quarta-feira, 23 de maio de 2012

Hypnobirthing, o livro (post 3 - O Poder da Mente)

  Este capítulo não tem muitos trechos especiais que me chamaram a atenção, então em vez de traduzir vou só fazer um resumão bem livremente sobre o assunto.
  Na verdade,  eu sempre tive um pouco de preconceito com essa história de poder da mente.Talvez porque eu colocava muita coisa no mesmo saco, inclusive aqueles papos de mover objetos com o poder da mente e coisa e tal.
  Mas neste livro, quando se fala em poder da mente, fala-se de coisas reais, fisiológicas, comprovadas cientificamente. Aliás, quer coisa mais comprovada que o efeito placebo? Todo mundo sabe que é real. Pessoas melhoram e até se curam simplesmente por autossugestão, por acharem que estão recebendo um remédio. Acho isso tão incrível!! Mas é real. Nosso cérebro controla todo o nosso corpo. A gente não tem ideia de tudo o que ele é capaz de fazer.


3. O Poder da Mente
  Neste capítulo, a autora fala de uma experiência feita por um tal de Pavlov (aparentemente é um exemplo famoso e eu que não sei, hehehe). Ele tocava um sino e depois levava comida pros cachorros. Com o tempo, era só tocar o sininho que os cachorros começavam a salivar. Ou seja, algo que os cachorros apenas "sabiam", em suas mentes, provocava uma resposta fisiológica - a salivação.
  Ela também comenta algo bem óbvio, a excitação sexual. O desejo, que é algo psicológico e está apenas em nossas mentes, leva a efeitos físicos no nosso corpo (ereção ou lubrificação vaginal). Não tem nada de mágico ou sobrenatural nisso. Novamente é a nossa mente, nossos pensamentos, levando a manifestações físicas em nosso corpo.
  Bom, pensando no parto, fica claro onde vamos chegar, certo? Se durante toda a nossa vida, pessoas, filmes, amigos e família nos contam que o trabalho de parto dói, que as contrações são a pior dor que existe na vida, a relação de causa-efeito fica gravada em nossa mente. Assim como os cachorros que "sabem" que a comida está chegando e a boca deles já prepara a saliva, ao começar o trabalho de parto, a mulher "sabe" que vai sofrer e seu corpo reage de acordo e realmente a dor vem.
  Para ilustrar melhor como isso é possível, ela fala daqueles jogadores que se machucam durante uma partida, mas enquanto o jogo tá rolando (ou pelo menos a jogada), não sentem dor. Só depois, quando tudo acabou, é que percebem que estão sangrando, ou que quebraram algum osso. A motivação ativa hormônios poderosos no corpo.
   Por isso tudo, a autora recomenda que as gestantes leiam diariamente a afirmações ou histórias de partos gentis, tranquilos, para condicionar a mente (e corpo) a pensarem e atuarem de outra forma.
 
Auto-hipnose
   Os filmes fazem um grande desserviço pra população quando se trata de hipnose. Eu mesma achava que era algo bem bobo ou impossível. Mas também, quando penso em hipnose lembro de historinhas da turma da mônica, em que o Cebolinha hipnotiza a Mônica para que ela lhe entregue o coelhinho, rsrsrs. :-)
  Mas agora aprendi que alguém em estado de hipnose não faz nada que seja contra sua moral e princípios. Se tentassem sugerir algo assim, a pessoa entraria em estado de alerta e sairia da hipnose. Também aprendi que é uma prática aprovada há muito tempo pelas associações médicas e tem benefícios pra muitas coisas. Já ajudou pacientes a sentirem menos dores da quimioterapia, a parar de gaguejar, a parar de roer as unhas e por aí vai.
  A autora diz que esse estado de "hipnose" que ela prepara as mulheres para ficar no trabalho de parto é um estado de muito relaxamento, mas a mulher está no controle, ouve tudo que está à sua volta, etc. Ela percebe que está tendo as contrações, mas passa por elas confortavelmente, sem dor, sabendo que o corpo está fazendo seu trabalho e que os músculos trabalham em harmonia. O foco deve ser apenas em respirar, relaxar e se manter calma.
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  Será que a minha mente é mesmo assim tão poderosa? Engraçado que no meu 1o. parto eu acreditava 100% na possibilidade de um parto sem dor. Até porque a minha doula era um exemplo dessas mulheres que teve um parto sem contrações terríveis. E ela é uma pessoa tão doce, tão calma, tão zen... Eu também nunca fui ansiosa, então me espelhava nela e acha que ia ter a melhor experiência possível, sem anestesia, sem nada.
  Depois de ter sentido dor no meu 1o. parto, já é mais difícil pra mim acreditar que vou passar ilesa. Estou tentando convencer a mim mesma de que é possível. Por que não? E só usar o poder da mente.
 

Nathan - 2 anos e meio

Antes de ontem o Nathan completou 2 anos e 6 meses. Mais fofo do que nunca!!

O Nathan gosta de brincar de cachorrinho comigo. A brincadeira é assim: ele pega uma argola, joga e eu tenho que ir buscar. De quatro, é claro. Pegar a argola com a boca, é claro. E ainda dar uns latidos ao longo do caminho, é claro. Ele joga e fala algo do tipo "Pega, auau!!". Agora imagina eu brincando disso com um barrigão de 8 meses! Que delícia! Mãe sofre. :-)

Outra brincadeira que ele gosta é esconde-esconde (alguém corrige essa palavra, por favor, que estou com preguiça de pesquisar se tem hífen ou não). Por algum motivo, ele gosta de brincar disso quando estamos lá embaixo, na lavanderia. Ele vira pra parede, esconde os olhos, espia pra ver pra que lado eu fui e conta até dez (um, dois, um, quatro, deeeeeez!). "Here I go!". Mas eu não posso me esconder muito bem, senão ele começa a ficar preocupado que eu sumi. Esses dias me escondi dentro do banheiro da lavanderia. Mesmo com a porta aberta, ele não foi procurar lá dentro. Aí ficou falando "Mãe? Mamãe? Where are you?". Eu percebi que ele tava ficando com uma voz tristinha e saí, mas depois disso ele não quis brincar mais e ficou grudado em mim o tempo todo. Então agora, quando eu me escondo, sempre deixo um braço, parte da cabeça ou qualquer coisa à vista. Ele fica todo feliz quando me encontra, morre de dar risada. É uma gracinha. :-)

Ele parece estar com ótimos reflexos. Eu jogo uma bolinha pra ele rebater com o taco de baseball e ele acerta várias vezes!

Agora que comprei forminhas, estou fazendo picolés em casa. O Nathan adora!! O primeiro que fiz foi de raspberry. Depois abacaxi. Totalmente natural, sem conservantes, corantes, adoçantes e outros antes. Aí consigo dar pra ele tranquilamente, sem peso na consciência. Olhem as fotos abaixo. A segunda achei que ele ficou com uma cara bem engraçada, hehehe. Aí ele ainda estava bem cabeludinho, mas agora já tá com o cabelo mais curtinho de novo. Eu acho mais bonitinho comprido, mas ele reclama. Quando sai do banho e a gente coloca a toalha com capuz, ele fica "ai ai ai".


  Finalmente compramos o carrinho do bebê!! Quer dizer, o carrinho que um dia será usado também pelo bebê. :-) É um carrinho duplo, com um monte de opções diferentes de combinações. Por enquanto está só com um assento, porque o Nathan gostou muito dele e já está usando. Aliás, ele adorou aquela plataforma pra ele ir de pé, segurando na barra. Pra quem não entendeu essa história de ir de pé, aqui vai uma foto:

    Legal, né? Aí, quando o bebê nascer, esse assento fica um pouco mais pra frente e o bebê conforto encaixa direto no carrinho. Aí é bom porque, quando o bebê estiver dormindo, vai direto do carrinho pra base no carro e vice-versa. Já o Nathan pode escolher se vai em pé ou sentado.

  Ah, acabei levando o Nathan em uma espécie de consulta informal com uma especialista em patologias da fala. Ela fez um monte de perguntas, conversou com o Nathan, leram livrinhos, aí com isso ela foi avaliando. No fim, disse que ele realmente está atrasado em relação à média das crianças da mesma idade. Até aí, nada de novo pra mim. Afinal, foi por isso mesmo que o levei lá. :-) Mas pelo jeito não tem nada de preocupante e não parece ter nada de errado com a língua dele ou audição.
  Ela me ensinou algumas técnicas pra incentivá-lo a falar mas, novamente, é tudo o que eu já faço. Bom, claro que não 100% e talvez não o tempo todo porque enjoa. :-) Mas procuro sempre narrar o que estou fazendo, converso sobre o que fizemos durante o dia, faço perguntas que precisem respostas diferentes de sim/não e por aí vai. Também mantenho a consistência e só falo português com ele, independente da língua que ele responda. Finalmente, ele entrou na fila de espera pra fazer o tratamento lá na clínica especializada em distúrbios da fala.
  Como a espera atualmente é de 9 meses (!), achei uma boa ideia deixá-lo na fila. Aí daqui 9 meses eu decido se realmente precisa de alguma intervenção ou não. Achei uma boa, porque ano que vem é o ano que ele começa no jardim de infância, em setembro. Se ele ainda estiver muito atrasado nessa época, provavelmente vai atrapalhar a interação com as outras crianças e ele pode acabar ficando chateado e desmotivado com a escolinha. Então, se ele começar alguma "terapia" em fevereiro, dá tempo de ter progressos até setembro. Me parece uma boa estratégia.

Bom, a fome tá batendo aqui, então outra hora eu volto pra contar mais peripécias do Nathan.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Um dia esquisito

  Ontem tava um dia lindo de primavera. Sol e temperatura 26 graus. Portanto, fomos andando até o parque, lógico. Como sempre, o Nathan correu atrás de esquilos, fez bolhas de sabão, ficou olhando os barcos no lago, foi no parquinho, correu só por correr e se divertiu muito.
  O Alessandro estava junto, então eu tentei ficar mais sentada, mais olhando, já que a minha dor do lado esquerdo da "pelvic joint"  piorou muito nos últimos dias e eu estava começando a ficar preocupada. Se for uma dor que vai embora quando o bebê nasce tudo bem, mas andei lendo que, se não tomar cuidado durante a gravidez, pode virar uma lesão séria e a dor me acompanhar por muito, muuuuuito tempo. Bom, 4a.feira tenho consulta e aí vou perguntar direitinho pra minha parteira. De repente não é nada tão terrível e estou me preocupando à toa.
  No fim da tarde, o Alessandro e o Nathan queriam pizza, então voltando do parquinho já fomos direto pro estacionamento, pegamos o carro e fomos comprar. Nisso eu já me arrependi de não ter ficado em casa. O chacoalhar do carro estava me fazendo ter contrações. Na verdade, na volta do parquinho já estava tendo contrações. É só andar um pouco mais rápido que elas aparecem. Mas enfim, fomos lá, encomendamos a pizza e pegamos pra comer em casa.
  Quando estávamos chegando em casa, comecei a passar mal, parecia que estava com náuseas, vontade de vomitar. Quando estacionamos, falei pro Alessandro que eu já ia subindo. Mas aí, quando cheguei na frente dos elevadores, senti a pressão caindo, percebi que ia desmaiar, então deitei ali no chão, mesmo. Sabia que mais cedo ou mais tarde o Alessandro ia ter que passar por ali. Mas até ele tirar tudo do carro, desdobrar carrinho, pegar pizza, Nathan, tudo e chegar onde eu estava, já tinha passado um tempinho e eu já estava melhor. Já dava pra levantar e andar.
 Não sei exatamente por que passei mal, mas acho que foi fome. Já eram umas 20:30 e, tirando o almoço, eu só tinha comido 4 quadradinhos de chocolate às 15:00. Bom, pelo menos a partir de agora vou evitar ficar muito tempo sem comer. Hmmm, na verdade eu já faço isso. Esse dia que falhou, mesmo.
  Bom, comecei a comer a pizza, mas aí outra coisa estranha tava acontecendo: uma contração atrás da outra. Ficou mais de meia hora assim. Mas elas não doíam nada (bom, incomodavam um pouco), o Tyler continuava se mexendo na barriga, então eu sabia que não era trabalho de parto. Mas, pelo sim pelo não, depois de comer fui deitar e descansar um pouco, aí elas passaram. Ufa! Acho que foi um dia cansativo pro meu pobre e velho corpinho de grávida.
  Ah sim, antes do parque eu já tinha ficado 1hora passando roupa. Eu e o Alessandro também colocamos o border no quarto do Tyler. Ficou bem bonitinho. :-) Talvez essas coisas tenham me cansado e contribuído pra eu passar mal.

  Outra coisa estranha é que, depois de tudo isso, a dor que eu sentia do lado esquerdo na região pélvica sumiu. Quer dizer, sumiu não. Voltou ao que estava 2 semanas atrás, de só doer de vez em quando, dependendo do movimento que eu fazia. Por outro lado, a dor ciática do lado direito, que tinha ido embora faz algum tempo, voltou com força total. Não consigo dar um passo sem sentir uma pontada. Tô até preocupada, achando que o bebê mudou de pose. Aiai, só espero que ele continue com a cabecinha pra baixo. :-( Ainda bem que falta pouco pra 4a.feira!!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Mais um item pro quarto do Tyler

  Os preparativos estão meio lerdos nos últimos dias. Só continuo lavando as roupinhas do Tyler. Naquele processo longo, demorado e doloroso... Põe água na mini-máquina, espera 15 minutos, tira a água. Põe mais água pra enxaguar, 15 minutos, tira a água. Repete o processo de enxágue. Torce tudo. Pendura. Espera secar. Despendura e põe na gaveta. Depois ainda tem a fase de passar. Essa máquina portátil que estou usando pra lavar a roupa só aguenta 2,5kg. Então tem que fazer váááárias lavagens.
  Tô com o border aqui, mas domingo, quando fomos colocar na parede, ele não grudou. O do quarto do Nathan foi tão facinho, achei que seria igual, já que ambos afirmavam ser "pre-pasted". Mas como esse não grudou, vou ter que arrumar essa tal de border paste. E agora tá difícil de achar dia pra sair sozinha, porque o Alessandro voltou a fazer academia 2a., 4a. e 6a. Como na 5a.feira eu tenho pilates, o único fim de tarde/começo de noite que sobra é 3a.feira. Mas esta semana, nesse dia teve na minha clínica de pré-natal uma noite para falar sobre Parto Domiciliar e nós fomos. Enfim, hoje já é 4a. e continuamos sem a tal cola.
  Continuamos também sem o carrinho, sem a cadeirinha pro carro e sem poltrona de amamentação. Também queria comprar um tapete. Ainda preciso comprar uma barra pra pendurar o treco da cortina. A decoração da parede também não chegou. Maaaaaaaaaaas, nem tudo está perdido! Um item ficou pronto! Não chegou, mas ficou pronto, hehehe. É o kit higiene. Olhem a fotinha dele, achei que ficou bem lindinho:

  Encomendei no Brasil e minha mãe vai trazer pra mim, ebaaaa!! Hmmm, eu ia escrever mais alguma coisa (ou coisas) mas agora esqueci. Bom, vai só isso mesmo, então.
 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Hypnobirthing, o livro (post 2 - como o medo afeta o parto)

Dando sequência ao post de ontem, vou descrever as partes principais de mais um capítulo do livro Hypnobirthing, de Marie Mongan.

2. Como o Medo Afeta o Parto
  A autora diz que "a crença na dor em torno do parto é tão grande que, em vez de questionar a validade do conceito, existem apenas esforços no sentido de racionalizar sua importância e atribuir motivos e propósitos a ela."
 Para alguns, a dor é um sinal que te alerta, para que você saiba que está em trabalho de parto. Outros sugerem que você encare a dor do parto como uma dor amiga. Outros reverenciam a dor do parto, a vendo como um veículo por meio do qual a mulher atinge o empoderamento da maternidade. Para muitas mulheres, esses argumentos não são convincentes. Dor é dor e pronto.
 
  Ocasionalmente alguém pergunta a Mongan por que os seres humanos não parem seus bebês assim como cães, gatos e outros animais, que não parecem sofrer. Ela então comenta que cavalos e outros animais atrasam o início de seus partos ou os "desligam" quando não se sentem confortáveis em seu ambiente ou se sentem em perigo. Não seria razoável, então, supor que os corpos das mulheres têm a mesma capacidade?
  Comentário meu: Achei isso interessantíssimo. Volta e meia leio relatos de partos em que mulheres estão em casa, dilatando, o trabalho de parto evoluindo, aí chegam no hospital e.... tudo trava! As contrações ficam mais espaçadas, a dilatação estanca, etc.

O seu Maravilhoso Dispositivo de Parto: o Útero
  Há 3 camadas de músculos no útero. As 2 camadas que nos interessam são: 1) a camada externa, com músculos verticais e 2) a camada interna, com músculos horizontalmente circulares (circundando o bebê).
  Os músculos circulares da camada interna são encontrados na porção inferior do útero. Quanto mais perto do cérvix, mais grossos eles são. Então, para que o útero se abra e o bebê desça, esses músculos grossos da porção inferior precisam relaxar e afinar.
  Os músculos mais fortes da camada externa do útero são fibras verticais, mais concentradas no topo, subindo pela parte de trás do útero. Conforme esses músculos vão contraindo e elevando os músculos circulares no colo do útero, eles fazem com que o cérvix vá se tornando mais fino e vá se abrindo. Como em um movimento de onda, os longos músculos encurtam e se flexionam para ir empurrando o bebê pra baixo, através e para fora do útero.
  Quando a mulher está confortável e relaxada, esses dois conjuntos de músculos trabalham em harmonia, da forma como deveriam. Os músculos verticais empurram o bebê pra baixo e os músculos circulares relaxam e se abrem, dando espaço para que isso aconteça. A cérvix vai afinando e abrindo. O parto ocorre suave e facilmente.
  Comentário meu: a autora ensina técnicas de respiração que, segundo ela, se harmonizam com e facilitam o trabalho desses dois grupos musculares. Segundo ela, isso ajuda a diminuir a duração do trabalho de parto.

Medo: o Inimigo da Sala de Parto
  Para entender o efeito do medo, é preciso entender o funcionamento do Sistema Nervoso Autônomo, que cuida de músculos e impulsos fora do nosso controle consciente. Ele é composto por 2 subsistemas: 1)Sistema Simpático e 2)Sistema Parasimpático.
  O Sistema Simpático entra em ação quando estamos estressados, assustados ou com medo. Faz parte do nosso mecanismo de defesa e cria a resposta de "lutar, fugir ou travar". Quando esse sistema é ativado, as pupilas se dilatam, o coração bate mais forte e mais rápido e algumas atividades corporais, como a digestão, são suspensas. Artérias que vão para órgãos não essenciais são "fechadas". O corpo se prepara para lidar com emergências e perigo. Essas atividades colocam a pessoa em estado de alerta.
  Já o Sistema Parassimpático é o que está ativo em situações normais (o ideal seria entre 95 a 98% do tempo).
  Para entender a relação com o parto, é preciso lembrar que o Sistema Simpático responde não só a ameaças reais, mas a qualquer coisa que seja "percebida" como ameaça. (Comentário meu: tipo quando a gente assiste um filme de terror, toma um susto e o coração acelera). Então, se ao iniciar o trabalho de parto a gestante está com medo e estressada, o seu corpo já se coloca em modo de defesa e começam a ser liberados hormônios do stress, como as catecolaminas.
  No caso do parto, as opções fugir e lutar não se aplicam, então o corpo escolhe a terceira opção: congelar. Como o útero não faz parte do mecanismo de defesa do corpo, o sangue é desviado dele e direcionados para as partes do corpo envolvidas com a defesa. Ou seja, as artérias que levam ao útero ficam tensas e contraem, restringindo o fluxo de sangue e oxigênio. Enfermeiras e parteiras contam de terem visto, em mulheres que dão à luz com muito medo, que os úteros dela estavam esbranquiçados, igual uma pessoa assustada fica com o rosto pálido.
  Com oxigênio e sangue limitados, vitais para o funcionamento dos músculos do útero, as fibras circulares no colo do útero também ficam tensas e contraem, em vez de relaxar e abrir como deveriam. Os músculos verticais, por sua vez, continuam tentando forçar as fibras circulares pra cima, fazer com que elas se abram, mas os músculos inferiores resistem. O cérvix se mantém fechado.
  Quando esses dois conjuntos de músculos trabalham um contra o outro, isso causa uma dor considerável para a mãe em trabalho de parto. A situação também pode ter um efeito adverso no bebê. Os músculos superiores empurram pra baixo, forçando a cabeça do bebê contra os músculos circulares que estão fortemente fechados lá embaixo. Oxigênio limitado também significa que o suprimento de oxigênio para o bebê pode ficar comprometido. Se o trabalho de parto se estende muito, isso pode ser uma causa de preocupação.

Fim do capítulo.
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  Pra mim esse é o melhor capítulo do livro. Explica muita coisa! É um dos motivos pelos quais algumas mulheres passam horas, horas e mais horas em trabalho de parto, sem conseguir acabar de dilatar tudo o que precisam. Afinal, como a autora mostrou no capítulo anterior, os registros históricos bem de antigamente falam que os partos eram muito mais rápidos, geralmente menos de 3 horas.
  Também explicam por que algumas mulheres evoluem super bem enquanto estão em casa, mas é só chegar no hospital que travam, param de dilatar, algumas param até de ter contrações. O mais legal é que, pra alguma delas, é só voltar pra casa que o processo começa todo novamente. :-)

  Enfim, acho que eu devia ler esse capítulo todos os dias. Lembrar sempre que meus músculos sabem o que fazer, eu só preciso não ficar no caminho e não atrapalhar. Tentar o máximo possível relaxar, visualizar os músculos circulares suavemente se abrindo e dando passagem para o bebê. E respirar fundo e tranquilamente, auxiliando sempre a oxigenação.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Hypnobirthing, o livro (post 1 - Da Celebração ao Medo - Uma história de Mulheres e os Partos)

AVISO - Esse post pode não ter graça nenhuma para quem não está grávida ou não tem interesse em partos naturais.

  Faz alguns meses minha parteira2 recomendou que eu lesse esse livro - Hypnobirthing (algo como hipnoparto ou parto hipnótico), da autora Marie Mongan.  O objetivo era que eu lesse sobre técnicas de respiração e relaxamento para o trabalho de parto. Em princípio o título me desencorajou, pois eu vejo a hipnose com ceticismo (preconceito total, não sei absolutamente nada sobre o assunto, só o que vejo nos desenhos, hehehe). Mas enfim, como eu adoro ler e o livro estava disponível na biblioteca da clínica, então beleza. Trouxe pra casa e li.
  Pois é, não é que o livro me surpreendeu? Apresentou várias informações interessantes (principalmente de anatomia), além de vários exemplos de mulheres que tiveram partos tranquilíssimos, sem nada dos gritos e urros que eu dava quando estava pra ganhar o Nathan, hehehe. O livro explica os motivos históricos que fizeram com que as mulheres fossem ficando cada vez mais assustadas e com mais medo do parto.
  Enfim, resolvi contar aqui, porque o assunto certamente vai interessar para outras gestantes. Fora que serve para eu registrar e ir relembrando também, porque minha memória... bléééé. Obviamente não vou reproduzir o livro aqui, só comentar e traduzir as partes que gostei mais. E lembro que não sou historiadora nem nada. Para contestações, consultem as referências ou façam suas próprias pesquisas. :-) Mas voltem pra me contar, rsrsrs.

1. Da Celebração ao Medo - Uma história de Mulheres e os Partos
    Neste capítulo, a autora fala sobre aquela ideia de que as mulheres sofrem no parto por causa de uma espécie de maldição que Deus teria lançado sobre ela e, por tabela, sobre todas as futuras mulheres do mundo. Ela cita a autora Helen Wessel, que diz:
  "Não há evidências antropológicas para suportar o dogma de que as mulheres de todas as culturas tenham considerado o parto como uma doença ou maldição".
  A autora (Mongan) elabora:
  "Na verdade, há muita evidência afirmando o contrário. Em sociedades menos sofisticadas que não foram influenciadas pela civilização ocidental, mulheres cujo corpo é fisiologicamente idêntico ao das mulheres ocidentais dão à luz praticamente sem alarde e com um mínimo de desconforto"
  A autora então ela analisa de onde veio essa crença da maldição de Eva. Ela diz que lá pelo ano 3000 a.C. as mulheres davam à luz com um mínimo de desconforto (a não ser, é claro, em caso de complicações). Novamente ela comenta que Wessel cita muitas referências na bíblia que falam sobre a benção da maternidade, da procriação e do afeto entre marido, mulher e crianças. Mesmo no tempo de Moisés, os relatos que se têm são de mulheres dando à luz facilmente e com trabalhos de parto curtos, normalmente sem nenhuma assistência. Registros históricos mostram que os trabalhos de parto normalmente duravam menos de 3 horas.
  Nessa mesma época, em outras partes do mundo (tipo Espanha, França, etc) as sociedades giravam muito em torno da natureza e maternidade. Mulheres eram veneradas como as provedoras da vida. As pessoas na época não tinham captado a relação entre sexo e gravidez e achavam que as mulheres simplesmente geravam crianças do nada. Assim, as mulheres eram consideradas quase deusas. Estátuas da época mostravam mulheres grávidas. Elas eram responsáveis também pelas curas, faziam os chás, curativos, etc.
  Mesmo mais tarde, quando os homens passaram na frente na medicina antiga, a atitude em relação ao parto não mudou. Nos relatos de Hipócrates e Aristóteles sobre partos não há nenhum comentário sobre dor em partos normais e sem complicações. As autoras acham que, se as mulheres berrassem de dor, como hoje em dia, eles não teriam "esquecido" de falar sobre o assunto. Na verdade, Aristóteles escreveu é sobre a importância de relaxamento durante o parto. Sorano (outro da escola grega de medicina) também só falava de dor no caso de partos com complicações.
  Mas aí o tempo passou e, no final do 2o. século depois de Cristo, a sociedade começou a mudar, principalmente por influência de cristãos da época. As mulheres passaram a ser segregadas, consideradas inferiores, sujas, etc. Foi nessa época que a maldição de Eva começou a aparecer em traduções bíblicas. Até então, não tinha nada falando de maldição, só a maldição de Deus sobre a terra e a implicação de que a humanidade agora teria que trabalhar para sobreviver.
  A autora diz que Dick-Read fez vários estudos bíblicos em associação com escolares e aprendeu que as bíblias normalmente traduzem a palavra Hebreia etzev com palavras como "trabalho, labuta, esforço". Mas em trechos da bíblia que falam do parto, passaram a traduzir a palavra como "dor, sofrimento, angústia".
  Enfim, segundo Wessel, nunca houve essa maldição sobre Eva. Os tradutores da bíblia é que passaram a traduzir de forma diferente e, na verdade, Deus usou exatamente as mesmas palavras tanto com Adão quanto com Eva.

  Muito mais tarde, na época da Renascença, era comum o uso de clorofórmio em procedimentos médicos. Ainda assim, quando tiveram a ideia de dar pras mulheres, pra aliviar as dores do parto, religiosos diziam que não era certo, porque Deus queria que as mulheres sofressem.

  A autora do livro então comenta que toda essa história de maldição e imundície fazia com que o parto fosse algo extremamente temido pelas mulheres. E hoje a ciência consegue explicar como o medo é um dos maiores causadores de dor. Mais pra frente no livro ela explica melhor essa história.

  Voltando ao estudo histórico, lá por 1800s a rainha Victoria insistiu em usar clorofórmio em seu parto e, a partir daí, mulheres começaram a usar anestesia. E foi por causa da anestesia que os partos começaram a ser feitos em hospitais. Porque a anestesia pode levar a complicações, então o parto precisa de muito mais monitoramento.
  O parto deixou de ser um evento familiar, os maridos não mais participavam e o número de mulheres que morriam por infecções era enorme (ainda não se sabia a importância de lavar as mãos naquela época). Assim, muito mais mulheres morriam em partos nos hospitais do que em casa. Em vilas de pescadores ou lugares isolados onde as mulheres ainda davam à luz em casa, perto de ovelhas, galinhas, etc, complicações e mortes eram raras.
 Mas... a comunicação naquela época era difícil e, então, nos "grandes centros" do mundo a ideia que ficou era de que partos eram perigosíssimos!! Mais um motivo para que as mulheres tivessem medo do parto. Além do medo de sofrer, agora ainda tinham medo de morrer.

  Enfim, no começo do século 19, a maior parte da sociedade já acreditava que as dores do parto eram inevitáveis e então o ideal da época era usar o máximo possível de drogas. Então durante o trabalho de parto davam várias drogas, clorofórmio, etc para a gestante e, quando o bebê começava a coroar, davam anestesia geral. Quando a mulher apagava, usavam fórceps para puxar o bebê pra fora.

Fim do capítulo.
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  Não é interessantíssimo? Pensar que por anos e anos, séculos e mais séculos todas as mulheres davam à luz em 3 horas, com dor mínima, no conforto de seus lares e tudo corria bem (na maioria dos casos, lógico). Aí de repente todo mundo começa a falar que dói, a notícia se espalha, todo mundo fica com medo e hoje temos esse show de horrores. Eu tive dores MUITO FORTES no parto do Nathan.
  O interessante é que no começo do meu trabalho de parto, lá em casa, eu estava tranquilíssima. Tava com contrações de 5 em 5 minutos e ainda assim feliz e contente, em frente ao computador, apertando o play/stop do programinha para monitorar contrações. :-) Ainda tinha esperanças que o bebê ia virar e eu ia ter parto normal. Nisso a minha dilatação já devia estar avançadíssima e eu nem aí. Eu ainda tinha tempo, não estava com muito medo e, talvez por isso, tinha pouca dor.
  Com o passar do tempo, chegando a hora de ir pro hospital, comecei a pensar que ia passar por uma cesárea (meu bebê continuava sentado), comecei a sentir medo da cirurgia e comecei também a sentir dor. Muita dor!!! Lógico que não posso afirmar "Ah, só senti dor porque senti medo". Talvez fosse apenas aquela dor forte que ouço tantas mulheres relatando quando passam de 8cm de dilatação. E nem sei dizer se realmente as duas coisas vieram exatamente ao mesmo tempo, porque minha memória desse dia vai se embaralhando conforme o parto vai se aproximando. Mas, não deixa de ser legal especular. :-) E é sempre bom pensar positivo, pensar que desta vez vai ser diferente.
  Bom, o post já está gigantesco como sempre, então fico por aqui. No próximo capítulo vou falar um pouco sobre as camadas do útero, os músculos e os mecanismos fisiológicos que fazem com que o medo leve à dor.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Bebê 2 - mais uma consulta, mais preparativos

  Mais uma consulta com a parteira hoje. Quer dizer, consulta com "uma" parteira. É que a minha parteira oficial 1 está de férias e a minha parteira oficial 2 tem poucos horários, porque na verdade ela ainda está de licença-maternidade, então só aparece de vez em quando pra conhecer as pacientes que ela vai atender quando voltar. Aí, como agora já tá na época das consultas de 2 em 2 semanas, pra eu não ficar muito tempo sem consulta, me designaram uma 3a.parteira. Escolheram uma que vai estar na ativa na época do meu parto. Assim, se por uma caso eu precisar de uma terceira, já tenho mais uma cara conhecida.
  Então hoje tinha essa parteira3 e também a estudante/estagiária que acompanha minha parteira1. Foi a estagiária que conduziu toda a consulta e eu não vi nenhuma diferença no atendimento. Tirou dúvidas, perguntou como eu tava, anotou o peso, mediu a altura uterina, ouviu os batimentos do bebê...

  Ah, pausa para contar que o Nathan tava muito fofo! Como sempre ele foi junto e, no quarto que estávamos hoje tinha um brinquedo que era um kit médico. Aí logo que chegamos ele pegou um estetoscópio de brinquedo, veio levantar minha blusa e colocou na minha barriga, pra ouvir o bebê. Que gracinha. :-) Ele lembrou das últimas consultas, porque nessa ainda não tínhamos chegado nessa parte. Aliás, as parteiras são todas muito simpáticas e sempre o tratam super bem, conversam com ele, brincam... Hoje elas deixaram ele pegar o aparelhinho para ouvir o bebê, depois deixaram apertar o botão pra ligar/desligar. Acho super bacana, porque isso diminui (pelo menos um pouquinho) a chance de ele ter muito ciúmes do irmãozinho, porque ele sempre participa de tudo. Eu também sempre falo que é o "nosso bebê" ou então que é o "irmãozinho do Nathan".

  Bom, mas continuando com a consulta, agora que estou com 33semanas elas sugeriram fazer novos exames de sangue, pra ver se não estou ficando com anemia ou coisa parecida. Aí veio a notícia boa: elas tiram sangue ali mesmo e enviam pro laboratório, eu nem precisaria ir até lá. Pois é, mas tava bom demais pra ser verdade. A estagiária perguntou se tudo bem se fosse ela a tirar o sangue. Falei que tudo bem.
  Ela furou meu braço esquerdo e até aí normal, nem doeu nem nada. Eu não tava reparando muito no que ela tava fazendo porque tava sempre de olho no Nathan fazendo bagunça. Mas o tempo foi passando e vi que o sangue não tava jorrando forte, como de costume. Tava devagarzinho, devagarziiiiiiiiinho, até que parou. Não chegou nem a encher o 1o. tubo e deviam ser 2. Xiiii... Sem talento. Ela ainda tentou fazer alguma coisa, acho que empurrar um pouco mais a agulha, sei lá, mas não funcionou. E ainda começou a escorrer um pouco de sangue.
  Um sorry aqui, outro sorry ali e ela conclui que é melhor tentar o outro braço. Eu concordo. Ela pergunta se eu prefiro que a parteira3 tire o sangue. Sim!! Prefiro! A parteira põe o elástico no meu braço direito, aperta beeem apertado, aí fica dando aquelas apertadinhas com o dedo no meu braço pra achar a aveia. Aí aperta, aperta, aperta, acha e ok, fura. Também não doi.  Mas aparentemente temos um novo caso de falta de talento e não sai praticamente nada. Quase nada mesmo!! Xiiii. Mas ok, vou dar um desconto dessa vez, porque tirar sangue do meu braço direito nunca dá certo, mesmo. Bom, pelo menos lembro de terem tentado umas 3 vezes ao longo da vida e não funcionou. Até que eu percebi o padrão e a partir daí comecei a dar sempre o braço esquerdo.
  Mas enfim, ficamos sem sangue, mesmo. Como não era assim super urgente, perguntaram se eu queria esperar a próxima consulta ou ir num laboratório. Resolvi esperar mais 2 semanas. Estou até curiosa pra saber se minha parteira oficial tem mais talento. :-)

  E aqui em casa os preparativos continuam. Já temos o berço, cômoda, kit berço, trocador e abajur. Vem com o kit uma espécie de bandô de cortina para a janela, mas ainda preciso comprar a barra pra poder pendurar. O border eu comprei pela internet e ainda não chegou. As decorações de parede idem. Ainda falta um monte de coisa! Não comprei carrinho, cadeirinha pro carro, babá eletrônica nem poltrona de amamentação. Por outro lado... comecei a lavar as roupinhas!!Já tenho uma gaveta cheia. Agora vem a pior parte: passar. Bléééé.
  Mas antes que eu me esqueça, vou postar aqui fotos do berço, pra vocês verem como está ficando. Como já disse, o chique aqui é madeira escura e eu acabei aderindo. :-)


 

   Aqui, assim como nos Estados Unidos, é o país dos itens proibidos, dos recalls, da segurança levada a extremos, etc. Os berços não podem ter aquele lado que sobe e desce, que tanto facilita colocar/tirar o bebê do berço. Eu usava taaaanto com o Nathan. Afinal, sou meio baixinha e, quando o colchão está nas posições mais baixas, fica difícil alcançar lá embaixão. Pra piorar, esse berço ainda tem essa parte da frente mais alta do que o berço do Brasil. Mas só fui perceber isso depois dele já comprado e montado aqui em casa. Acho que quando fui na loja escolher estava com um salto meio alto, hehehe.
  O protetor de berço não é recomendado e, além disso, não pode ser vendido nenhum protetor que seja "fofinho". Acho que tem até uma regulamentação da espessura máxima. Enfim, só pode esses mais fininhos e firmes. O que eu tinha no Brasil, por exemplo, aqui seria proibido.

  De novidade, acho que só uma dorzinha no osso público, do lado esquerdo. Aliás, desde que completei 29 ou 30 semanas que sinto dor ali, de vez em quando. Será que é porque a cabeça do bebê tá daquele lado? Uma hora dessas pergunto pra minha parteira, se eu lembrar...

  Uáááá, o sono tá batendo. Vou lá.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O que as parteiras levam para um parto domiciliar?

  Como meu pré-natal está sendo feito por parteira e não por obstetra, naturalmente surge a possibilidade de parto em casa. Eu tô achando que vou acabar decidindo na hora H. Dependendo do dia, de como estiver, dependendo da dor, dependendo da hora... Nada como morar praticamente encostada no hospital. :-)
  Bom, mas da mesma forma que me preocupo com riscos hospitalares, claro que também me preocupo com riscos de ter bebê em casa. Portanto volta e meia dou uma pesquisada no assunto. Uma das coisas que descobri é que as parteiras levam pro parto domiciliar o mesmo equipamento disponível em casas de parto. E, pelo menos aqui no Canadá, a mortalidade em hospital ou casas de parto é a mesma. Isso só ajuda a confirmar as estatísticas, que realmente mostram que parto em casa, aqui no Canadá, tem taxas de mortalidade iguais às do hospital. Com a vantagem de ter menos complicações, mas isso é assunto pra outro post. Quem estiver com pressa, pode ler alguns dados interessantes aqui.
  Bom, então aí vai a lista das coisas que a parteira leva pra sua casa. Deve ter algumas variações dependendo do país, da parteira, sei lá, mas enfim, já dá pra ter uma ideia. Uma hora que eu estiver com menos preguiça, volto aqui pra acabar de traduzir a lista. :-P

hand-held doppler
blood pressure cuff
estetoscópio (adulto e recém-nascido)
termômetro
pulse oximeter
sterile & non-sterile gloves
detailed charting
Transcutaneous electrical nerve stimulation Unit
amnihook

Para prevenir e tratar hemorragias:
-pitocin
cytotec
methergine
oral & injectable
Shepherd's Purse

Para estabilizar quadros convulsivos:
Magnesium Sulfate

Para tratar desidratação ou perda sanguínea:
Fluidos intravenosos
IV placement supplies

Para recém-nascidos:
vitamina K
Erythromycin ointment for the eyes
Cord care
Otoscope

For treatment of GBS in the mother:
IV antibiotics
EpiPen (em caso de reação alérgica)

Para lacerações e sutura:
Lidocaína
Siringas e agulhas
Material de sutura
Sterile instruments
Sterile gauze & suture packs

Oxigenação:
Tanques de oxigênio
Máscaras para adulto e recém-nascido
Ambu bag and mechanical suction for newborn
Equipamento para ressuscitação de um bebê




sexta-feira, 4 de maio de 2012

Páscoa

  Já faz um mês, então tá mais do que na hora de mostrar algumas fotinhas, certo? No sábado de páscoa, como no ano passado, teve caça aos ovos aqui no prédio. Mas esse ano o Nathan não participou. É que ele dormiu até tarde, aí eu dormi até tarde, aí esqueci e, quando fui lembrar, já era tarde.
  Mas domingo fizemos uma surpresinha pra ele. Eu regulo muuito o açúcar que ele come, então na páscoa acho legal liberar. :-) Eu e o Alessandro recortamos pegadinhas de coelho, colocamos no chão e, em 3 lugares estratégicos, colocamos ovinhos de chocolate e também alguns coelhinhos. A trilha começava na porta do quarto dele. Então ele acordou e já saiu catando ovinhos. Além das pegadinhas, colocamos ovinhos de vez em quando, pra ele pegar o espírito da coisa. :-)
  Quando eu percebi que ele tinha acordado, já estava com 2 ou 3 ovinhos na mão, todo animado!! Filmei, mas o video ficou beeeeeem longo (uns 6 minutos) e eu tô com preguiça de editar. Se alguém quiser assistir assim mesmo, tá aqui:


  Algumas fotos, também:

  Posando pra foto.


  Gostei da carinha dele nessa foto. Lindinho da mamãe!! Tô fazendo uma experiência e deixando o cabelo dele crescer um pouquinho. :-) Eu acho bonitinho, mas ele já andou reclamando.
 
  Não sossegou até descascar TODOS os ovinhos.

   "Hmmm, acho que vou experimentar esse aqui".

  Pausa para o leite. 

   "Esse também parece gostoso".

  Nhac! Ele até gostou, mas não comeu muito. Não chegou nem a acabar com as orelhas. :-)


terça-feira, 1 de maio de 2012

Chá de bebê - making off e fotos do chá

Domingo foi meu chá de bebê. Que gostoso reunir as amigas e celebrar a chegada de mais um integrante à família. :-) Mas... ufa, que bom que já passou, agora posso me concentrar nos preparativos para a chegada do bebê propriamente dito. Porque como já disse, enquanto o dia do chá não chegava eu só ficava inventando moda.
  Como disse no post anterior, comecei fazendo as lembrancinhas. Comprei umas caixinhas básicas de madeira. Elas eram assim:
 
  Depois de dar uma lixadinha, pintar, colocar fitinha, fazer o design do cartãozinho, imprimir, recortar e colar em cima (ufa), aí ficou assim:

  Vista de cima, com os cartõezinhos:

   E dentro uma trufinha. Aí também tive o trabalho de achar papel celofane (isso é bem difícil por aqui!!), recortar, embrulhar as trufas, etc.

  Em seguida fiz os salgadinhos, com a ajuda da Valéria e da Virgínia (duas amigas grávidas!). Como os rissoles de carne e de pizza ficaram com a mesma cara, resolvi fazer plaquinhas com os nomes. Pronto, nisso já gastei mais um tempão. Escolhi o formato, escolhi o material, comprei o material, fiz o desenho, imprimi, recortei, colei nos pauzinhos, embrulhei os pauzinhos com fitinha e... ufa! Tudo pronto. :-)
  Ainda assim deu beeeeem menos trabalho que as lembrancinhas. Pena que no fim esqueci de tirar uma foto das plaquinhas de perto... Só tenho fotos de longe, mesmo. Mas tenho o arquivo pra mostrar, pra vocês verem como elas ficaram lindinhas. :-D Na hora de recortar, tirei as rebarbinhas pra ficar redondinho.


 

  Ah, como também já falei, fiz as forminhas pra brigadeiro. Não achei pra comprar forminhas nesse tem azul-clarinho que eu queria. Não existe MESMO aqui no Canadá. Procurei em lojas, internet, nada! Aí decidi fabricar minhas próprias forminhas. Simples, não? Desenhei o molde, coloquei a cor que eu queria... quer dizer, cores. Fiz dois modelos diferentes. Um era xadrezinho e o outro azul com bolinhas marrons. Bom, aí imprimi, recortei, dobrei, adicionei um quadradinho de celofane transparente/brilhante e pronto! Forminhas feitas. Ufa, essa parte também deu um bom trabalho!! Principalmente recortar, que é meio chato e cansativo.
  E para finalizar, um dia antes do chá fiz bombons de morango e bombons de nozes. Nham nham nham. Que delícia!! O de nozes até que é bem fácil de enrolar, já o de morango é mais chato. Ele escorrega, escorre, vaza... Bléééé! Ainda mais quando a gente tá tentando fazer pequenininho. Os de nozes ficaram até bem bonitinhos, os de morango meia boca. Mas tudo bem, nas primeiras vezes o importante é ficar gostoso. Nas próximas eu tento aprimorar a beleza dos bombons. :-)

  Tinha 2 mesas na festa. Aí vão as fotos:
  
   Na foto acima temos o bolo de fraldas (cortesia de uma amiga grávida, a Bruna, cujo chá já foi), brigadeiros, os bombons de morango e de nozes e mousse de maracujá nos copinhos (minha amiga Fabiana que fez). Ainda fiz minha tradicional torta holandesa que, como sempre, fez muito sucesso. :-)
  No fundo da mesa estão as lembrancinhas e também uns prêmios para brincadeiras. Na frente da mesa tem o que se chama aqui de "baby confeti" ou algo assim. São chupetinhas, mamadeirinhas, plaquinhas escrito baby e por aí vai. Bem bonitinho. As decorações também foram todas emprestadas. Como é bom ter amigas grávidas. :-)

  Aqui na 2a. mesa ficavam as bebidas, os salgadinhos e os sanduíches. O primeiro sabor de sanduíche era de tomate seco com queijo e alface e o segundo de atum com milho. Acho que nessa foto ainda estavam faltando as coxinhas.
 
  Viram que minhas fotos deixaram um pouco a desejar, né? Hehehe. Não tem foto perto de nada. Não dá pra ver bem como ficaram as plaquinhas e forminhas. No fim da festa ainda tirei foto dos bombons. Mas aí eram aqueles que ficaram mais feinhos, aquelas forminhas que eu ainda tava testando... Enfim, aqueles que você fala "Se comerem tudo, aí eu ponho esses na mesa". Bom, não comeram tudo, hehehe. Eu, o Alessandro e o Nathan continuamos trabalhando nisso com muito afinco!!

  Bom, o brigadeiro na foto acima mostra a forminha xadrezinha. Os bombons de morango estão nas forminhas azuis com bolinhas marrons. E os bombons de nozes estão nas forminhas-teste, que eu tinha feito lisas por dentro, mas não achei tão legal.
  Ah sim, a foto também tá meio desfocada, porque eu derrubei a câmera dentro do leite condensado. Errrr, mas vamos deixar esse assunto embaraçoso para outra hora.
  E pra finalizar, fotinhas com as convidadas. Só as mulheres, que os homens ficaram escondidos no quarto do Tyler. :-) Ops, quer dizer, quarto do bebê.

  Essa é a turma das grávidas. Ainda faltaram duas, que estão grávidas demais pra sair de casa. :-)

  Engraçado que quando é o nosso próprio chá, parece que o tempo passa voando!! Mas tava ótimo, adorei a companhia e adorei os presentinhos. E agora... é esperar o sábado chegar, pra ir no próximo chá da turma. :-)