igual no jogo, hehehe. Bom, deixa eu colocar algumas fotos. Acho que não tenho nenhuma com os passarinhos, mas aí vão outras fotos, então.



  Ele sempre leva o Bear pra passear. E assim como o papai o leva pra passear nos ombros, ele também leva o Bear nos ombros. :-) Essa foto de lado eu estava tentando fazê-lo posar pra mim, mas ele não entendeu o espírito da coisa e ficava virando de frente. 

  Esta é só pra mostrar o Nathan com sua camiseta preferida - laranjada!

    Aqui ele tá todo feliz porque aprendeu a trocar os dvds sozinho. :-)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Marcos do sono - adormecendo sozinho

  Sabe aquelas conquistas super normais, pelas quais todas crianças passam, mas quando acontece com seu filho pela 1a. vez você fica toda boba? Hehehe. Pois é, tivemos mais uma aqui.
  Semana passada fiz um playdate aqui em casa. 4 mulheres, 4 crianças, muita conversa, muita risada e muita alegria. Passamos a manhã, almoçamos e, mais ou menos às 13:00, o Nathan veio me pedir a titi (chupeta). Isso podia significar duas coisas: 1) sono ou 2) queria atenção. Xiiii. A hora era péssima. Uma das visitas estava quase indo embora, outra arrumando minha cozinha enquanto eu insistia pra ela que não precisava... Enfim, não era uma hora boa pra eu ir lá deitar com o Nathan até ele adormecer.
  Mas ele parecia realmente com sono, tava molinho, esfregando os olhinhos, então fiz rapidinho o ritual pré-cochilo: escovar os dentes, pegar chupeta, trocar fralda, tirar as meias, deitar na cama e cobrir. Aí ele pediu o Bear, ursinho dele. Procurei, levei pra ele e falei: "Nathan, a mamãe vai lá na sala que a gente tá com visita. Daqui a pouco eu venho aqui, tá?". Dei beijo e saí. Deixei a porta aberta, crente que logo logo ele ia sair da cama e ia vir atrás de mim, com chupeta na boca. Mas não veio, não. Ficou lá e eu ainda ouvi de longe ele conversando com o Bear, ou cantando, sei lá.
  Uns minutinhos depois percebi que ele parou de falar. Fui até o quarto na ponta dos pés, espiei e vi que ele tava quietinho, olhando pro infinito, olhinhos piscando. Voltei pra sala bem sorrateiramente, antes que ele me visse. Esperei mais alguns minutos, fui espiar novamente e... Uau!! Ele dormiu!! Sozinho!! Inédito! Que maravilha! Fechei a porta e pude ficar tranquila finalizando as conversas, arrumando a cozinha, me despedindo das visitas, etc.
  E minhas amigas todas elogiando: "Como ele é bonzinho! Como ele é tranquilo! Que gracinha!". Bom, ele é tudo isso e muito mais, hehehe. Mas não dá pra esquecer as vezes que ele demora mais de 1 hora pra adormecer. E a pobre mãe (ou pai) deitada ali do lado, olhando pro teto e torcendo pra pequena criaturinha dormir logo. :-P

  Claro que eu não espero que de hoje em diante vai ser só deitá-lo na cama, dizer boa noite e sair. Mas ainda assim achei bem legal. Pelo menos já sei que, se ele tá com sono e quer dormir, não preciso me preocupar com visitas.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Prenatal tour no hospital

  Fui fazer a visita no hospital onde irei (ou não) ganhar bebê. Logo que entro no hospital, tem um Tim Hortons no lado esquerdo e uma lojinha do lado direito. Bom, tá certo que eu não conheço muitos hospitais do Brasil (já fui em 3, talvez?), mas achei bem diferente. :-) Continuo andando e encontro o balcão de informações.
  Exatamente no horário agendado, chega a enfermeira que vai ser nossa "guia". Super simpática! Vamos andando, ela vai explicando, mostrando e procura sempre fazer pausas em lugares com cadeiras, pras gestantes sentarem. :-)

  Pra começar, ela explica que, no dia do parto, logo que você chega o ideal é você ir na recepção para fazer seu registro. Mas disse que se você estiver com contrações fortes, não tem problema, pode seguir direto para a área que chamarei de "central de parto" (birthing unit) e o marido/acompanhante ajeita a papelada depois. Chegando na central de parto, toque a campainha que uma enfermeira virá te acudir. Achei isso ótimo!!
  Ela também disse que a gente pode deixar o carro na área de desembarque com o pisca-alerta ligado. O marido acompanha a gestante e, só quando ela estiver devidamente instalada em uma sala de parto, acompanhada por um enfermeira, aí sim ele volta pra estacionar o carro. Perfeito!Você não fica sozinha em nenhum momento e não precisa lidar com burocracias entre uma contração e outra.

  A sala de parto não é a coisa mais linda do mundo. Afinal de contas trata-se de um hospital e, além disso, um hospital público. Não dá pra esperar decoração de hotel. Tem a cama (que sobe, desce, vira, torce, etc), vários aparelhos em volta e um sofazinho. Ah, um cd player também. Bolas de pilates estão disponíveis. Também tem banheira e chuveiro, mas ficam em uma sala separada. E só tem uma banheira, sendo que tem 6 salas de parto. A enfermeira disse que não é permitido dar à luz na banheira (ah, que peninha) e que normalmente não tem concorrência.
  Durante todo o trabalho de parto você fica acompanhada pela mesma enfermeira (e só por ela). Só bem no finzinho, na hora do parto, é que aparece algum médico pra acompanhar. Ah, claro, você tem direito a dois acompanhantes (normalmente marido + 1) também. Até crianças são permitidas!! Para quem vai ser acompanhada por parteira, como eu, não tem enfermeira. É só a gestante, a parteira e eventuais acompanhantes. E, um pouco antes do parto, vem a 2a. parteira. Ótimo! Só gente conhecida. :-)
  Ela disse que você pode comer e beber à vontade durante o trabalho de parto e também aconselhou trazer comida, porque à noite o Tim Hortons está fechado.
  Aí ela explicou o que acontece após o bebê nascer, se tudo correr bem. O bebê nasce e vai direto pro colo da mãe, para contato pele-a-pele. Se por acaso ele precisar de ressuscitação ou coisa parecida, a sala tem a aparelhagem necessária, então isso é feito ali mesmo. Aliás, qualquer outro procedimento é feito por ali também. O bebê não vai nunca pra longe da mãe. Bebê e mãe ficam a 1a.hora nessa sala de parto. Visitas são permitidas (mesmo que o bebê nasça às 3 da madrugada), mas desaconselhadas. A enfermeira explicou que é muito importante que o bebê fique junto dos pais na primeira hora, principalmente para a 1a. mamada, que quanto antes acontecer, mais facilita a amamentação. Fora que ainda tem o "parto da placenta". :-) E com visitas é sempre mais difícil. Elas querem segurar o bebê colo, a mãe pode ficar inibida, com vergonha, etc.
  Tem um questionário que a gente deve preencher e levar junto no dia do parto. Nele você escolhe quem vai cortar o cordão, quem vai dar o primeiro banho, se quer usar roupinhas do hospital ou suas próprias roupas, se pretende ter um parto natural ou com anestesia e por aí vai. Qualquer outra requisição você coloca junto com esse questionário. Se você quer comer sua placenta, imagino que este seja o lugar pra dizer. :-P

  Passada a 1a.hora, você vai para o quarto pós-parto. Esse já não é um quarto privativo, é para 4 mulheres. Se você quer um privado, tem que pagar. Se não me engano, a diária é de $150. Típico quarto de hospital. Cama, bercinho, sofá-cama pro acompanhante dormir, micro-ondas, tv... É, tipo isso. Nessa ala do hospital tem a sala para cuidados especiais (uma espécie de uti, pelo que entendi) com incubadoras. Ainda nessa ala tem um "family centre", que é basicamente uma sala de espera, para a família que está na torcida. :-) Lá tem cadeiras, tv e uma casinha/castelinho para crianças brincarem. Acho que vi alguns brinquedos também, mas não tenho certeza...
  Na área onde ficam os quartos das mães/bebês o acesso é restrito. Tem que tocar um interfone, se identificar e só então alguém abre a porta. Questão de segurança. Também aconselham que a mãe nunca deixe o bebê sozinho, mesmo em quarto privativo. Se for tomar um banho e não tiver ninguém junto, ela deve levar o bebê na sala de cuidados especiais e deixar aos cuidados de uma enfermeira. Ela vai checar as pulseirinhas de identificação tanto na hora de deixar quanto de buscar.

  Bom, acho que é basicamente isso. Achei super legal esse cuidado de incentivar o vínculo mãe-bebê na 1a. hora, manter o bebê sempre perto da mãe, deixá-la à vontade durante o trabalho de parto pra comer, beber, andar, sentar na bola, etc... Enfim, todas essas coisinhas que aqui são a coisa mais normal do mundo, mas que ainda me espantam porque no Brasil é muito diferente. Se o Nathan tivesse nascido aqui, não teria passado as 6 primeiras horas de vida longe de mim. Snif... :-(

  Mas enfim, agora já estou cadastrada no hospital, já conheço o lugar e fiquei com uma boa impressão. Se o meu bebê nascer lá, vou chegar tranquila e confiante de que serei bem atendida. Agora é só esperar cerca de 78dias...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Enganando o seu filho

  Quando a gente tem filhos pequenos, a gente sempre os engana, né? Falamos coisas tipo:
"Ah, acabou a bolacha"
"Hoje não dá pra ir na piscina, está fechada"
"Não sei onde está sua chupeta"
  Pois é, mas chega uma idade que essas táticas não funcionam mais. Acho que não tô conseguindo mais enganar o Nathan em nada.

  Esses dias fomos ao mercado. Logo na entrada tinha uma montanha gigantesca de cookies. Era justamente o da embalagem azul, que eu normalmente compro e ele conhece muito bem (e adora). Rapidamente fiz uma curva estratégica pra direita e tentei distraí-lo com alguma outra coisa, como eu sempre fazia ("Isso, cookie. Vamos ali pegar laranja?". Mas dessa vez não deu muito certo. Não sei se fazia muito tempo que ele não comia e estava com saudade, ou se estava com fominha, mas ficou repetindo sem parar "Cookie! Cookie! Cookie!". Aí tentei outra tática. Como já estávamos longe da pilha, falei pra ele: "Na hora de ir embora a gente pega, quando passar lá perto dos cookies de novo, ok? Você lembra a mamãe?".
  Continuamos fazendo as compras normalmente e, ao chegar no caixa, eu já tinha esquecido completamente dos cookies. Mas se tivesse lembrado, também ia fingir que não. Enfim, paguei a conta e, quando estávamos passando pelas portas do mercado, o Nathan fala "Cookie!". Danadinho... Não é que levou ao pé da letra o que eu falei? Quando saímos do mercado e ele viu que estávamos indo pro carro (ou seja, "hora de ir embora"), me lembrou dos cookies, como eu tinha falado. Bom, como eu sou a favor de sempre cumprir as promessas, guardei as compras no carro, voltamos pro mercado e compramos os cookies. Ele mereceu, né? :-)

  O Nathan gosta muito de carne e frango. Sempre dei misturada com arroz e legumes, mas nos últimos meses ele só pescava a carne e deixava o arroz. Então o que eu fazia pra evitar isso era servir primeiro o arroz com legumes. Quando ele parava de comer, aí eu trazia a carne. Mas... não dá pra enganar um toddler pra sempre. Hoje levei o arroz com abobrinha pra ele (e uns 10 dias atrás ele ainda comeu feliz e contente), que olhou pra mim e perguntou: "Cai?" (sua palavra pra carne). Eu não podia falar que não tinha, porque depois eu ia aparecer com o frango. É, essa tática também não funciona mais. Tem dias que realmente eu não faço carne, mas ele não é bobo e já percebeu que, quando tem arroz, normalmente a carne vem em seguida.
  Bom, aí o jeito foi dar o frango pra ele. Mas dei pouco e deixei o arroz em cima da mesinha dele, junto com um pote de abacaxi picado. Só 1hora depois de comer o frango foi que ele comeu umas 2 colheradas de arroz, mas aí resolveu que abacaxi era mais gostoso e comeu tudo.

  E aqui vai uma foto do meu mocinho, todo sujo e feliz comendo uma pizza:

terça-feira, 3 de abril de 2012

A cor preferida

  O Nathan agora resolveu que gosta da cor laranja, que ele chama carinhosa e economicamente de "ja". Ele só tem uma camiseta laranja, mas sempre que a vê no guarda-roupa ele pede pra usar. Aí ele usa, suja e tem que esperar uma semana inteira, porque eu só lavo roupa uma vez por semana, na 5a.feira. Logo, 6a.feira é dia de usar laranja, hehehe.
  Aí hoje eu, por acaso, estava com uma blusa laranja. Quando ele me viu... "Ja! Ja!". Queria achar a camiseta dele pra usar laranja também. Xiiii. Estava suja. Consegui convencê-lo a usar uma azul (ele gosta de cores que ele sabe falar, hehehe; azul ele fala direitinho), mas acho que preciso comprar mais coisas laranjadas pra ele. :-)

domingo, 1 de abril de 2012

Nova gravidez, novas dores, novas compras

  Como a minha memória é ruim. A 1a. gravidez não tem nem 3 anos e eu já esqueci tanta coisa! Ainda bem que escrevi um diário naquela época, aí de vez em quando vou lá ler e fico comparando pra ver o que escrevi na semana correspondente.
  Com 27 semanas (é a que estou agora) eu estava me sentindo bem, mas quando andava muitas horas (normalmente no shopping) sentia dores no calcanhar e nas panturrilhas. Já nesta gestação, se eu ando bastante sinto dores no ciático e às vezes na junta do quadril. Sempre na perna direita. Estranho e ruim. Essa dor no ciático é um saquinho. Além de doer beeem mais que uma dorzinha-de-andar-demais-no-shopping, ela é muito mais duradoura. Naquela época, eu chegava em casa, colocava as pernas pra cima e beleza. Algumas horinhas e já ficava tudo bem. Já essa dor ciática às vezes demora vários dias pra passar. E quando dói, parece que nada alivia.
  Mas enfim, agora é tudo mesmo mais complicado. Primeiro, volta e meia tenho que pegar no colo ou carregar um lindo e fofinho peso de 13kg. E segundo, quando chego em casa cansada, o pesinho não me deixa ficar tranquila no sofá, com as pernas pra cima. Mas pelo menos o pilates tem ajudado bastante. Às vezes estou com um pouquinho de dor na lombar, aí vou no pilates e volto sem dor.
 
  Também tenho outras comparações para fazer. :-) Minha barriga está 3cm maior (88cm x 91cm) do que na 1a. gestação e eu ganhei 1,5kg a mais. E realmente ela parece tão enorme e pesada, uf!!! Eu fico olhando as fotos da gravidez do Nathan e realmente ela estava beeeem menor. Oh well, não aparecendo estrias, tá tudo ok.

  Hoje fomos na Babies R Us, para tentar finalmente comprar o berço do bebê. Faz tempo que eu olho, olho, olho, mas ainda não tinha chegado a uma conclusão. Também tava de olho nas promoções que apareciam, mas sempre tinha algum detalhe que me fazia desistir. Tipo, às vezes eu gostava do berço que tava em promoção, mas não tinha cômoda que fazia joguinho.Ou tinha, mas eu não gostava da cômoda. Ou a cômoda era ótima, mas o berço sem graça. Ou então o berço e a cômoda eram ambos lindos e baratos, mas... só tinha na cor branca.
  Aí hoje o Alessandro foi comigo na loja, pra ver se conseguia me dar um empurrãozinho, mas ainda assim foi difícil, porque a vendedora tava perdidaça!!! Ficava ligando pra gerente o tempo todo, não conseguia encontrar os preços, não conseguia ver se o produto tinha em estoque, não conseguia ver quanto tempo demora pra chegar, não sabia calcular o desconto pra compra de mais de uma peça... Enfim, depois de tantos telefonemas a gerente acabou vindo pessoalmente atender a gente. Ainda bem, porque a vendedora tinha errado um monte de coisa. Por exemplo, um berço que ela tinha falado que ia demorar 10semanas pra entregar, eles tinham em estoque (tsc tsc tsc).
  Depois de muita enrolação, finalmente escolhi o berço e a cômoda! Mas nisso já eram 18:55 e a loja fechava às 19:00. Como os trâmites podem ser demorados (ainda mais com essa vendedora) e aqui o pessoal não fica nem um segundo a mais após o horário de encerramento, ela disse que ia marcar tudo como reservado e fiquei de voltar lá amanhã pra efetuar a venda e trazer as coisas pra casa. Obaaaaa, não vejo a hora de começar a montar o quartinho. Aí posso partir pros próximos passos, que são a poltrona de amamentação e o kit berço.

  Ah, hoje também teve aqui em Burlington uma espécie de feira de coisas usadas de bebê/criança. Fui lá com uma amiga e foi ótimo!! Acabei comprando uma cadeirinha de alimentação por $15 (nova custa mais de $100) e também uma daqueles swings (cadeirinhas-balancinhos) que você coloca o bebê e ela se auto-balança. :-) Também já vem com um mobile de ursinhos em cima e toca musiquinha. Ah, e tem 6 velocidades, hehehe. Essa nova custa uns $150 e eu paguei $35. Tá ótimo, né? Esse é o tipo de coisa que compensa muito comprar usado!!
  Aliás, o swing acho que só assim. Se fosse pra comprar novo, não teria coragem de comprar esse modelo. Provavelmente teria escolhido um daqueles mais simples. Ou não teria comprado cadeirinha nenhuma, que também não é a coisa mais essencial do mundo. O Nathan nunca teve uma, por exemplo.
  Claro que com o 2o. filho isso me parece bem mais útil. Afinal, muitas vezes passei fome (e/ou fiquei apertada pra ir no banheiro) porque o Nathan tava chorando e eu não queria deixá-lo chorando no berço ou no carrinho para cozinhar/comer. Mas agora não vou poder simplesmente ficar com o bebê no colo, passeando, ninando e esperando que ele durma, porque dessa vez vai ser o Nathan que vai chorar de fome, hehehe. Mas estou otimista! Acho que o swing vai ajudar e o próprio irmão mais velho deve servir de entretenimento para o mais novo. :-)

  Bom, mas deixa eu fazer mais algumas pesquisas, que ainda não decidi se compro junto com o berço a mesinha de cabeceira, ou se deixo pra depois, ou compro outra mesa qualquer.